Música, dança, teatro, cinema, literatura, exposições, conversas, etc.
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domingo, 30 de dezembro de 2007
Museus do Século XXI
Conceitos, projectos, edifícios
Culturgest, até 13 de Fevereiro de 2008
Nos últimos anos, por todo o mundo têm sido construídos numerosos museus ou tem-se procedido a renovações ou expansões de outros. As tentativas de muitas instituições de integrarem a arquitectura contemporânea no programa dos seus museus coloca mais uma vez a questão sobre a forma e a função de um museu e, simultaneamente, a discussão sobre as relações entre a arquitectura (o espaço) e a arte (a exposição).
Em 2000 Suzanne Greub, directora do Art Centre Basel organizou a exposição Museus para um Novo Milénio, que até 2005 foi apresentada em 17 museus ou centros culturais por todo o mundo (incluindo o CCB, em Lisboa).
A presente exposição vem no seguimento da anterior e apresenta 27 dos mais interessantes e seminais projectos de edifícios museológicos desenhados, acabados ou em construção, entre os anos 2000 e 2014. São projectos muito diversos que revelam diferentes pontos de vista sobre o conceito de museu, o seu papel na sociedade contemporânea e as suas traduções arquitectónicas.
Os projectos são apresentados através de modelos cuidadosamente escolhidos, fotografias, simulações por computador, plantas, desenhos, animações em DVD e vídeos. O Art Centre Basel concebeu cada uma destas apresentações em estreita colaboração com o respectivo arquitecto mas consistentes com as directrizes por si definidas de modo a obter-se uma unidade e coerência expositivas.
A exposição não só procura contribuir para o debate sobre a forma exterior dos museus mas também para chamar a atenção para os diferentes programas que as instituições concebem tendo em vista a satisfação dos seus públicos.
Culturgest
Concepção e coordenação:
Art Centre Basel, Basel, Suíça
www.artcentrebasel.com
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Muito interessante, maquetes, fotografias e esquissos.
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Culturgest, Serviço Educativo
Sites a Visitar *
Mo.MA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (jogo interactivo) www.moma.org/destination
CUBE – Center for Understanding the Built Environment www.cubekc.org
Projecto independente de educação arquitectónica www.archkidecture.org
Museums association www.museumsassociation.org
Definição de Museu segundo o ICOM www.icom.museum/hist_def_eng.html
Arte na arquitectura contemporânea www.architectureforart.com
LARA FILHO, Durval, O museu no século XXI ou o museu do Século XXI? www.forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.painel/artigos/dlf_museu
TIPTON, Gemma, The Challenge of Space www.architectureforart.com/Admin/Articles/thechallengeofspace_20050404.pdf
* Consulta a 29 de Outubro de 2007
Bibliografia Aconselhada
GREUB, Suzanne e GREUB, Thierry, Museus do Século XXI – Conceitos, Projectos e Edifícios, Nova Iorque, Prestel, 2007.
SACHS, Angeli e LAMPUGNANI, Vittorio Magnago, Museus para o Novo Milénio – Conceitos, Projectos, Edifícios, Nova Iorque, Prestel, 1999.
CRIMP, Douglas, On the museum’s ruins, MIT, 1993.
HERNÁNDEZ, Francisca Hernández, El museo como espacio de comunicación, Gijón, Ediciones Trea, 1998.
LORENTE, Jesus-Pedro, Cathedrals of urban modernity: the first museums of contemporary art, 1800-1930, London, Ashgate, 1988.
sábado, 29 de dezembro de 2007
Um Teatro Sem Teatro
Museu Berardo, até 17 de Fevereiro de 2008
Comissários: Bernard Blistène e Yann Chateigné
(com a colaboração de Pedro G. Romero)
Onde se cruza o teatro com as artes visuais? Um Teatro Sem Teatro mostra a produção artística que reflecte a arte performativa.
Em co-produção com o MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, a exposição Um Teatro Sem Teatro será apresentada em 4 núcleos; o “Anti-teatro” (de Dada a Fluxus); o “Homem-actor” (Artaud, Tadeus Kantor e a arte californiana dos anos 60-70); “Para além do minimalismo” (futuristas e situacionistas) e um epílogo com obras de Dan Graham e James Coleman. Esta exposição propõe fazer uma leitura complementar à Colecção Berardo, da arte do século XX: happening, de Antonin Artaud até ao Fluxus.
Um Teatro Sem Teatro segue duas linhas fundamentais - obras e autores que tomam a performance como parte central do seu trabalho e peças que lidam com noções novas de espaço e a nossa própria relação e interacção como espectadores e/ou parte integrante da própria criação.
Exposição muito interessante.
Comissários: Bernard Blistène e Yann Chateigné
(com a colaboração de Pedro G. Romero)
Onde se cruza o teatro com as artes visuais? Um Teatro Sem Teatro mostra a produção artística que reflecte a arte performativa.
Em co-produção com o MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, a exposição Um Teatro Sem Teatro será apresentada em 4 núcleos; o “Anti-teatro” (de Dada a Fluxus); o “Homem-actor” (Artaud, Tadeus Kantor e a arte californiana dos anos 60-70); “Para além do minimalismo” (futuristas e situacionistas) e um epílogo com obras de Dan Graham e James Coleman. Esta exposição propõe fazer uma leitura complementar à Colecção Berardo, da arte do século XX: happening, de Antonin Artaud até ao Fluxus.
Um Teatro Sem Teatro segue duas linhas fundamentais - obras e autores que tomam a performance como parte central do seu trabalho e peças que lidam com noções novas de espaço e a nossa própria relação e interacção como espectadores e/ou parte integrante da própria criação.
Exposição muito interessante.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Sweeney Todd
O Terrível Barbeiro de Fleet Street
Teatro Aberto, a terminar dia 30 de Dezembro de 2007
Autor: Stephen Sondheim
Versão Portuguesa: João Lourenço, Vera San Payo de Lemos, José Fanha
Dramaturgia: Vera San Payo de Lemos
Cenário: Jochen Finke
Figurinos: Renée Hendrix
Coreografia: Carlos Prado
Luz: João Lourenço, Melim Teixeira
Encenação: João Lourenço
Direcção Musical e Regência - João Paulo Santos
Interpretação: Mário Redondo, Ana Ester, Carlos Guilherme, José Corvelo, Marco Alves dos Santos, Sílvia Filipe, Carla Simões, Tiago Sepúlveda, Henrique Feist
10 Músicos
16 Coralistas
12 Actores / Bailarinos
Não se trata de uma reposição da co-produção apresentada no Teatro Nacional de D. Maria II, em 1997, mas sim de uma nova encenação e de uma nova montagem com novo cenário e com novo elenco onde estão apenas dois dos solistas que integraram a versão de 1997.
Sinopse: Depois de anos passados nas galés devido a uma condenação injusta, Sweeney Todd regressa a Londres para procurar a mulher e a filha e se vingar daqueles que lhe destruíram a vida. A sua vingança manifesta-se em múltiplos crimes que o tornam conhecido como "o terrível barbeiro de Fleet Street".
Sweeney Todd é um thriller musical cheio de acção e emoção, com uma partitura inspirada e momentos de comédia, tensão dramática e crítica social que lhe conferem as características espectaculares do teatro total.
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Agradável e uma noite bem disposta e bem passada.
Teatro Aberto, a terminar dia 30 de Dezembro de 2007
Autor: Stephen Sondheim
Versão Portuguesa: João Lourenço, Vera San Payo de Lemos, José Fanha
Dramaturgia: Vera San Payo de Lemos
Cenário: Jochen Finke
Figurinos: Renée Hendrix
Coreografia: Carlos Prado
Luz: João Lourenço, Melim Teixeira
Encenação: João Lourenço
Direcção Musical e Regência - João Paulo Santos
Interpretação: Mário Redondo, Ana Ester, Carlos Guilherme, José Corvelo, Marco Alves dos Santos, Sílvia Filipe, Carla Simões, Tiago Sepúlveda, Henrique Feist
10 Músicos
16 Coralistas
12 Actores / Bailarinos
Não se trata de uma reposição da co-produção apresentada no Teatro Nacional de D. Maria II, em 1997, mas sim de uma nova encenação e de uma nova montagem com novo cenário e com novo elenco onde estão apenas dois dos solistas que integraram a versão de 1997.
Sinopse: Depois de anos passados nas galés devido a uma condenação injusta, Sweeney Todd regressa a Londres para procurar a mulher e a filha e se vingar daqueles que lhe destruíram a vida. A sua vingança manifesta-se em múltiplos crimes que o tornam conhecido como "o terrível barbeiro de Fleet Street".
Sweeney Todd é um thriller musical cheio de acção e emoção, com uma partitura inspirada e momentos de comédia, tensão dramática e crítica social que lhe conferem as características espectaculares do teatro total.
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Agradável e uma noite bem disposta e bem passada.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Janeiro 2008
Com início em Janeiro de 2008...
