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domingo, 9 de dezembro de 2007

Rigoletto, Giuseppe Verdi

São Carlos, 10 a 21 de Dezembro de 2007

Direcção musical Alexander Polianitchko
Encenação Emilio Sagi
Coreografia Nuria Castejón
Cenografia Ricardo Sánchez Cuerda
Figurinos Miguel Crespi
Desenho de luz Eduardo Bravo

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli

Co-produção
Teatro Nacional de São Carlos / ABAO, Bilbau

Intérpretes

Rigoletto
Alexandru Agache / Leo An

Duque de Mântua
Saimir Pirgu / Richard Bauer

Gilda
Chelsey Schill / Carla Caramujo

Sparafucile
Vadim Lynkovskiy

Maddalena
Malgorzata Walewska

Borsa
Mário João Alves

Marullo
Michael Vier

Giovanna
Susana Teixeira

Monterone
Luís Rodrigues

Ceprano
Diogo Oliveira

Condessa de Ceprano
Isabel Biu

Pajem
Madalena Boléo

Oficial da Corte
Frederico Santiago

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Ópera em três actos e quatro quadros
Libreto: Francesco Maria Piave segundo Le roi s'amuse de Victor Hugo
Estreia absoluta: Veneza, Teatro La Fenice, 11 de Março de 1851

Quando a censura interdita o libreto que Francesco Maria Piave baseara em Le Roi s'amuse de Victor Hugo, considerando-o imoral, de uma 'trivialidade obscena', e lamentando 'que o poeta Piave e o célebre maestro Verdi não tenham encontrado nada melhor para expressar o seu talento', o compositor sente-se enraivecido e consternado. O libretista dedica-se rapidamente à revisão do texto - mas a nova versão não agrada a Verdi, que a considera distanciada de toda a lógica e fulgor originais. É necessário estabelecer-se um compromisso: alteram-se o local, os nomes das personagens, suprimem-se algumas cenas, mantendo-se todos os eixos dramáticos que Verdi considerava essenciais. O libreto será finalmente aceite e a obra concluída sob o nome do seu protagonista buffo, o corcunda Rigoletto.

Na estreia, a 11 de Março de 1851, enquanto o público rejubila, a crítica sente-se dividida perante uma obra de tal intensidade dramática. Como se poderia, enfim, reagir, a uma proposta que indiciava uma tão intensa ruptura com a estética rossiniana conferindo, nomeadamente, tão escassos momentos solísticos às suas personagens principais? A densidade teatral, o recorte emocional das personagens e das suas sinergias, a escrita orquestral, tudo concorre para uma circunstância inovadora, uma nova fase na carreira de Verdi e na ópera oitocentista.

Durante uma festa no palácio ducal de Mântua, os comentários sarcásticos de Rigoletto, em relação a um dos convidados, o conde de Monterone, fazem com que este amaldiçoe o pobre corcunda. É sob esta tensão que toda a acção se desenrola: a bela filha de Rigoletto, Gilda, virtuosa e heróica, será seduzida e posteriormente raptada pelo Duque, sem que este abdique de perseverar nas suas conquistas amorosas. Rigoletto, ansiando por vingança, contrata um assassino para matar o fidalgo - porém... no meio de várias peripécias, é Gilda que acaba por ser morta, concretizando-se a conjecturada maldição.

PGR / TNSC

sinopse
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Razoável/bom, como São Carlos é, há muito tempo, ao contrário do que se diz por aí.

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