Música, dança, teatro, cinema, literatura, exposições, conversas, etc.
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quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Orquestra Gulbenkian
Tchaikovsky, Concerto para Piano Nº 1
Cristian Mandeal (maestro)
Artur Pizarro (piano)
Mikhaïl Glinka
Abertura da ópera Ruslan e Ludmilla
Piotr Ilitch Tchaikovsky
Concerto para Piano Nº 1, em Si bemol maior, op.23
Max Reger
Variações e Fuga sobre um tema de Mozart, op.132
domingo, 28 de janeiro de 2007
Café-concerto Museu dos Coches
sábado, 27 de janeiro de 2007
Michel Camilo & Tomatito
CCB, 30 de Janeiro de 2007
“Juntos, o duo encontrou um encanto indefinível”, foi assim que o crítico americano do New York Times se referiu à sua actuação no Carnegie Hall.
Navegando pelas fronteiras do jazz e do flamenco, Camilo e Tomatito criam uma experiência única e inesquecível.
Camilo e Tomatito conhecem-se desde o início dos anos noventa, quando se encontraram em Espanha numa sessão de gravação para o grupo flamenco Ketama. Rapidamente se tornaram amigos, mas só começam a tocar juntos em 1997, a convite do Festival de Jazz de Barcelona, numa homenagem ao pianista espanhol de hard bop Tete Montoliu, já falecido.
Camilo, um brilhante pianista e um prolífico compositor, goza de grande notoriedade por combinar os ritmos harmoniosos do jazz com os sabores e os ritmos caribenhos da sua República Dominicana. A viver actualmente em Nova Iorque, reconhece ter recebido influência de Chick Corea, Keith Jarrett, Oscar Peterson e Bill Evans.
Descoberto muito novo por Paco de Lucía, Tomatito é o grande guitarrista mundial de flamenco e já acompanhou as maiores vozes de Espanha, incluindo o lendário Camarón de la Isla.
O álbum Spain Again inclui composições originais, uma homenagem a Piazzolla, standards de jazz e uma colaboração com o famoso cantante e compositor Juan Luis Guerra.
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Murray Perahia, Piano
Johann Sebastian Bach
Partita Nº 2, em Dó menor, BWV 826
Ludwig van Beethoven
Sonata Nº 15, em Ré maior, op.28, Pastoral
Robert Schumann
Phantasiestücke, op.12
Fryderyk Chopin
Balada Nº 3, em Lá bemol Maior, op.47
Ao longo de trinta anos de carreira como concertista, Murray Perahia tornou-se num dos mais apreciados e solicitados pianistas do nosso tempo. Reconhecido internacionalmente pela sua especial sensibilidade musical, apresenta-se regularmente nos principais centros musicais de todo o mundo, colaborando com as mais prestigiadas orquestras.
Maestro Convidado Principal da Academy of St. Martin in the Fields, Murray Perahia realizou com esta orquestra digressões, como maestro e pianista, nos Estados Unidos da América, na Europa, no Japão e no Sudeste asiático. Em recital, os compromissos para a presente temporada incluem Londres, Glasgow, Lisboa, Birmingham, Bruxelas e uma intensa presença na Alemanha, em Itália e no Oriente.
Artista exclusivo da Sony Classical, Murray Perahia possuiu uma extensa e variada discografia. A sua mais recente gravação, com a Academy of St. Martin in the Fields, combina o Quarteto para Cordas Nº. 12, op.127, com a Sonata para Piano em Lá maior, op.101 de Beethoven. Com a Academy of St. Martin in the Fields, gravou também um terceiro disco dedicado as concertos para tecla de J. S. Bach, para além de uma gravação a solo das três últimas Sonatas para Piano de Schubert (D.958, D.959 e D.960). A sua gravação dos Estudos de Chopin, op.10 e op.25, ganhou um Grammy em 2003 para “Melhor Interpretação Instrumental Solista”.
Em 1999, Murray Perahia ganhara já um Grammy pela gravação das Suites Inglesas de J. S. Bach (Nos. 1, 3 e 6) e em 1995 e 1997, recebeu prémios da revista Gramophone pelos discos dedicados a Chopin, Händel e Scarlatti. Outras notáveis gravações do seu extenso catálogo incluem integrais dos Concertos para Piano de Mozart (com a English Chamber Orchestra) e dos Concertos para Piano de Beethoven (com a Orquestra do Concertgebouw e o maestro Bernard Haitink).
Murray Perahia nasceu em Nova Iorque e iniciou os seus estudos de piano aos quatro anos de idade. Mais tarde, ingressou no Mannes College, diplomando-se em direcção de orquestra e composição. Os verões eram passados em Marlboro, onde colaborou com músicos como Rudolph Serkin, Pablo Casals e os músicos do Quarteto Budapeste. Por esta altura, estudou igualmente com Mieczyslaw Horszowski.