Ciclo de conversas em torno da exposição Museus do Século XXI
Culturgest, Quintas-feiras dias 3, 17, 24 e 31
Orquestra Gulbenkian
Joana Carneiro (maestrina)
Artur Pizarro (piano)
Ludwig van Beethoven
Concerto para Piano Nº 4, em Sol maior, op.58
(em vez de nº 4 de Rachmaninov, pena...)
Igor Stravinsky
O Pássaro de Fogo
(versão integral do bailado)
Gulbenkian, dias 4 e 5
A Arte da Fuga
coreografia de Rui Lopes Graça
Companhia Rui Lopes Graça
Intérpretes Angela Eckart, Constança Couto, Jácome Filipe Silva, Kanae Maezawa, Rafaela Salvador, Rita Abreu, São Castro, Teresa Silva, Vânia Vaz
Desenho de luz Jorge Ribeiro
Figurinos Dino Alvez
Produção Sandro Benrós
Em co-apresentação com a Artemrede
Nesta coreografia para oito intérpretes, criada a partir de A Arte da Fuga, de J. S. Bach, desenvolvemos e aprofundámos a componente do movimento e da composição coreográfica, tendo como base os temas expostos ao longo da obra...
(em itinerância)
Teatro de Almada, dia 5
Ciclo Beethoven 2008
Ciclo de Piano
Os Quartetos de Cordas
Integral dos Trios com Piano
Maratona Musical
CCB, dias 8 de Janeiro a 22 de Dezembro
A Floresta de Aleksandr Ostróvsk
Tradução Nina e Filipe Guerra
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Interpretação
António Fonseca, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Márcia Breia, João Pedro Vaz, José Gonçalo Pais, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra,Teresa Madruga e Rita Durão
Teatro da Cornucópia
Teatro do Bairro Alto, dias 10 de Janeiro a 17 de Fevereiro
O Avarento ou a Última Festa
Comédia em cinco actos de José Maria Vieira Mendes a partir de O Avarento de Molière
Um novo Avarento, de José Maria Vieira Mendes, sobe aos palcos pela mão do Teatro Praga. Revisitação de um texto de 1668, na perspectiva do conflito entre duas gerações, no qual Molière serve apenas para o esqueleto: Vieira Mendes parte a estrutura original e deixa buracos, fracturas, peças soltas, mistura linguagens e estilos, para realizar uma reflexão sobre o conflito entre a geração pós-25 de Abril e a geração dos pais dela. Uma nova versão da peça, livre e esquiva, ou a escrita daquilo que se gostaria de ler já na obra original.
Co-produção: Teatro Nacional São João / Teatro Praga
Uma co-criação de: André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Marcello Urgeghe, Martim Pedroso, Paula Diogo, Patrícia da Silva, Pedro Penim, Rogério Nuno Costa e Romeu Runa.
Iluminação: Daniel Worm d’Assumpção
Direcção de produção: Pedro Pires
CCB, dias 11 a 19
Turismo Infinito
encenação RICARDO PAIS
com a colaboração de NUNO M CARDOSO
dispositivo cénico MANUEL AIRES MATEUS
figurinos BERNARDO MONTEIRO
desenho de luz NUNO MEIRA
sonoplastia FRANCISCO LEAL
voz | elocução JOÃO HENRIQUES
COM
JOÃO REIS | EMÍLIA SILVESTRE | PEDRO ALMENDRA
JOSÉ EDUARDO SILVA | LUÍS ARAÚJO
“Sou a cena viva onde passam vários actores representando várias peças.” A frase que Bernardo Soares escreve pelo punho de Fernando Pessoa é uma das muitas epígrafes possíveis de Turismo Infinito, espectáculo em que Ricardo Pais dobra a esquina de diversas sínteses, empreendendo uma viagem ao fulgurante universo de Fernando Pessoa.
Teatro D. Maria II, dias 11 a 26
Soprano | Lisa Milne
Contralto | Susan Parry
Direcção musical | Julia Jones
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestro titular | Giovanni Andreoli
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Gustav Mahler (1860-1911)
Sinfonia n.º 2 em Dó menor “Ressurreição”
Colaboração | Teatro Nacional de São Carlos
CCB, dia 12
EVIL MACHINES
A fantasia musical de Terry Jones e de Luís Tinoco
“Num mundo em que as máquinas e os seres humanos podem comunicar entre si e partilhar as mesmas esperanças e aspirações, certas máquinas têm uma agenda diferente.Há um Aspirador que tenta dominar o mundo. Há um Carro que rapta pessoas; há duas Motas que assaltam um banco e um Elevador que leva as pessoas a sítios onde não querem ir; e há um Telefone que diz o que as pessoas gostavam de dizer e não o que realmente dizem – com resultados terríveis para a Sra. Morris, a velhota que o comprou.”
Música original Luís Tinoco
História Terry Jones e Anna Söderström
Libreto Terry Jones
Encenação Terry Jones
Direcção Musical Cesário Costa
Figurinos Vin Burnham
Cenografia Hernâni Saúde
Coreografia Paulo Ribeiro
Desenho de Luz Nuno Meira
Desenho Musical / Sonoplastia José Luís Ferreira
Interpretação Ana Paula Russo, Ana Quintans, Carla Simões, Fernando
Guimarães, João Oliveira, João Martins, João Merino, José Lourenço, Marco
Alves dos Santos, Mário Redondo, Raquel Camarinha, Sara Braga Simões
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Alunos da Orquestra Académica de Lisboa
Maestro Cesário Costa
Teatro São Luiz, dias 12 de Janeiro a 3 de Fevereiro
Música com comentários
Pela Orchestrutopica. Concerto comentado por Sérgio Azevedo
Tentando criar uma maior aproximação com a música de hoje, a Orchestrutopica apresenta um concerto com música comentada. Com um programa especialmente pensado para um público alargado e de todas as idades, este concerto propõe-se corresponder à curiosidade e ao interesse que a música contemporânea desperta. Uma oportunidade para conhecer a música por dentro e para penetrar no mundo da criatividade musical dos nossos dias.
Maestro Cesário Costa
Programa
Luciano Berio Opus Number Zoo
Nuno Côrte-Real Rock – homage a Ligeti
Maurício Kagel Die Stücke der Windrose Osten
Culturgest, dia 13
Poesia de Judith Herzberg
Lida por Jorge Silva Melo
Por ocasião do lançamento de O que resta do dia, antologia de poesia e prosa de Judith Herzberg (Cavalo de Ferro) traduzida por Ana Maria Carvalho Lemmens, e da reposição de A Fábrica de Nada (Teatro Municipal de Almada), Jorge Silva Melo lerá alguns poemas da autora na sua presença.
Culturgest, dia 14
Múltiplas Direcções
Múltiplas Direcções e Autores do Século XIX até aos Nossos Dias:
Arte Portuguesa de 1850 até à actualidade
Director e curador: Pedro Lapa
Quatro núcleos: Percepção, Reversibilidade, Rebaixamento e Acontecimento.
Colecção do MNAC - Museu do Chiado
Museu do Chiado, 17 de Janeiro a 2 de Março de 2008
Rabih Abou-Khalil
e Joachim Kühn Trio
Oud Rabih Abou-Khalil
Piano e Saxofone Joachim Kühn
Bateria Jarrod Cagwin
Culturgest, dia 19
Quarteto Borodin
Ruben Aharonian (violino)
Andrei Abramenkov (violino)
Igor Naidin (viola)
Valentimn Berlinsky (violoncelo)
Joseph Haydn
Quarteto para Cordas em Ré Maior, op.64 nº 5 (Hob.III.63), A cotovia
Ludwig van Beethoven
Quarteto para Cordas Nº 4, em Dó menor, op.18 nº 4
Nikolaï Miaskovsky
Quarteto para Cordas Nº 13, em Lá menor, op.86
Sergei Rachmaninov
Romance (do Quarteto para Cordas Nº 1 – 1889)
Gulbenkian, dia 23
Berlim
de Gonçalo M. Tavares
Versão Cénica e Encenação João Mota
Elenco: Alvaro Correia , João Tempera, Mariana Filipa, Judite Dias, Tânia Alves, Marco Paiva , Miguel Sermão, Jorge Andrade e Alexandre Lopes
"Berlim" é uma peça que retrata um casal, desamparado, que percorre a cidade de Berlim. A pé, de metro; observando, comentando. A excitação da jovem mulher contrasta com a rudeza e indiferença do homem. É como que uma visão da cidade de um ponto de vista exterior. Relata a forma como as relações pessoais tetam resistir à violência subliminar de uma cidade
Teatro da Comuna, de 24 de Janeiro a 8 de Março de 2008
Operação: Orfeu
Hotel Pro Forma
Operação: Orfeu, pela companhia dinamarquesa Hotel Pro Forma, é uma ópera visual baseada no conhecido mito do músico apaixonado que desce ao mundo dos mortos para recuperar Euridice. Uma atmosfera única conseguida através da cenografia, da luz e dos efeitos visuais, num feliz encontro com a música de Bo Holten, John Cage e a famosa ária Che farò senza Euridice, a recordar a ópera Orfeo e Euridice de Christoph Willibald Gluck.
