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domingo, 15 de abril de 2007

Grigory Sokolov, piano

Franz Schubert
Sonata em Dó menor, D.958
1. Allegro; 2. Adagio
3. Menuetto: Allegro; 4. Allegro

Alexander Scriabin
Prelúdio e Nocturno para a mão esquerda, op. 9
Sonata N.º 3, em Fá sustenido menor, op. 23
1. Drammatico; 2. Allegretto
3. Andante; 4. Presto con fuoco
Deux Poèmes, op. 69
Sonata N.º 10, op. 70
Vers la fl amme, poème, op. 72

Gulbenkian, 16 de Abril de 2007
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Para muitos, é o melhor pianista do mundo. Tem o carisma de quem só interpreta a música que ama e a criatividade dos artistas plenos que decidiram entregar a sua vida à arte. Falamos de Grigory Sokolov, evidentemente.

Venceu em 1966 o Concurso Internacional Tchaikovsky, tinha então dezasseis anos, mas foi só após a Perestroika que o seu nome se tornou numa referência de projecção internacional. Hoje em dia, é uma espécie de lenda do piano, que rejeita os estúdios para apenas gravar recitais ao vivo. Em todas as suas aparições apresenta leituras renovadas das obras do seu repertório de eleição e novas experiências sonoras que passam pela sua íntima relação com o teclado. O piano, nas suas mãos, transforma-se numa verdadeira orquestra. Sokolov é um pianista único, que, em concerto, toca como se o mundo fosse acabar depois de cada nota.

No seu próximo recital em Lisboa, apresenta obras de dois autores aos quais tem dedicado uma atenção constante no seu percurso artístico: Franz Schubert e Alexander Scriabin. Porém, com a excepção da terceira sonata do compositor russo, nenhuma das peças incluídas no programa fazem ainda parte da sua selecta discografia, disponível no catálogo da etiqueta Naive Classics. De Schubert, Sokolov interpretará a vigorosa Sonata em dó menor D. 958. A segunda parte estará preenchida por uma selecção de peças do esotérico Scriabin, que ilustram o seu percurso criativo. Começará pelas duas peças para a mão esquerda op. 9, de 1894, e culminará no célebre poema Vers la Flamme, de 1914.

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