Em 1972 venceu o Concurso Internacional de Piano de Leeds, recebendo numerosos convites para actuar em toda a Europa. No ano seguinte, deu o seu primeiro concerto no Festival de Aldeburgh, onde conheceu e iniciou uma estreita colaboração com Benjamin Britten e Peter Pears, acompanhando este último em muitos recitais de Lieder. Entre 1981 e 1989, partilhou a direcção artística deste festival. Alguns anos mais tarde, estabeleceria uma grande amizade com Vladimir Horowitz, cuja perspectiva e personalidade o inspiraram de forma decisiva.
Em Maio de 1988, Murray Perahia foi distinguido pela Royal Philharmonic Society.
Em Julho de 1999 recebeu um Doutoramento Honorário em Música da Universidade de Leeds. É membro honorário do Royal College of Music e da Royal Academy of Music. Em reconhecimento pelos seus destacados serviços em prol da música, Murray Perahia foi armado Cavaleiro honorário da Ordem do Império Britânico, pela Rainha Elisabeth, em Março de 2004.
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Christophorus Columbus, Paraísos Perdidos
Montserrat Figueras,
La Capella Reial de Catalunya,
Hespèrion XXI,
Jordi Savall
CCB, 7 de Fevereiro de 2007
ALIAVOX
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Jornadas Europeias da Ópera
www.operadays.eu
Les compagnies d’opéra européennes célèbreront 4 siècles d’Opéra pendant le week-end du 16 au 18 février 2007. Cette forme artistique profondément européenne est bien vivante ! L’opéra touche plus de gens que jamais en rassemblant le meilleur de toutes les disciplines artistiques de façon fraîche et moderne. Dans le monde visuel d’aujourd’hui, nous recherchons et attendons des spectacles qui nous éblouissent par tous nos sens.
L’Opéra, avec ses décors et costumes spectaculaires, sa musique puissante, ses voix touchantes, et ses histoires émotionnelles questionnant le monde dans lequel nous vivons, nous offre exactement cela !
Tout le monde est invité à découvrir cette forme d’expression contemporaine pendant les Journées Européennes de l’Opéra.
A travers l’Europe, des maisons d’opéra organiseront des événements spéciaux pour introduire leur maison et leur travail à de nouveaux publics. En même temps, Gerard Mortier et l’Opéra National de Pairs accueilleront une réunion de professionnels et amateurs d’opéra.
_______Jornadas Europeias da Ópera
Teatro Nacional de São Carlos
16. 17. 18. Fevereiro 2007
16 Fevereiro
_ 10:00h às 18:00h_Foyer
Mostra de maquetes das produções Werther, Das Rheingold, Charodeika, Jeanne d'Arc au bûcher
e Lauriane. Passagem de excertos das óperas representadas nas maquetes nos televisores do Foyer.
_ 10:00h às 18:00h
Visitas guiadas para escolas
_ 18:30h_ Salão Nobre
Recital de valsas vienenses
Johann Strauss II (1825-1899)
Rosen aus dem Süden (Valsa de Das Spitzentuch der Königin /, op. 388)
Lagunen-walzer (da opereta Eine Nacht in Venedig)
Frühlingsstimmen, op. 410
An der schönen blauen Donau, op. 314
Geschichten aus dem Wienerwald, op. 325
Franz Lehár (1870-1948)
Vilja-Lied (da opereta Die lustige Witwe)
Lippen schweigen (da opereta Die lustige Witwe)
Johann Strauss II (1825-1899)
Schatz-Walzer (da opereta Der Zigeunerbaron, op. 418)
Johann Strauss I (1804-1849)
Marcha «Radetzky», op. 228
Kodo Yamagishi piano
Giovanni Andreoli direcção musical
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
17 Fevereiro
_ 10:00h às 18:00h_Foyer
Mostra de maquetes das óperas Werther, Das Rheingold, Charodeika, Jeanne d'Arc au bûcher
e Lauriane. Passagem de excertos das óperas representadas nas maquetes nos televisores do Foyer.