Concepção e direcção: Kirsten Dehlholm
Música: Bo Holten, John Cage, Christoph Willibald Gluck
Arranjos:Bo Holten
Libreto: Ib Michael
Cenografia: Maja Ravn
Concepção de luz: Maja Ravn, Jesper Kongshaug
Desenho de luz: Jesper Kongshaug
Som: Anders Jorgensen
Figurinos: Annette Meyer
Coreografia para solo: Anita Saij
Dramaturgia: Claus Lynge
Tradução: Marianne Harpsøe Correia
Hotel Pro Forma é apoiado pelo Danish Arts Council, Committee for the Performing Arts.
Encomendado e co-produzido pelo Arts Festival Week 1993
Reposição co-produzida por Latvian National Opera, Latvian Radio Choir, Bikubenfonden, Danish Arts Council, Committee for the Performing Arts e Hotel Pro Forma
CCB, dias 25 e 26
Das Marchen, Emmanuel Nunes
estreia absoluta
Direcção musical Peter Rundel
Encenação Karoline Gruber
Cenografia Roy Spahn
Coreografia Amanda Miller
Figurinos Mechthild Seipel
Desenho de luz Hans Toelstede
Realização informática musical Ircam Eric Daubresse
Remix Ensemble
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Encomenda
Teatro Nacional de São Carlos /
/ Fundação Calouste Gulbenkian / Casa da Música
Co-produção
Teatro Nacional de São Carlos /
/ Fundação Calouste Gulbenkian / Casa da Música /
/ IRCAM-Centre Pompidou (Paris)
São Carlos, dias 25, 27 e 29
100 Fotos, Obras, Anos de Óscar Niemeyer,
por Leonardo Finotti
Museu da Electricidade, Sala da Baixa Pressão, dias 26 de Janeiro a 2 de Março de 2008
Ensemble William Byrd
Graham O'Reilly (direcção)
Música Portuguesa do Século XVIII
Ciclo música antiga da Gulbenkian
João Rodrigues Esteves
Miserere
Stabat Mater
Lamentações a 8 vozes
Missa a 8 vozes
Academia das Ciências, dia 27
BMC/NYC
OrchestrUtopica | Cesário Costa: direcção
No concerto BMC/NYC, a OrchestrUtopica leva-nos até à década de cinquenta na América, com um programa composto por obras de Earl Brown, John Cage, Morton Feldman, Christian Wolff e Stefan Wolpe.
A OrchestrUtopica apresenta um concerto em torno da música influenciada pelo movimento artístico dos anos cinquenta, criado no famoso Black Moutain College, e nas suas ligações à escola de Nova Iorque – a propósito da obra do pintor Robert Rauschenberg, do compositor John Cage, e de outros artistas.
O concerto BMC/NYC propõe a revisitação da criação musical aberta ao ready-made e à pop-art, em busca das suas disseminações na música e nas artes de hoje. Uma forma de compreender e reviver gestos e experiências de rompimento e de provocação.
Co-produção | CCB/OrchestrUtopica, Orquestra em residência
CCB, dia 27
SWR Sinfonieorchester Baden-Baden und Freiburg
Sylvain Cambreling (maestro)
No Centenário do Nascimento de Olivier Messiaen
Ciclo grandes orquestras mundias da Gulbenkian
Olivier Messiaen
Turangalîla-Symphonie
Coliseu dos Recreios, dia 29
KINO - Mostra de Cinema de Expressão Alemã
Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Suíça
Cinema São Jorge, dias 30 de Janeiro a 6 de Fevereiro
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Dezembro 2007
Ciclo de conversas em torno da exposição Museus do Século XXI
Culturgest, Quintas-feiras dias 3, 17, 24 e 31
Orquestra Gulbenkian
Joana Carneiro (maestrina)
Artur Pizarro (piano)
Ludwig van Beethoven
Concerto para Piano Nº 4, em Sol maior, op.58
(em vez de nº 4 de Rachmaninov, pena...)
Igor Stravinsky
O Pássaro de Fogo
(versão integral do bailado)
Gulbenkian, dias 4 e 5
A Arte da Fuga
coreografia de Rui Lopes Graça
Companhia Rui Lopes Graça
Intérpretes Angela Eckart, Constança Couto, Jácome Filipe Silva, Kanae Maezawa, Rafaela Salvador, Rita Abreu, São Castro, Teresa Silva, Vânia Vaz
Desenho de luz Jorge Ribeiro
Figurinos Dino Alvez
Produção Sandro Benrós
Em co-apresentação com a Artemrede
Nesta coreografia para oito intérpretes, criada a partir de A Arte da Fuga, de J. S. Bach, desenvolvemos e aprofundámos a componente do movimento e da composição coreográfica, tendo como base os temas expostos ao longo da obra...
(em itinerância)
Teatro de Almada, dia 5
Ciclo Beethoven 2008
Ciclo de Piano
Os Quartetos de Cordas
Integral dos Trios com Piano
Maratona Musical
CCB, dias 8 de Janeiro a 22 de Dezembro
A Floresta de Aleksandr Ostróvsk
Tradução Nina e Filipe Guerra
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Interpretação
António Fonseca, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Márcia Breia, João Pedro Vaz, José Gonçalo Pais, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra,Teresa Madruga e Rita Durão
Teatro da Cornucópia
Teatro do Bairro Alto, dias 10 de Janeiro a 17 de Fevereiro
O Avarento ou a Última Festa
Comédia em cinco actos de José Maria Vieira Mendes a partir de O Avarento de Molière
Um novo Avarento, de José Maria Vieira Mendes, sobe aos palcos pela mão do Teatro Praga. Revisitação de um texto de 1668, na perspectiva do conflito entre duas gerações, no qual Molière serve apenas para o esqueleto: Vieira Mendes parte a estrutura original e deixa buracos, fracturas, peças soltas, mistura linguagens e estilos, para realizar uma reflexão sobre o conflito entre a geração pós-25 de Abril e a geração dos pais dela. Uma nova versão da peça, livre e esquiva, ou a escrita daquilo que se gostaria de ler já na obra original.
Co-produção: Teatro Nacional São João / Teatro Praga
Uma co-criação de: André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Marcello Urgeghe, Martim Pedroso, Paula Diogo, Patrícia da Silva, Pedro Penim, Rogério Nuno Costa e Romeu Runa.
Iluminação: Daniel Worm d’Assumpção
Direcção de produção: Pedro Pires
CCB, dias 11 a 19
Turismo Infinito
encenação RICARDO PAIS
com a colaboração de NUNO M CARDOSO
dispositivo cénico MANUEL AIRES MATEUS
figurinos BERNARDO MONTEIRO
desenho de luz NUNO MEIRA
sonoplastia FRANCISCO LEAL
voz | elocução JOÃO HENRIQUES
COM
JOÃO REIS | EMÍLIA SILVESTRE | PEDRO ALMENDRA
JOSÉ EDUARDO SILVA | LUÍS ARAÚJO
“Sou a cena viva onde passam vários actores representando várias peças.” A frase que Bernardo Soares escreve pelo punho de Fernando Pessoa é uma das muitas epígrafes possíveis de Turismo Infinito, espectáculo em que Ricardo Pais dobra a esquina de diversas sínteses, empreendendo uma viagem ao fulgurante universo de Fernando Pessoa.
Teatro D. Maria II, dias 11 a 26
Soprano | Lisa Milne
Contralto | Susan Parry
Direcção musical | Julia Jones
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestro titular | Giovanni Andreoli
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Gustav Mahler (1860-1911)
Sinfonia n.º 2 em Dó menor “Ressurreição”
Colaboração | Teatro Nacional de São Carlos
CCB, dia 12
EVIL MACHINES
A fantasia musical de Terry Jones e de Luís Tinoco
“Num mundo em que as máquinas e os seres humanos podem comunicar entre si e partilhar as mesmas esperanças e aspirações, certas máquinas têm uma agenda diferente.Há um Aspirador que tenta dominar o mundo. Há um Carro que rapta pessoas; há duas Motas que assaltam um banco e um Elevador que leva as pessoas a sítios onde não querem ir; e há um Telefone que diz o que as pessoas gostavam de dizer e não o que realmente dizem – com resultados terríveis para a Sra. Morris, a velhota que o comprou.”
Música original Luís Tinoco
História Terry Jones e Anna Söderström
Libreto Terry Jones
Encenação Terry Jones
Direcção Musical Cesário Costa
Figurinos Vin Burnham
Cenografia Hernâni Saúde
Coreografia Paulo Ribeiro
Desenho de Luz Nuno Meira
Desenho Musical / Sonoplastia José Luís Ferreira
Interpretação Ana Paula Russo, Ana Quintans, Carla Simões, Fernando
Guimarães, João Oliveira, João Martins, João Merino, José Lourenço, Marco
Alves dos Santos, Mário Redondo, Raquel Camarinha, Sara Braga Simões
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Alunos da Orquestra Académica de Lisboa
Maestro Cesário Costa
Teatro São Luiz, dias 12 de Janeiro a 3 de Fevereiro
Música com comentários
Pela Orchestrutopica. Concerto comentado por Sérgio Azevedo
Tentando criar uma maior aproximação com a música de hoje, a Orchestrutopica apresenta um concerto com música comentada. Com um programa especialmente pensado para um público alargado e de todas as idades, este concerto propõe-se corresponder à curiosidade e ao interesse que a música contemporânea desperta. Uma oportunidade para conhecer a música por dentro e para penetrar no mundo da criatividade musical dos nossos dias.