_ 15:00h às 18:00h
Visitas guiadas para escolas durante o ensaio de orquestra e cena da ópera Die Walküre
_ 18:30h_Salão Nobre
Recital de canto e piano
Com o patrocínio da Embaixada do Brasil
Canções
Carlos Gomes
Addio
Pensa
Três Canções Populares de Cláudio Santoro
(Versos de Vinícius de Moraes)
Luar do meu bem
Amor em Lágrimas
Cantiga do Ausente
Árias de Ópera
«Hai già vinta la causa!... Vedrò mentr'io sospiro»
(Le nozze di Figaro, de W. A. Mozart)
Ária de Oneguin (Evgueni Oneguin, de Tchaikovski)
«Era un tramonto d'oro» (Colombo, de Carlos Gomes)
«L'orage s'est calmé...» (Les Pêcheurs de perles, de Bizet)
«Largo al Factotum»(Il barbiere di Siviglia, de Rossini)
Leonardo Neiva barítono
Patrícia Valadão piano
18 Fevereiro
_ 12:00h_Foyer
Transmissão do documentário RTP sobre a ópera Das Rheingold para os televisores do Foyer
_ 15:30h_Salão Nobre
Recital de canto e piano
Árias de ópera
Sara Braga Simões soprano
Carlos Guilherme tenor
Armando Vidal piano
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
“Pasión Argentina” - Bernarda Fink
Bernarda Fink
e Octeto Ibérico de Violoncelos
Elias Arizcuren (director)
Gulbenkian
23 de Janeiro de 2007
Carlos Guastavino
Cuatro canciones populares
1. Hermano
2. Abismo de Sed
3. El Sampedrino
4. Mi viña de Chapanay
Alberto Ginastera
Pampeana Nº. 2
(Robert Putowski e Jeroen den Herder,
solistas)
Cinco canciones populares
argentinas, op. 10
1. Chacarera
2. Triste
3. Zamba
4. Arrorró
5. Gato
Alberto Ginastera
Suite Ballet Estancia (instr.)
1. Los trabajadores agrícolas
2. Danza del trigo
3. Los peones de hacienda
4. El amenecer
5. Malambo
Carlos Guastavino
Canciones populares
1. Se equivocó la paloma
2. Milonga de los dos hermanos
Astor Piazzola
Tres Milongas
1. A Don Nicanor Paredes
2. Alguien le dice al Tango
3. El Títere
Versões de Elias Arizcuren e Pablo Escande
para o Octeto Ibérico de Violoncelo
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O poema épico Martin Fierro (1872-79), de José Hernandez, constitui na cultura argentina um importante marco histórico, anunciando o início de um sólido sentimento nacionalista neste país. Na referida obra persiste a fi gura do gaúcho, que paulatinamente se deixa contaminar e aniquilar pelo avanço da industrialização e pela cultura citadina, imagem tragicamente romântica que celebra a identidade argentina, a sua índole heróica, a sua virilidade. A partir de então, e ao longo de todo o século XX, esta tradição gauchesca tornar-se-ia um dos traços essenciais da cultura argentina. Antecedido por Francisco Hargreaves (1849–1900) e Juan Gutiérrez (1840-1906), na música dos quais desponta já um fi rme sentimento nacionalista, Alberto Williams representa o mais prolífico compositor da Generacion del 900. A sua obra para piano intitulada Aires de la Pampa, baseada em danças e canções gaúchas, é representativa do idioma musical argentino, a meio caminho entre a herança da música europeia e o folclore argentino.
Homóloga argentina do lied germânico, a canción de cámara, baseada na poesia de alguns dos mais destacados poetas argentinos, floresce plenamente neste ambiente de glorifi cação pátria, especialmente na seguinte geração de compositores (Generación del Centenario) os quais, aproveitando o momento coincidente com a celebração do centenário da independência da Argentina, ocorrida no início do século XIX, reafi rmaram na sua música este sentimento pátrio. Dividida entre a citação directa das fontes musicais folclóricas, como no caso da música de Juan Bautisa Massa (1885-1938) e uma expressão mais cosmopolita e subjectiva, através da adopção de uma estética próeuropeia, misturada com elementos da música tradicional argentina, como por exemplo em Luis Gianneo (1897-1968), pode afi rmar-se que esta tendência nacionalista perdurou praticamente até aos nossos dias. Contrariamente ao que se poderia imaginar, as infl uências étnicas presentes na cáncion de cámara provêm menos das culturas musicais pré-colombianas, advindo sobretudo da música crioula, substancialmente rural e telúrica, complexo mosaico de elementos espanhóis, num primeiro plano, mas também italianos, estes últimos por via da enorme afl uência de imigrantes italianos que no fi nal do século XIX se fi xaram na Argentina. Frequentemente, esta música crioula, consequência da mestiçagem de europeus e indígenas, aparece sob a forma de versões locais das danças de salão europeias, como a Valsa, a Escocesa, a Polka ou a Mazurka, interpretadas por instrumentos tradicionais argentinos (acordeão, bandoneon, guitarra, charango e bombo). É nesta passagem do meio rural para o meio culto da cáncion de cámara, que o piano adquire uma renovada dimensão, emulando as 3 sonoridades toscas dos instrumentos de factura popular e os ritmos impetuosos e festivos das danças campestres, sobre os quais se desenrola um cristalino e depurado lirismo.
Graças à enorme diversidade cultural e étnica presente nas diversas regiões do extenso território argentino, existe igualmente uma profusa quantidade de danças e cantos tradicionais, constituindo, no seu conjunto, um tesouro de inestimável valor etnomusicológico. Tanto a Chacarera quanto a Zamba, esta última evidenciando um forte ascendente da Zamacueca peruana, são danças de par tradicionais do nordeste argentino. Também o Gato, dança típica da região de La Pampa, é de origem crioula.
Através de um comum fenómeno de importação cultural, ocorrido no período de viragem entre os séculos XIX e XX, coincidindo com a deslocação massiva de indivíduos dos meios rurais para a cidade, em busca de trabalho, a Milonga, uma dança gauchesca, mas de raiz africana, adaptou-se naturalmente ao ambiente urbano de Buenos Aires. Cruzando-se então com a música europeia dos imigrantes que habitavam nos subúrbios pobres da cidade, foi um dos géneros que mais contribuiu para o nascimento do Tango no início do século XX, género que viria a ganhar uma enorme reputação, tornando-se símbolo incontestável da identidade argentina.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
Brad Mehldau - Solo
Brad Mehldau, um dos mais prestigiados pianistas de jazz da actualidade, é dotado de uma técnica notável, onde se reconhecem influências de Schumann e de Keith Jarrett.
Magnífico. 5 encores de simpatia.
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
CCB Exposições a terminar
Em Portugal
Em 2005 o Centro Cultural de Belém convidou a prestigiada fotógrafa alemã Candida Höfer a visitar Portugal, com o objectivo de fotografar vários espaços interiores de monumentos e edifícios públicos e privados portugueses.
Geografias Vivas
Exposição baseada na participação de Gonçalo Byrne na VI Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo, em 2005, dedicada ao tema “Viver na Cidade, Arquitectura, Realidade e Utopia”.
Fantasmas
A exposição Fantasmas reúne, pela primeira vez no mesmo espaço, uma selecção de filmes, vídeos, fotografias e desenhos de Nuno Cera, entre os quais figuram cinco trabalhos inéditos.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
Wozzeck, Alban Berg
Ópera em três actos.
Libreto de Alban Berg segundo a peça de teatro Woyzeck de Georg Büchner.
Direcção musical Eliahu Inbal
Encenação e cenografia Stéphane Braunschweig
Figurinos Thibault Vancraenenbroeck
Desenho de luz Marion Hewlett
Intérpretes
Dietrich Henschel Wozzeck
Brigitte Pinter Marie
Stefan Margita Tambor-mor
Pierre Lefebvre Capitão
Johann Werner Prein Médico
Carlos Guilherme Andres
Claudia Nicole Bandera Margret
Andreas Macco Primeiro Trabalhador
Luís Rodrigues Segundo Trabalhador
Marco Alves dos Santos O Idiota
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Coro dos Pequenos Cantores da Academia de Amadores de Música
Produção
Festival International d'Art Lyrique de Aix-en-Provence em co-produção com a Opéra de Lyon
Co-apresentação: TNSC/CCB
CCB - 17, 19, 21 de Janeiro de 2007
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Esta encenação de "Wozzeck", de Berg, que teve de ser cancelada na temporada de 2004, será finalmente apresentada em Lisboa em colaboração com o Centro Cultural de Belém, entre os dias 17 e 21 de Janeiro. Conta com a direcção do conceituado Eliahu Inbal e com um excelente leque de solistas.No papel de Wozzeck vai estar o premiado barítono alemão Dietrich Henschel. Em 2000, Henschel foi galardoado com um Grammy, mais um prémio a acrescentar ao longo currículo de distinções que começou a construir quando ainda era estudante. Muito elogiado pela crítica e dono de uma vasta discografia, destaca-se tanto a solo, como em papéis operáticos, como na companhia de orquestras como as filarmónicas de Viena e Berlim, o Royal Concertgebow ou a Sinfónica de Londres.
O papel de Marie é intepretado pela aclamada Brigitte Pinter, mezzosoprano austríaca que costuma impressionar imprensa e público (foi o que aconteceu em Março do ano passado, no São Carlos, em "Erwartung" e "Sancta Susanna). "Levou-nos às lágrimas com uma intensidade miraculosamente controlada e um timbre de brilho aveludado", escreveu "Le Figaro" sobre uma das suas interpretações.
Os elenco vocal fica completo com Stefan Margita, Pierre Lefebvre, Johann Werner Prein, Carlos Guilherme, Claudia Nicole Bandera, Andreas Macco, Luís Rodrigues e Marco Alves dos Santos, que se juntam ao Coro do Teatro Nacional de São Carlos e ao Coro dos Pequenos Cantores da Academia de Amadores de Música.