Maestro Cesário Costa
Programa
Luciano Berio Opus Number Zoo
Nuno Côrte-Real Rock – homage a Ligeti
Maurício Kagel Die Stücke der Windrose Osten
Culturgest, dia 13
Poesia de Judith Herzberg
Lida por Jorge Silva Melo
Por ocasião do lançamento de O que resta do dia, antologia de poesia e prosa de Judith Herzberg (Cavalo de Ferro) traduzida por Ana Maria Carvalho Lemmens, e da reposição de A Fábrica de Nada (Teatro Municipal de Almada), Jorge Silva Melo lerá alguns poemas da autora na sua presença.
Culturgest, dia 14
Múltiplas Direcções
Múltiplas Direcções e Autores do Século XIX até aos Nossos Dias:
Arte Portuguesa de 1850 até à actualidade
Director e curador: Pedro Lapa
Quatro núcleos: Percepção, Reversibilidade, Rebaixamento e Acontecimento.
Colecção do MNAC - Museu do Chiado
Museu do Chiado, 17 de Janeiro a 2 de Março de 2008
Rabih Abou-Khalil
e Joachim Kühn Trio
Oud Rabih Abou-Khalil
Piano e Saxofone Joachim Kühn
Bateria Jarrod Cagwin
Culturgest, dia 19
Quarteto Borodin
Ruben Aharonian (violino)
Andrei Abramenkov (violino)
Igor Naidin (viola)
Valentimn Berlinsky (violoncelo)
Joseph Haydn
Quarteto para Cordas em Ré Maior, op.64 nº 5 (Hob.III.63), A cotovia
Ludwig van Beethoven
Quarteto para Cordas Nº 4, em Dó menor, op.18 nº 4
Nikolaï Miaskovsky
Quarteto para Cordas Nº 13, em Lá menor, op.86
Sergei Rachmaninov
Romance (do Quarteto para Cordas Nº 1 – 1889)
Gulbenkian, dia 23
Berlim
de Gonçalo M. Tavares
Versão Cénica e Encenação João Mota
Elenco: Alvaro Correia , João Tempera, Mariana Filipa, Judite Dias, Tânia Alves, Marco Paiva , Miguel Sermão, Jorge Andrade e Alexandre Lopes
"Berlim" é uma peça que retrata um casal, desamparado, que percorre a cidade de Berlim. A pé, de metro; observando, comentando. A excitação da jovem mulher contrasta com a rudeza e indiferença do homem. É como que uma visão da cidade de um ponto de vista exterior. Relata a forma como as relações pessoais tetam resistir à violência subliminar de uma cidade
Teatro da Comuna, de 24 de Janeiro a 8 de Março de 2008
Operação: Orfeu
Hotel Pro Forma
Operação: Orfeu, pela companhia dinamarquesa Hotel Pro Forma, é uma ópera visual baseada no conhecido mito do músico apaixonado que desce ao mundo dos mortos para recuperar Euridice. Uma atmosfera única conseguida através da cenografia, da luz e dos efeitos visuais, num feliz encontro com a música de Bo Holten, John Cage e a famosa ária Che farò senza Euridice, a recordar a ópera Orfeo e Euridice de Christoph Willibald Gluck.
Concepção e direcção: Kirsten Dehlholm
Música: Bo Holten, John Cage, Christoph Willibald Gluck
Arranjos:Bo Holten
Libreto: Ib Michael
Cenografia: Maja Ravn
Concepção de luz: Maja Ravn, Jesper Kongshaug
Desenho de luz: Jesper Kongshaug
Som: Anders Jorgensen
Figurinos: Annette Meyer
Coreografia para solo: Anita Saij
Dramaturgia: Claus Lynge
Tradução: Marianne Harpsøe Correia
Hotel Pro Forma é apoiado pelo Danish Arts Council, Committee for the Performing Arts.
Encomendado e co-produzido pelo Arts Festival Week 1993
Reposição co-produzida por Latvian National Opera, Latvian Radio Choir, Bikubenfonden, Danish Arts Council, Committee for the Performing Arts e Hotel Pro Forma
CCB, dias 25 e 26
Das Marchen, Emmanuel Nunes
estreia absoluta
Direcção musical Peter Rundel
Encenação Karoline Gruber
Cenografia Roy Spahn
Coreografia Amanda Miller
Figurinos Mechthild Seipel
Desenho de luz Hans Toelstede
Realização informática musical Ircam Eric Daubresse
Remix Ensemble
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Encomenda
Teatro Nacional de São Carlos /
/ Fundação Calouste Gulbenkian / Casa da Música
Co-produção
Teatro Nacional de São Carlos /
/ Fundação Calouste Gulbenkian / Casa da Música /
/ IRCAM-Centre Pompidou (Paris)
São Carlos, dias 25, 27 e 29
100 Fotos, Obras, Anos de Óscar Niemeyer,
por Leonardo Finotti
Museu da Electricidade, Sala da Baixa Pressão, dias 26 de Janeiro a 2 de Março de 2008
Ensemble William Byrd
Graham O'Reilly (direcção)
Música Portuguesa do Século XVIII
Ciclo música antiga da Gulbenkian
João Rodrigues Esteves
Miserere
Stabat Mater
Lamentações a 8 vozes
Missa a 8 vozes
Academia das Ciências, dia 27
BMC/NYC
OrchestrUtopica | Cesário Costa: direcção
No concerto BMC/NYC, a OrchestrUtopica leva-nos até à década de cinquenta na América, com um programa composto por obras de Earl Brown, John Cage, Morton Feldman, Christian Wolff e Stefan Wolpe.
A OrchestrUtopica apresenta um concerto em torno da música influenciada pelo movimento artístico dos anos cinquenta, criado no famoso Black Moutain College, e nas suas ligações à escola de Nova Iorque – a propósito da obra do pintor Robert Rauschenberg, do compositor John Cage, e de outros artistas.
O concerto BMC/NYC propõe a revisitação da criação musical aberta ao ready-made e à pop-art, em busca das suas disseminações na música e nas artes de hoje. Uma forma de compreender e reviver gestos e experiências de rompimento e de provocação.
Co-produção | CCB/OrchestrUtopica, Orquestra em residência
CCB, dia 27
SWR Sinfonieorchester Baden-Baden und Freiburg
Sylvain Cambreling (maestro)
No Centenário do Nascimento de Olivier Messiaen
Ciclo grandes orquestras mundias da Gulbenkian
Olivier Messiaen
Turangalîla-Symphonie
Coliseu dos Recreios, dia 29
KINO - Mostra de Cinema de Expressão Alemã
Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Suíça
Cinema São Jorge, dias 30 de Janeiro a 6 de Fevereiro
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Dezembro 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
CAM da Gulbenkian
O Centro de Arte Moderna vai crescer e ter metro à porta
O CAM tal como o conhecemos dará lugar a um centro maior e "mais ágil". A Gulbenkian tem novos terrenos e vai lançar já em 2008 o concurso de arquitectura
A Fundação Calouste Gulbenkian vai fazer obras de fundo e ampliar o seu Centro de Arte Moderna (CAM), visando mostrar em permanência a sua colecção de arte moderna e contemporânea e ter, ao mesmo tempo, um programa rotativo de grandes exposições temporárias.
Não há data marcada para o início das obras, mas a Gulbenkian quer estar preparada para que estas possam arrancar a qualquer momento a partir do lançamento de um concurso internacional de arquitectura - por convite - que a administração garante já para o primeiro semestre de 2008.
Os pormenores da obra surgirão, naturalmente, apenas com a escolha de um projecto, mas pretende-se que a actual entrada do centro, na Rua Doutor Nicolau Bettencourt seja abandonada, abrindo-se novos acessos nas traseiras edifício, cegas, apesar de orientadas para o coração do parque e, depois deste, para a Rua Marquês Sá da Bandeira, zona onde a fundação quer os novos acessos e para onde o Metropolitano de Lisboa tem prevista uma nova estação - São Sebastião II, que permite a transferência entre a Linha Azul (Baixa/Chiado-Pontinha) e a Linha Vermelha (Alameda-Oriente), ligando dois grandes pólos de atracção da cidade - a zona histórica da Baixa e do Chiado e a "cidade nova" da Expo.
A compra da última parcela do Parque de Santa Gertrudes que não estava na posse da Gulbenkian e que possibilitará a transformação do CAM foi concluída há dois anos, em Outubro de 2005, e já a pensar na requalificação do CAM. Contudo, a condessa de Vilalva, que vive na casa conhecida como "O Palacinho", contígua ao CAM, tem direitos de usufruto vitalício sobre esses terrenos. A Gulbenkian iniciará as obras apenas na cessação destes.