A dirigir a Orquestra Sinfónica Portuguesa estará o proeminente Eliahu Inbal. Além de destacado violinista, é conhecido pelos trabalhos à frente de colectivos como a Orquestra Sinfónica da Rádio de Frankfurt ou a La Fenice, bem como no plano operático. Apesar de já ter dirigido o colectivo português noutras ocasiões, esta é a primeira vez que se apresenta à frente de uma produção lírica do São Carlos.
"Wozzeck" é a mais famosa ópera de Alan Berg. É um dos mais importantes exemplos de atonalidade, usada pelo compositor para representar musicalmente estados de espírito e situações marcadas por alienação, loucura e injustiça. "Wozzeck" é também uma das mais complexas, intensas e polémicas obras que o século XX viu nascer.
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As noites de 17, 19 e 21 de Janeiro de 2007 assinalam o regresso ao CCB da ópera, cuja última representação se dera em 1998, com a Companhia do Teatro Mariinski (Kirov) de São Petersburgo. Em produção do Teatro Nacional de São Carlos, à qual o CCB se associou, apresenta-se uma das duas óperas escritas por Alban Berg (a outra é Lulu), um dos mais destacados compositores da chamada Escola de Viena.Berg escreveu Wozzeck entre 1914 e 1922, após ter assistido à estreia, em Viena, do drama Woyzeck, do poeta romântico alemão Georg Büchner. A peça de Büchner esteve praticamente esquecida durante quase oitenta anos (o poeta deixara-a inacabada em 1837, data da sua morte), tendo sido estreada apenas em 1913 em Berlim.
Alban Berg começou por compor algumas partes musicais, concentrando-se na adaptação da peça e na escrita do libreto, mas a eclosão da Guerra Mundial de 1914/18 interrompeu o trabalho. Só em 1919 o 1º Acto ficaria completo e o 2º Acto seria dado por terminado dois anos depois. Em princípios de 1923, Berg terminara o 3ºActo e a orquestração, mas a ópera só veio a subir à cena em Dezembro de 1925, na Staatsoper de Berlim.
Durante o nazismo Wozzeck foi considerada “entartete Musik” (música degenerada), mas depois da Segunda Guerra Mundial emergiu como uma das mais consistentes experiências da modernidade vienense da primeira metade do século, no domínio do drama musical.
Em Wozzeck, Berg dá expressão às orientações atonalistas que identificam a Escola em que se integrou (Schönberg, Anton Webern), mas cruza-as com referências à música tonal e, até, com citações de música mais convencional, como as marchas militares e as polcas populares, criando um universo musical de acentuados contrastes e forte dinâmica expressiva. Inovando em aspectos estruturais do desenvolvimento dramático, Berg realça a progressiva subjugação e desumanização do soldado Wozzeck e a sua cíclica redenção através do canto e da música.
A presente apresentação de Wozzeck, de Alban Berg, resulta de uma produção do Théâtre de Lyon/Festival de Aix-en-Provence, e será dirigida por Eliahu Inbal e encenada por Stéphane Braunschweig, com Dietrich Henschel no papel titular.
(CCB)
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Synopsis
(Wikipedia)
Act I
Scene 1 (Suite): Wozzeck is shaving the Captain who lectures him for living an immoral life. Wozzeck protests that it is difficult to be virtuous when he is poor, but entreats the Captain to remember the lesson from the gospel, ""Laßet die Kleinen zu mir kommen!"" ("Suffer the little children to come unto me," Mark 10:14). The Captain greets this admonition with pointed dismay.
Scene 2 (Rhapsody and Hunting Song): Wozzeck and Andres are cutting sticks as the sun is setting. Wozzeck has frightening visions and Andres tries unsuccessfully to calm him.
Scene 3 (March and Lullaby): A military parade passes by outside Marie's room. Margret taunts Marie for flirting with the soldiers. Then Wozzeck comes by and tells Marie of the terrible visions he has had.
Scene 4 (Passacaglia): The Doctor scolds Wozzeck for not following his instructions regarding diet and behavior (which Wozzeck has been submitting to make extra money for Marie). However, when the Doctor hears of Wozzeck's mental aberrations, he is delighted and congratulates himself on the success of his experiment.
Scene 5 (Rondo): Marie admires the Drum-major outside her room. He makes an advance on her, to which she first rejects but then gives in.
Act II
Scene 1 (Sonata-Allegro): Marie is telling her child to go to sleep while admiring earrings which the Drum-major gave her. She is startled when Wozzeck arrives and when he asks where she got the earrings, she says she found them. Though not convinced, Wozzeck gives her some money and leaves. Marie chastises herself for her behavior.
Scene 2 (Fantasia and Fugue on 3 Themes): The Doctor rushes by the Captain in the street, who urges him to slow down. The Doctor then proceeds to scare the Captain by speculating what afflictions may strike him. When Wozzeck comes by, they insinuate that Marie is being unfaithful to him.
Scene 3 (Largo): Wozzeck confronts Marie, who does not deny his suspicions. Enraged, Wozzeck is about to hit her, when she stops him, saying even her father never dared lay a hand on her. Her statement "better a knife in my belly than your hands on me" plants in Wozzeck's mind the idea for his subsequent revenge.
Scene 4 (Scherzo): Among a crowd, Wozzeck sees Marie dancing with the Drum-major. After a brief hunter's chorus, Andres asks Wozzeck why he is sitting by himself. An Apprentice delivers a drunken sermon, then an Idiot approaches Wozzeck and cries out that the scene is ""Lustig, lustig...aber es riecht …Ich riech, ich riech Blut!"" ("joyful, joyful, but it reeks...I smell, I smell blood").
Scene 5 (Rondo): In the barracks at night, Wozzeck, unable to sleep, is keeping Andres awake. The Drum-major comes in, intoxicated, and rouses Wozzeck out of bed to fight with him.
Act III
Scene 1 (Invention on Themes and Variations): In her room at night, Marie reads to herself from the Bible. She cries out that she wants forgiveness.
Scene 2 (Invention on a Pedal-Point): Wozzeck and Marie are walking in the woods by a pond. Marie is anxious to leave, but Wozzeck restrains her. As a blood-red moon rises, Wozzeck becomes determined that if he can't have Marie, no one else can, and he stabs her.
Scene 3 (Invention on a Rhythm): People are dancing in a tavern. Wozzeck enters, and upon seeing Margret, dances with her and pulls her onto his lap. He insults her, and then asks her to sing him a song. She sings, but then notices blood on his hand and elbow; everyone begins shouting at him, and Wozzeck, now agitated and obsessed with his blood, rushes out of the tavern.
Scene 4 (Invention on a 6-Note Chord): Having returned to the murder scene, Wozzeck becomes obsessed with the thought that the knife he killed Marie with will incriminate him, and throws it into the pond. When the blood-red moon appears again, he wades into the pond and drowns. The Captain and the Doctor, passing by, hear Wozzeck moaning and rush off in fright.
Intermezzo (Invention on a Key): This interlude leads to the finale.
Scene 5 (Invention on a Equal of 8ths quasi toccata): Next morning, children are playing in the sunshine. The news spreads that Marie's body has been found, and they all run off to see, except for Marie's little boy, who after an oblivious moment, follows after the others.
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Berg was born in Vienna, the third of four children of Johanna and Conrad Berg. His family lived quite comfortably until the death of his father in 1900.
He was more interested in literature than music as a child and did not begin to compose until he was fifteen, when he started to teach himself music. He had very little formal music education until he began a six-year period of study with Arnold Schoenberg in October 1904 to 1911, studying counterpoint, music theory, and harmony; by 1906, he concentrated on his music studies full-time and by 1907, he began composition lessons. Among his compositions under Schoenberg were five piano sonata drafts and various songs, including his Seven Early Songs (Sieben frühe Lieder), three of which were Berg's first publicly performed work in a concert featuring the music of Schoenberg's pupils in Vienna that same year.
These early compositions would reveal Berg's progress as a composer under Schoenberg's tutelage. The early sonata sketches eventually culminated in Berg's Piano Sonata (Op.1) (1907–8); while considered to be his "graduating composition", it is one of the most formidable initial works ever written by any composer (Lauder, 1986). Schoenberg was a major influence on him throughout his lifetime; Berg not only greatly admired him as a composer and mentor, but they remained close friends for the remainder of his life. Many people believe that Berg also saw him as a surrogate father, considering Berg's young age during his father's death.
An important idea Schoenberg used in his teaching was what would later be known as developing variation, which stated that the unity of a piece is dependent on all aspects of the composition being derived from a single basic idea. Berg would then pass this idea down to one of his students, Theodor Adorno, who stated: "The main principle he conveyed was that of variation: everything was supposed to develop out of something else and yet be intrinsically different". The Sonata is a striking example of the execution of this idea — the whole composition can be derived from the opening quartal gesture and from the opening phrase.
Berg was a part of Vienna's cultural elite during the heady period of fin de siècle. Among his circle included the musicians Alexander von Zemlinsky and Franz Schreker, painter Gustav Klimt, writer and satirist Karl Kraus, architect Adolf Loos, and poet Peter Altenberg. In 1906, Berg met Helene Nahowski, singer and daughter of a wealthy family; despite the outward hostility of her family, the two married on May 3, 1911.