Com a aquisição, para além do que eram os sete hectares dos seus jardins, a Gulbenkian ganhou uma área de cerca de um hectare (8560 metros quadrados), que contorna a Casa de Vilalva e que, para além de se prolongar para trás do actual edifício do CAM, até à Rua Marquês Sá da Bandeira, se estende também para o lado, até à Rua Marquês da Fronteira, onde está a grande porta acastelada que foi em tempos a entrada principal do parque (e da Feira Popular de Lisboa) e que no século XIX serviu de entrada ao Zardim Zoológico de Palhavã.
Dos terrenos adquiridos exclui-se a casa de Vilalva e uma tira de jardim à volta desta, uma ilha pertencente à Fundação Eugénio de Almeida, fundada em Évora em 1963 por Vasco de Almeida, conde de Vilalva, entretanto falecido.
Abrir e agilizar
Teresa Gouveia, administradora da fundação, diz que "não se trata de anular o edifício já existente para substituí-lo por outro", nem sequer de "duplicar o CAM", actualmente com uma área expositiva de 3400 metros quadrados. Trata-se apenas, diz a administradora, de "reorganizar o centro, tornando-o, por um lado, mais apto a manter a colecção permanente com mais possibilidade de respiração, e, por outro, a organizar, ao lado dela, mostras temporárias".
Teresa Gouveia aponta como motivação para as intervenções aquelas que sempre foram tidas como as maiores limitações arquitectónicas do edifício inaugurado a 20 de Julho de 1983: "A natureza aberta e comunicante dos espaços interiores, pouco flexíveis, pouco práticas e limitativas a um tipo de programação que se quer aberta e flexível."
Este é um aspecto. Por outro lado, diz ainda a administradora, com o tipo de intervenção prevista, o público deverá ganhar "uma percepção mais integrante de todos os espaços da fundação, levando a que esta seja entendida como um conjunto [arquitectónico] uno e com um corpo de actividades articuladas".
Com a aquisição dos novos terrenos reconstitui-se também o conjunto original do Parque de Santa Gertrudes. "Retoma-se o todo original, que é totalmente devolvido ao público e à cidade", diz Teresa Gouveia.
O que não deverá acontecer é um regresso à lógica CAM/Acarte, segundo a qual entre 1984 e 2002 coexistiram num mesmo edifício exposições e outros tipos de manifestações de arte contemporânea, nomeadamente propostas de dança, área em que a Gulbenkian teve em tempos um papel fundamental (o Acarte foi criado por Maria Madalena de Azeredo Perdigão, ficando dele apenas um prémio para artes performativas com o nome da sua fundadora e dos mais prestigiados do país).
Ainda segundo Teresa Gouveia, o CAM deverá manter o seu pequeno auditório, mas não para espectáculos, antes para "um programa complementar de actividades com reflexo na colecção", como seminários, cursos, filmes e, porventura, performances. Sempre "actividades ligadas ao que é a área de intervenção principal do centro": as exposições.
Segundo Teresa Gouveia, a colecção de arte moderna e contemporânea do CAM, a única do país que cobre o século XX português de forma relativamente completa e sistemática, tem vindo a ser actualizada e continuará a sê-lo. Conta hoje com cerca de 8 mil obras e "é uma responsabilidade continuada que não parou no ano 2000".
Segundo Teresa Gouveia, a colecção de arte do CAM tem vindo a ser actualizada e continuará a sê-lo.
Público
_______
Após o encerramento do centro de exposições do CCB, voltaremos a ter um local para "grandes exposições temporárias" em Lisboa?
Seria bom...
O CAM tal como o conhecemos dará lugar a um centro maior e "mais ágil". A Gulbenkian tem novos terrenos e vai lançar já em 2008 o concurso de arquitectura
A Fundação Calouste Gulbenkian vai fazer obras de fundo e ampliar o seu Centro de Arte Moderna (CAM), visando mostrar em permanência a sua colecção de arte moderna e contemporânea e ter, ao mesmo tempo, um programa rotativo de grandes exposições temporárias.
Não há data marcada para o início das obras, mas a Gulbenkian quer estar preparada para que estas possam arrancar a qualquer momento a partir do lançamento de um concurso internacional de arquitectura - por convite - que a administração garante já para o primeiro semestre de 2008.
Os pormenores da obra surgirão, naturalmente, apenas com a escolha de um projecto, mas pretende-se que a actual entrada do centro, na Rua Doutor Nicolau Bettencourt seja abandonada, abrindo-se novos acessos nas traseiras edifício, cegas, apesar de orientadas para o coração do parque e, depois deste, para a Rua Marquês Sá da Bandeira, zona onde a fundação quer os novos acessos e para onde o Metropolitano de Lisboa tem prevista uma nova estação - São Sebastião II, que permite a transferência entre a Linha Azul (Baixa/Chiado-Pontinha) e a Linha Vermelha (Alameda-Oriente), ligando dois grandes pólos de atracção da cidade - a zona histórica da Baixa e do Chiado e a "cidade nova" da Expo.
A compra da última parcela do Parque de Santa Gertrudes que não estava na posse da Gulbenkian e que possibilitará a transformação do CAM foi concluída há dois anos, em Outubro de 2005, e já a pensar na requalificação do CAM. Contudo, a condessa de Vilalva, que vive na casa conhecida como "O Palacinho", contígua ao CAM, tem direitos de usufruto vitalício sobre esses terrenos. A Gulbenkian iniciará as obras apenas na cessação destes.
Com a aquisição, para além do que eram os sete hectares dos seus jardins, a Gulbenkian ganhou uma área de cerca de um hectare (8560 metros quadrados), que contorna a Casa de Vilalva e que, para além de se prolongar para trás do actual edifício do CAM, até à Rua Marquês Sá da Bandeira, se estende também para o lado, até à Rua Marquês da Fronteira, onde está a grande porta acastelada que foi em tempos a entrada principal do parque (e da Feira Popular de Lisboa) e que no século XIX serviu de entrada ao Zardim Zoológico de Palhavã.
Dos terrenos adquiridos exclui-se a casa de Vilalva e uma tira de jardim à volta desta, uma ilha pertencente à Fundação Eugénio de Almeida, fundada em Évora em 1963 por Vasco de Almeida, conde de Vilalva, entretanto falecido.
Abrir e agilizar
Teresa Gouveia, administradora da fundação, diz que "não se trata de anular o edifício já existente para substituí-lo por outro", nem sequer de "duplicar o CAM", actualmente com uma área expositiva de 3400 metros quadrados. Trata-se apenas, diz a administradora, de "reorganizar o centro, tornando-o, por um lado, mais apto a manter a colecção permanente com mais possibilidade de respiração, e, por outro, a organizar, ao lado dela, mostras temporárias".
Teresa Gouveia aponta como motivação para as intervenções aquelas que sempre foram tidas como as maiores limitações arquitectónicas do edifício inaugurado a 20 de Julho de 1983: "A natureza aberta e comunicante dos espaços interiores, pouco flexíveis, pouco práticas e limitativas a um tipo de programação que se quer aberta e flexível."
Este é um aspecto. Por outro lado, diz ainda a administradora, com o tipo de intervenção prevista, o público deverá ganhar "uma percepção mais integrante de todos os espaços da fundação, levando a que esta seja entendida como um conjunto [arquitectónico] uno e com um corpo de actividades articuladas".
Com a aquisição dos novos terrenos reconstitui-se também o conjunto original do Parque de Santa Gertrudes. "Retoma-se o todo original, que é totalmente devolvido ao público e à cidade", diz Teresa Gouveia.
O que não deverá acontecer é um regresso à lógica CAM/Acarte, segundo a qual entre 1984 e 2002 coexistiram num mesmo edifício exposições e outros tipos de manifestações de arte contemporânea, nomeadamente propostas de dança, área em que a Gulbenkian teve em tempos um papel fundamental (o Acarte foi criado por Maria Madalena de Azeredo Perdigão, ficando dele apenas um prémio para artes performativas com o nome da sua fundadora e dos mais prestigiados do país).
Ainda segundo Teresa Gouveia, o CAM deverá manter o seu pequeno auditório, mas não para espectáculos, antes para "um programa complementar de actividades com reflexo na colecção", como seminários, cursos, filmes e, porventura, performances. Sempre "actividades ligadas ao que é a área de intervenção principal do centro": as exposições.
Segundo Teresa Gouveia, a colecção de arte moderna e contemporânea do CAM, a única do país que cobre o século XX português de forma relativamente completa e sistemática, tem vindo a ser actualizada e continuará a sê-lo. Conta hoje com cerca de 8 mil obras e "é uma responsabilidade continuada que não parou no ano 2000".
Segundo Teresa Gouveia, a colecção de arte do CAM tem vindo a ser actualizada e continuará a sê-lo.
Público
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Após o encerramento do centro de exposições do CCB, voltaremos a ter um local para "grandes exposições temporárias" em Lisboa?