In 1913, two of Berg's Five Songs on Picture Postcard Texts by Peter Altenberg (1912) were premiered in Vienna under Schoenberg's baton. The pieces - settings of unpoetic, aphoristic utterances accompanied by a very large orchestra - caused a riot, and the performance had to be halted; the work was not performed in full until 1952 (and its full score remained unpublished until 1966).
From 1915 to 1918, he served in the Austrian Army and it was during a period of leave in 1917 that he began work on his first opera, Wozzeck. Following World War I, he settled again in Vienna where he taught private pupils. He also helped Schoenberg run the Society for Private Musical Performances, which sought to create an ideal environment for the exploration of unappreciated and unfamiliar new music by means of open rehearsals, repeated performances and the exclusion of all newspaper critics.
The performance in 1924 of three excerpts from Wozzeck brought Berg his first public success. The opera, which Berg completed in 1922, was not performed in its entirety until December 14, 1925, when Erich Kleiber directed a performance in Berlin. The opera is today seen as one of his most important works; a later opera, the critically acclaimed Lulu, was left with its third act incomplete at his death.
Berg's best-known piece is probably his elegiac Violin Concerto. Like so much of his mature work, it employs a highly personal adaptation of Schoenberg's twelve tone technique that enables it to combine frank atonality with more traditionally tonal passages and harmonies; additionally, it uses actual quotations of pre-existing tonal music, including a Bach chorale and a Carinthian folk song. The Violin Concerto was dedicated to Manon, the deceased daughter of architect Walter Gropius and Alma Schindler.
Other well known Berg compositions include the Lyric Suite (seemingly a big influence on the String Quartet No. 3 of Béla Bartók), Three Pieces for Orchestra and the Chamber Concerto for violin, piano and 13 wind instruments.
Berg died on Christmas Eve, 1935, in Vienna, apparently from blood poisoning caused by an insect bite. He was 50 years old.
As the 20th century closed, the ‘backward-looking’ Berg suddenly came as the American composer George Perle remarked, to look like its most forward-looking composer.
(Wikipedia)
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segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
Fedra de Racine
Teatro Maria Matos
Em cena de 11-01-2007 a 18-02-2007
Encenação Ana Tamen | Tradução Vasco Graça Moura | Co-produção Grupo Cassefaz | Cenografia e Figurinos Vera Castro | Desenho de Luz Jorge Ribeiro | Movimento Peter Michael Dietz | Músicos Nuno Oliveira e Sara Jonatas | Percursão Pedro Calado
Interpretação: Beatriz Batarda (Fedra), Pedro Carmo (Hipólito), Alexandre de Sousa (Teseu), Cristina Bizarro (Enone), Cândido Ferreira (Terâmenes), Adelina Oliveira (Pânope), Sara Carinhas (Arícia), Kjersti Kaasa (Isménia)
FEDRA é a tragédia de uma rainha da antiga Grécia, que se apaixona pelo enteado.
Tentando lutar contra uma paixão avassaladora, Fedra persegue e expulsa Hipólito, seu enteado, do reino de Atenas. Mas Teseu, seu marido, grande herói da Grécia, antes de partir para mais uma aventura, deixa-a na terra para onde Hipólito tinha sido expulso. Passado muito tempo sem notícias de Teseu, e após longas buscas, é anunciada a sua morte. Fedra comete então o erro fatal de se declarar a Hipólito, que a rejeita sem contemplações. Afinal Teseu é poupado pelos deuses e regressa dos Infernos. Fedra, humilhada e sem saída, deixa que uma intriga corra, e que Hipólito seja acusado de a ter tentado violar. O desfecho é tremendo e Fedra acaba por se suicidar.
domingo, 7 de janeiro de 2007
Angela Gheorghiu em concerto
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster (maestro)
Angela Gheorghiu (soprano)
17 de Janeiro de 2007, Gulbenkian
Gioacchino Rossini
Semiramide: Abertura
Giuseppe Giordani
Caro mio ben
Georg Friedrich Händel
Rinaldo: “Lascia ch'io pianga”
Pietro Mascagni
Cavalleria Rusticana: Intermezzo
Ruggiero Leoncavallo
I Pagliacci: “Stridono lassù”
Giacomo Puccini
La Rondine: “Ch'il bel sogno di Doretta”
Giacomo Puccini
Manon Lescaut: Intermezzo
“In quelle trine morbide”
Georges Bizet
Carmen: Habanera (“Quand je vous aimerai”)
Prelúdio do 3º. Acto
Aragonaise (Prelúdio do 4º Acto)
Giacomo Puccini
Gianni Schicchi: “O mio babbino caro”
Madama Butterfly: “Un bel di vedremo”
Angela Gheorghiu site.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2007
Die Legende von der Heiligen Elisabeth, Franz Liszt
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Coro de Câmara Infantil da Academia de Música de Santa Cecília
Gennadi Rozhdestvensky (maestro)
Nancy Gustafson (soprano)
Elisabeth
Katja Lytting (meio-soprano)
Sophie
Jürgen Freier (barítono)
Landgraf Ludwig
Alexander Kisselev (baixo)
Landgraf Herman / Imperador Friedrich II
Hugo Oliveira (barítono)
Senescal
Marisa Figueira (soprano)
Elisabeth criança
Joana Nascimento (meio-soprano)
Ludwig criança
Franz Liszt
Die Legende von der Heiligen Elisabeth
(oratória)
11 e 12 de Janeiro de 2007, Gulbenkian
O prestigiado maestro Gennadi Rozhdestvensky está intimamente ligado ao repertório sinfónico russo, nomeadamente a Chostakovich e Prokofiev. No entanto, os seus projectos abrangem um repertório muito mais amplo, no qual há lugar a proezas musicais como, por exemplo, a interpretação ao vivo das 107 das sinfonias de Haydn (como fez há 7 anos em Tóquio).
Desta vez, Rozhdestvensky irá dirigir em Lisboa uma das obras mais monumentais do compositor de origem húngara Franz Liszt. Trata-se da grande oratória A lenda de Santa Isabel, à qual Liszt se dedicou durante cinco anos da sua vida, entre 1857 e 1862. Oferecida a Luís II da Baviera, o protector de Wagner, foi estreada em Pest três anos após a sua conclusão. Foi, portanto, executada pela primeira vez precisamente no mesmo ano em que o outrora ardente virtuoso do piano recebeu ordens menores em Roma.
A partitura centra-se na figura da Rainha Santa da Hungria, com a qual Liszt estava muito familiarizado, e a qual encarnava perfeitamente os seus ideais místicos e nacionalistas. É também um exemplo da ambição criativa do seu autor, o qual, após ter explorado as possibilidades da música para piano, da música sinfónica e do Lied, se arriscou no âmbito da oratória, um dos géneros musicais mais importantes do século XIX.
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
As óperas do Met na Antena 2
Janeiro 2007
Bellini
Os Puritanos
T. Dun
O Primeiro Imperador
Donizetti
Lucia di Lammermoor
Puccini
Madama Butterfly
Dia 06 18h30 (Susana Valente)
Bellini Os Puritanos * Elvira: Anna Netrebko (S). Arturo: Eric Cutler (T). Riccardo: Dwayne Croft (BT). Giorgio: John Relyea (B). Coro e Orq. do Metropolitan. Dir. Patrick Summers
Dia 13 18h30 (Susana Valente)
T. Dun O Primeiro Imperador * Princesa Yue-yang: Elizabeth Futral (S). Shaman: Michelle De Young (MS). Gao Jian-li: Paul Groves (T). Imperador Chin: Plácido Domingo (T). General Wang: Hao Jiang Tian (B). Mestre Yin-Yang: Wu Hsing-Kuo (T). Coro e Orq. do Metropolitan. Dir. Tan Dun
Dia 20 18h30 (Susana Valente)
Gravação histórica, 20 de Janeiro de 1956
Donizetti Lucia di Lammermoor * Lucia: Maria Callas (S). Coro e Orq. do Metropolitan
Dia 27 18h30 (Susana Valente)
18 de Novembro de 2006
Puccini Madama Butterfly * Coro e Orq. do Metropolitan
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Fundada em 1883, o Metropolitan Opera de Nova Iorque, é o maior centro de espectáculos dos EUA. Sendo uma das primeiras companhias de ópera, atrai muitos dos mais famosos e prestigiados artistas do mundo, apresentando mais de 200 espectáculos de ópera vistos por mais de 800.000 espectadores por ano, com cerca de 25 óperas por temporada.
A temporada regular do Met é de Setembro ao início de Maio, incluindo ainda concertos no Carnegie Hall e no Lincoln Center, bem como digressões e concertos de Verão nos parques de Nova Iorque e Nova Jersey. Os estudantes têm entrada livre para os Ensaios de Cena, trazendo uma nova audiência para a ópera.
Uma das suas mais importantes missões, tem sido cumprida há 75 anos com a habitual transmissão em directo na rádio aos sábados à tarde para mais de 300 rádios dos EUA, e para 40 países nos cinco continentes. Para a Europa através da União Europeia de Radiodifusão.
A Antena 2 irá transmitir todas as óperas da temporada 2006/2007 do Metropolitan de Nova Iorque.