Seria bom...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Metro, linha vermelha
... necessária nas deslocações em Lisboa para os centros de arte e de performance.
Os trabalhos de prolongamento da linha vermelha entre a Alameda e São Sebastião têm neste momento finalização prevista (adiada) para Julho de 2009...
...nunca mais estará pronta!?
A este ritmo, tempo e 200 M€, Lisboa nunca estará ligada por metro!
Os trabalhos de prolongamento da linha vermelha entre a Alameda e São Sebastião têm neste momento finalização prevista (adiada) para Julho de 2009...
...nunca mais estará pronta!?
A este ritmo, tempo e 200 M€, Lisboa nunca estará ligada por metro!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Orquestra de Câmara Portuguesa
Concerto de Natal
CCB, 23 de Dezembro de 2007
Co-produção
CCB/Orquestra de Câmara Portuguesa, orquestra associada
Com um programa sublime, a OCP pretende renovar o êxito do seu primeiro concerto apresentando a recriação de Schnittke da famosa canção de natal Noite Feliz (Stille Nacht), de Franz Gruber, o Magnificat de Bach, e ainda a universal 5.ª Sinfonia de Beethoven. Um programa de enorme contraste expressivo e emocional, que reúne a novíssima geração de talento musical em Portugal, dirigida por Pedro Carneiro. CCB
Orquestra de Câmara Portuguesa
Pedro Carneiro - Direcção
José Augusto Carneiro - Ensaiador de sopros
António Estaleiro - Organista
Coro Voces Caelestes
Rute Dutra - 1º Soprano
Joana Seara - 2º Soprano
Maria Luísa Tavares - Alto
Fernando Guimarães - Tenor
Armando Possante - Baixo
Programa
Alfred Schnittke
Noite Feliz (Stille Nacht) (para violino e Orquestra de cordas) (transcrição de Eckart Schloifer)
Johann Sebastian Bach
Magnificat em Mi bemol Maior, BWV 243a
Coro — "Magnificat“
Ária (Soprano II) — "Et exsultavit spiritus meus“
A. Motete Coral — "Vom Himmel hoch“
Aria (Soprano I) — "Quia respexit humilitatem“
Coro — "Omnes generationes“
Ária (Baixo) — "Quia fecit mihi magna“
B. Coro — "Freut euch und jubiliert“
Dueto (Contralto, Tenor) — "Et misericordia“
Coro — "Fecit potentiam“
C. Coro — "Gloria in excelsis Deo“
Ária (Tenor) — "Deposuit potentes“
Ária (Contralto) — "Esurientes implevit bonis“
D. Dueto (Soprano, Baixo) — "Virga Jesse floruit“
Coro (Soprano I/II, Alto) — "Suscepit Israel“
Coro — "Sicut locutus est“
Coro — "Gloria Patri“
Ludwig van Beethoven
Sinfonia n.º 5 em Dó menor, Opus 67
_______
Bom concerto de Natal. Orquestra no seu 2º concerto vai bem e a melhorar...
Orquestra, cantores, maestro e bolo rei alegraram um Domingo na presença de Aníbal e Maria Cavaco.
sábado, 15 de dezembro de 2007
Bach: Missa em Si menor, BWV 232
Gulbenkian, 20 a 22 de Dezembro de 2007
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Michel Corboz Maestro
Yumiko Tanimura Soprano
Katalin Halmai Meio-Soprano
Patrick Van Goethem Contratenor
Fredrik Akselberg Tenor
Stephan MacLeod Baixo
Marcelo Giannini Órgão
David Lefèvre Violino
Alejandro Erlich-Oliva Contrabaixo
Sophie Perrier Flauta
Denise Luxton Flauta
Pedro Ribeiro Oboé
Alice Sparks Oboé
Vera Dias Fagote
Jonathan Luxton Trompa
Stephen Mason Trompete
Johann Sebastian Bach
Missa em Si menor, BWV 232
Kyrie
Gloria
Credo
Sanctus
Agnus Dei
Michel Corboz regressa ao Grande Auditório para dirigir o seu habitual - e sempre muito esperado - concerto natalício. Do programa consta a monumental Missa em Si menor, de Johann Sebastian Bach, unanimemente considerada uma das maiores criações do património musical de Ocidente.
Escrita para a glória de Deus, como Bach fez questão de assinalar na maior parte das suas partituras, a Missa em si menor é um compêndio da invenção do grande compositor alemão e do seu domínio de todas as técnicas de composição disponíveis na época. Podemos imaginar esta obra como numa magnífica catedral construída ao longo do tempo, já que os números que a compõem foram escritos por Bach em sucessivas fases entre 1714 e 1749. No entanto, tal como a catedral do nosso exemplo, a obra produz um efeito único, ao qual não é alheio o facto de ter sido concebida obedecendo ao propósito de adoração que orienta o mistério da missa.
Para além da participação da Orquestra Gulbenkian e do Coro da Fundação, do qual Michel Corboz é maestro titular, a obra será interpretada em Lisboa por excelente um quinteto de cantores solistas. As aplaudidas sopranos Yumiko Tanimura e Katalin Halmai estão igualmente de regresso ao Grande Auditório, juntamente com o contratenor Patrick van Goethem, o tenor Jan Kobow e o baixo Stephan MacLeod.
Distinguidos com diversos prémios e reconhecidos pela crítica, estes cinco cantores têm em comum a versatilidade das suas respectivas carreiras, nas quais, no entanto, Bach ocupa um lugar de eleição.
FCG
Magnífico.
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Michel Corboz Maestro
Yumiko Tanimura Soprano
Katalin Halmai Meio-Soprano
Patrick Van Goethem Contratenor
Fredrik Akselberg Tenor
Stephan MacLeod Baixo
Marcelo Giannini Órgão
David Lefèvre Violino
Alejandro Erlich-Oliva Contrabaixo
Sophie Perrier Flauta
Denise Luxton Flauta
Pedro Ribeiro Oboé
Alice Sparks Oboé
Vera Dias Fagote
Jonathan Luxton Trompa
Stephen Mason Trompete
Johann Sebastian Bach
Missa em Si menor, BWV 232
Kyrie
Gloria
Credo
Sanctus
Agnus Dei
Michel Corboz regressa ao Grande Auditório para dirigir o seu habitual - e sempre muito esperado - concerto natalício. Do programa consta a monumental Missa em Si menor, de Johann Sebastian Bach, unanimemente considerada uma das maiores criações do património musical de Ocidente.
Escrita para a glória de Deus, como Bach fez questão de assinalar na maior parte das suas partituras, a Missa em si menor é um compêndio da invenção do grande compositor alemão e do seu domínio de todas as técnicas de composição disponíveis na época. Podemos imaginar esta obra como numa magnífica catedral construída ao longo do tempo, já que os números que a compõem foram escritos por Bach em sucessivas fases entre 1714 e 1749. No entanto, tal como a catedral do nosso exemplo, a obra produz um efeito único, ao qual não é alheio o facto de ter sido concebida obedecendo ao propósito de adoração que orienta o mistério da missa.
Para além da participação da Orquestra Gulbenkian e do Coro da Fundação, do qual Michel Corboz é maestro titular, a obra será interpretada em Lisboa por excelente um quinteto de cantores solistas. As aplaudidas sopranos Yumiko Tanimura e Katalin Halmai estão igualmente de regresso ao Grande Auditório, juntamente com o contratenor Patrick van Goethem, o tenor Jan Kobow e o baixo Stephan MacLeod.
Distinguidos com diversos prémios e reconhecidos pela crítica, estes cinco cantores têm em comum a versatilidade das suas respectivas carreiras, nas quais, no entanto, Bach ocupa um lugar de eleição.
FCG
Magnífico.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Bach: Oratória de Natal
Letizia Scherrer – soprano
Franziska Gottwald – contralto
Maximilian Schmitt – tenor
Roderick Williams – baixo
Akademie für Alte Musik Berlin
Rias Kammerchor
Hans-Christoph Rademann - direcção
Oratória de Natal é o título atribuído ao ciclo de seis cantatas que o compositor alemão apresentou, sucessivamente, entre o Natal de 1734 e as primeiras semanas de 1735, em Leipzig. Estas seis cantatas foram depois unificadas em função de um princípio comum: a celebração do nascimento de Cristo.
Bach 101
Superlativo. (termo de alguns críticos portugueses)
Gottwald genial. Rademann com excelente leitura da obra.
Só as 4 primeiras cantatas... não indicado no programa, sempre fraco no CCB.
Franziska Gottwald – contralto
Maximilian Schmitt – tenor
Roderick Williams – baixo
Akademie für Alte Musik Berlin
Rias Kammerchor
Hans-Christoph Rademann - direcção
Oratória de Natal é o título atribuído ao ciclo de seis cantatas que o compositor alemão apresentou, sucessivamente, entre o Natal de 1734 e as primeiras semanas de 1735, em Leipzig. Estas seis cantatas foram depois unificadas em função de um princípio comum: a celebração do nascimento de Cristo.
Bach 101
Superlativo. (termo de alguns críticos portugueses)
Gottwald genial. Rademann com excelente leitura da obra.
Só as 4 primeiras cantatas... não indicado no programa, sempre fraco no CCB.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Visões Marítimas: Orq. Gulbenkian + Angelika Kirchschlager
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster (maestro)
Angelika Kirchschlager (meio-soprano)
Benjamin Britten
Four Sea Interludes, da ópera Peter Grimes, op.33a
René Koering
Grand Adagio
(1ª Audição em Portugal)
Edward Elgar
Sea Pictures, op.37
Claude Debussy
La mer
Os concertos da Orquestra Gulbenkian anunciados para os próximos dias 13 e 14 de Dezembro serão dedicados ao mar. Uma proposta que, em abstracto, nos permitiria ouvir alguma da melhor música escrita nos últimos séculos, porque o Mar desde sempre arrebatou a paixão dos maiores artistas nos mais variados campos - Letras, Artes Plásticas, Música. Quase todo o programa será, no entanto, preenchido com música escrita em apenas meio século, grosso modo na primeira metade do século XX. A obra de Edward Elgar surge em 1899, a de Debussy, logo a seguir, em 1905, e a ópera de Britten Peter Grimes, de onde foram retirados os Quatro Interlúdios Marítimos, surge em 1945.
Sea Pictures, de Elgar, é um ciclo de cinco canções que musicam poemas de escritores diversos (Roden Noel, Caroline Alice Elgar - a esposa do compositor – Elizabeth Barrett Browning, Richard Garnett e Adam Lindsay Gordon). Este ciclo foi estreado por Clara Butt, um lendário contralto inglês, e desde a sua estreia tem apaixonado algumas das maiores cantoras do mundo, com especial incidência, obviamente, para as que provêm do mundo anglo-saxónico - Janet Baker, por exemplo, gravou-a mais de uma vez.
Na Fundação este ciclo terá como intérprete o meio-soprano Angelika Kirchschlager, e nisto reside uma das principais causas do interesse que este concerto tem vindo a despertar. Angelika Kirchschlager, nascida em Salzburgo, tem sido nos últimos anos uma das vozes mais salientes a nível planetário, quer no mundo da ópera, quer no do concerto e recital. Devido à sua cor vocal (não é um meio-soprano dramático, o que a tem afastado dos grandes papeis verdianos, wagnerianos e quejandos) tem-se tornado numa das mais apetecidas intérpretes de Mozart e de Richard Strauss. Uma importante base para a sua carreira em ópera têm sido, efectivamente, os magníficos papeis travesti escritos por estes dois compositores (Cherubino, Sesto de La Clemenza di Tito, Idamante, Oktavian), mas para além disso tem interpretado com enorme sucesso outros personagens masculinos: Nicklausse, Príncipe Orlovsky, Sesto de Giulio Cesare. A sua carreira não se limita a estes tipos de papeis, obviamente, e aí estão as Dorabella, Sophie (de Maw), Mélisande, Zerlina e outras para no-lo provarem. Como recitalista o seu repertório é imenso, de Bach a Kurt Weill, incluindo obras de Schubert, Mendelssohn, Rossini, Berlioz, Schumann, Brahms, Dvorak, Wolf, Mahler, Debussy, Ravel e Korngold. Angelika Kirchschlager tem-se apresentado nos maiores teatros de ópera e nos maiores auditórios musicais de todo o mundo e a sua discografia – alguma dela sob a direcção de Abbado e de Jacobs - inclui obras de Mendelssohn, Schumann, Brahms, Dvorak, Bach, Mahler, Korngold e Mozart. Angelika Kirchschlager foi durante alguns anos aluna de Walter Berry, um dos maiores baixos-barítonos do século XX.
Estes concertos vão dar-nos ainda oportunidade de ouvir em primeira audição no nosso país uma obra do compositor René Koering: Grand Adagio – uma obra escrita em 1999 por encomenda da Società di Concerti de Milão. Foi estreada no Conservatório Giuseppe Verdi da mesma cidade em 13 de Outubro de 1999 pela Orchestre Nationale de Montpellier Languedoc-Roussillon, sob a direcção de Enrique Diemecke.
FCG
Bom concerto. Simpático. Kirchschlager quase genial.
Sensualidade, presença em palco e beleza vocal... AR-E
Lawrence Foster (maestro)
Angelika Kirchschlager (meio-soprano)
Benjamin Britten
Four Sea Interludes, da ópera Peter Grimes, op.33a
René Koering
Grand Adagio
(1ª Audição em Portugal)
Edward Elgar
Sea Pictures, op.37
Claude Debussy
La mer
Os concertos da Orquestra Gulbenkian anunciados para os próximos dias 13 e 14 de Dezembro serão dedicados ao mar. Uma proposta que, em abstracto, nos permitiria ouvir alguma da melhor música escrita nos últimos séculos, porque o Mar desde sempre arrebatou a paixão dos maiores artistas nos mais variados campos - Letras, Artes Plásticas, Música. Quase todo o programa será, no entanto, preenchido com música escrita em apenas meio século, grosso modo na primeira metade do século XX. A obra de Edward Elgar surge em 1899, a de Debussy, logo a seguir, em 1905, e a ópera de Britten Peter Grimes, de onde foram retirados os Quatro Interlúdios Marítimos, surge em 1945.
Sea Pictures, de Elgar, é um ciclo de cinco canções que musicam poemas de escritores diversos (Roden Noel, Caroline Alice Elgar - a esposa do compositor – Elizabeth Barrett Browning, Richard Garnett e Adam Lindsay Gordon). Este ciclo foi estreado por Clara Butt, um lendário contralto inglês, e desde a sua estreia tem apaixonado algumas das maiores cantoras do mundo, com especial incidência, obviamente, para as que provêm do mundo anglo-saxónico - Janet Baker, por exemplo, gravou-a mais de uma vez.
Na Fundação este ciclo terá como intérprete o meio-soprano Angelika Kirchschlager, e nisto reside uma das principais causas do interesse que este concerto tem vindo a despertar. Angelika Kirchschlager, nascida em Salzburgo, tem sido nos últimos anos uma das vozes mais salientes a nível planetário, quer no mundo da ópera, quer no do concerto e recital. Devido à sua cor vocal (não é um meio-soprano dramático, o que a tem afastado dos grandes papeis verdianos, wagnerianos e quejandos) tem-se tornado numa das mais apetecidas intérpretes de Mozart e de Richard Strauss. Uma importante base para a sua carreira em ópera têm sido, efectivamente, os magníficos papeis travesti escritos por estes dois compositores (Cherubino, Sesto de La Clemenza di Tito, Idamante, Oktavian), mas para além disso tem interpretado com enorme sucesso outros personagens masculinos: Nicklausse, Príncipe Orlovsky, Sesto de Giulio Cesare. A sua carreira não se limita a estes tipos de papeis, obviamente, e aí estão as Dorabella, Sophie (de Maw), Mélisande, Zerlina e outras para no-lo provarem. Como recitalista o seu repertório é imenso, de Bach a Kurt Weill, incluindo obras de Schubert, Mendelssohn, Rossini, Berlioz, Schumann, Brahms, Dvorak, Wolf, Mahler, Debussy, Ravel e Korngold. Angelika Kirchschlager tem-se apresentado nos maiores teatros de ópera e nos maiores auditórios musicais de todo o mundo e a sua discografia – alguma dela sob a direcção de Abbado e de Jacobs - inclui obras de Mendelssohn, Schumann, Brahms, Dvorak, Bach, Mahler, Korngold e Mozart. Angelika Kirchschlager foi durante alguns anos aluna de Walter Berry, um dos maiores baixos-barítonos do século XX.
Estes concertos vão dar-nos ainda oportunidade de ouvir em primeira audição no nosso país uma obra do compositor René Koering: Grand Adagio – uma obra escrita em 1999 por encomenda da Società di Concerti de Milão. Foi estreada no Conservatório Giuseppe Verdi da mesma cidade em 13 de Outubro de 1999 pela Orchestre Nationale de Montpellier Languedoc-Roussillon, sob a direcção de Enrique Diemecke.
FCG
Bom concerto. Simpático. Kirchschlager quase genial.
Sensualidade, presença em palco e beleza vocal... AR-E
domingo, 9 de dezembro de 2007
Rigoletto, Giuseppe Verdi
São Carlos, 10 a 21 de Dezembro de 2007
Direcção musical Alexander Polianitchko
Encenação Emilio Sagi
Coreografia Nuria Castejón
Cenografia Ricardo Sánchez Cuerda
Figurinos Miguel Crespi
Desenho de luz Eduardo Bravo
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Co-produção
Teatro Nacional de São Carlos / ABAO, Bilbau
Intérpretes
Rigoletto
Alexandru Agache / Leo An
Duque de Mântua
Saimir Pirgu / Richard Bauer
Gilda
Chelsey Schill / Carla Caramujo
Sparafucile
Vadim Lynkovskiy
Maddalena
Malgorzata Walewska
Borsa
Mário João Alves
Marullo
Michael Vier
Giovanna
Susana Teixeira
Monterone
Luís Rodrigues
Ceprano
Diogo Oliveira
Condessa de Ceprano
Isabel Biu
Pajem
Madalena Boléo
Oficial da Corte
Frederico Santiago
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Ópera em três actos e quatro quadros
Libreto: Francesco Maria Piave segundo Le roi s'amuse de Victor Hugo
Estreia absoluta: Veneza, Teatro La Fenice, 11 de Março de 1851
Quando a censura interdita o libreto que Francesco Maria Piave baseara em Le Roi s'amuse de Victor Hugo, considerando-o imoral, de uma 'trivialidade obscena', e lamentando 'que o poeta Piave e o célebre maestro Verdi não tenham encontrado nada melhor para expressar o seu talento', o compositor sente-se enraivecido e consternado. O libretista dedica-se rapidamente à revisão do texto - mas a nova versão não agrada a Verdi, que a considera distanciada de toda a lógica e fulgor originais. É necessário estabelecer-se um compromisso: alteram-se o local, os nomes das personagens, suprimem-se algumas cenas, mantendo-se todos os eixos dramáticos que Verdi considerava essenciais. O libreto será finalmente aceite e a obra concluída sob o nome do seu protagonista buffo, o corcunda Rigoletto.
Na estreia, a 11 de Março de 1851, enquanto o público rejubila, a crítica sente-se dividida perante uma obra de tal intensidade dramática. Como se poderia, enfim, reagir, a uma proposta que indiciava uma tão intensa ruptura com a estética rossiniana conferindo, nomeadamente, tão escassos momentos solísticos às suas personagens principais? A densidade teatral, o recorte emocional das personagens e das suas sinergias, a escrita orquestral, tudo concorre para uma circunstância inovadora, uma nova fase na carreira de Verdi e na ópera oitocentista.
Durante uma festa no palácio ducal de Mântua, os comentários sarcásticos de Rigoletto, em relação a um dos convidados, o conde de Monterone, fazem com que este amaldiçoe o pobre corcunda. É sob esta tensão que toda a acção se desenrola: a bela filha de Rigoletto, Gilda, virtuosa e heróica, será seduzida e posteriormente raptada pelo Duque, sem que este abdique de perseverar nas suas conquistas amorosas. Rigoletto, ansiando por vingança, contrata um assassino para matar o fidalgo - porém... no meio de várias peripécias, é Gilda que acaba por ser morta, concretizando-se a conjecturada maldição.
PGR / TNSC
sinopse
_______
Razoável/bom, como São Carlos é, há muito tempo, ao contrário do que se diz por aí.
Direcção musical Alexander Polianitchko
Encenação Emilio Sagi
Coreografia Nuria Castejón
Cenografia Ricardo Sánchez Cuerda
Figurinos Miguel Crespi
Desenho de luz Eduardo Bravo
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Co-produção
Teatro Nacional de São Carlos / ABAO, Bilbau
Intérpretes
Rigoletto
Alexandru Agache / Leo An
Duque de Mântua
Saimir Pirgu / Richard Bauer
Gilda
Chelsey Schill / Carla Caramujo
Sparafucile
Vadim Lynkovskiy
Maddalena
Malgorzata Walewska
Borsa
Mário João Alves
Marullo
Michael Vier
Giovanna
Susana Teixeira
Monterone
Luís Rodrigues
Ceprano
Diogo Oliveira
Condessa de Ceprano
Isabel Biu
Pajem
Madalena Boléo
Oficial da Corte
Frederico Santiago
_______
Ópera em três actos e quatro quadros
Libreto: Francesco Maria Piave segundo Le roi s'amuse de Victor Hugo
Estreia absoluta: Veneza, Teatro La Fenice, 11 de Março de 1851
Quando a censura interdita o libreto que Francesco Maria Piave baseara em Le Roi s'amuse de Victor Hugo, considerando-o imoral, de uma 'trivialidade obscena', e lamentando 'que o poeta Piave e o célebre maestro Verdi não tenham encontrado nada melhor para expressar o seu talento', o compositor sente-se enraivecido e consternado. O libretista dedica-se rapidamente à revisão do texto - mas a nova versão não agrada a Verdi, que a considera distanciada de toda a lógica e fulgor originais. É necessário estabelecer-se um compromisso: alteram-se o local, os nomes das personagens, suprimem-se algumas cenas, mantendo-se todos os eixos dramáticos que Verdi considerava essenciais. O libreto será finalmente aceite e a obra concluída sob o nome do seu protagonista buffo, o corcunda Rigoletto.
Na estreia, a 11 de Março de 1851, enquanto o público rejubila, a crítica sente-se dividida perante uma obra de tal intensidade dramática. Como se poderia, enfim, reagir, a uma proposta que indiciava uma tão intensa ruptura com a estética rossiniana conferindo, nomeadamente, tão escassos momentos solísticos às suas personagens principais? A densidade teatral, o recorte emocional das personagens e das suas sinergias, a escrita orquestral, tudo concorre para uma circunstância inovadora, uma nova fase na carreira de Verdi e na ópera oitocentista.
Durante uma festa no palácio ducal de Mântua, os comentários sarcásticos de Rigoletto, em relação a um dos convidados, o conde de Monterone, fazem com que este amaldiçoe o pobre corcunda. É sob esta tensão que toda a acção se desenrola: a bela filha de Rigoletto, Gilda, virtuosa e heróica, será seduzida e posteriormente raptada pelo Duque, sem que este abdique de perseverar nas suas conquistas amorosas. Rigoletto, ansiando por vingança, contrata um assassino para matar o fidalgo - porém... no meio de várias peripécias, é Gilda que acaba por ser morta, concretizando-se a conjecturada maldição.
PGR / TNSC
sinopse
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Razoável/bom, como São Carlos é, há muito tempo, ao contrário do que se diz por aí.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Academia Scholl: Handel
Accademia Bizantina
Ottavio Dantone (direcção)
Andreas Scholl (contratenor)
Gulbenkian, 8 de Dezembro de 2007
«Andreas Scholl and Friends»
Georg Friedrich Händel
Vedendo Amor, Cantata para Contralto e baixo contínuo, HWV 175
Sonata em Trio, em Si menor, op.2 nº 1
Nel doce tempo, Cantata para Contralto e baixo contínuo, HWV 135b
Dolce pur d’amor l’affanno, Cantata para Contralto e baixo contínuo, HWV 109
Sonata em Trio, em Fá Maior, op.2 nº 5
Mi palpita il cor, Cantata para Contralto, flauta e baixo contínuo, HWV 132c
A apresentação no Grande Auditório Gulbenkian do contratenor Andreas Scholl, estrela máxima no panorama canoro internacional dos nossos dias, é certamente um dos momentos mais esperados da Temporada. E apesar de já ter pisado este palco várias vezes, Scholl nunca aqui interpretou o repertório que agora nos propõe. A sua intervenção centra-se na produção vocal handeliana escrita entre 1706 e 1710 em Itália.
Na sua juventude, o compositor deteve-se neste país, percorrendo alguns dos seus mais importantes centros musicais (Roma, Florença, Nápoles) ao serviço de poderosos e mecenáticos nobres. Durante esta permanência, Händel pôde não só conhecer as obras dos mais importantes compositores italianos do seu tempo (chegou a relacionar-se com alguns deles), como também assistir aos prodígios técnicos dos mais afamados intérpretes vocais e instrumentais do país. Só depois desta permanência em Itália é que Händel partiria para Inglaterra seguindo o seu patrono, o Duque de Hannover, quando este se tornou rei de Inglaterra, como Jorge I.
Durante o período italiano, Händel escreveu uma série de cantatas, que reflectem todo esse brilhante panorama musical italiano dos inícios do século XVIII - no concerto de dia 8, poderão ouvir-se algumas delas. Para se apreender com toda a justiça a maravilhosa exuberância destas obras é necessário um intérprete vocalmente incandescente, como o é Andreas Scholl.
O cantor vem acompanhado dos seus «companheiros» musicais, os elementos da Accademia Bizantina, que aqui se apresentam sob a direcção de Ottavio Dantone. Apesar de Scholl ter gravado regularmente com alguns dos mais importantes conjuntos instrumentais do mundo, tem mantido com a Accademia Bizantina uma relação artística muito fértil, que se tem traduzido em várias gravações e apresentações. Os trabalhos Arcadia (com obras de Gasparini, Marcello, Pasquini, Corelli) e Arias for Senesino (com obras de Händel, Lotti, Albinoni, Scarlatti e Porpora), obtiveram o maior êxito junto do público e da crítica. O mesmo está a acontecer com o novo trabalho Il duello Amoroso, em que, para além da Accademia Bizantina, também há a referir a colaboração do soprano Hélène Guilmette.
O concerto do Grande Auditório é baseado na recolha efectuada para este último trabalho discográfico, realizado em 2007, propondo-nos, para além das cantatas, a audição de duas Sonatas em Trio, também de Händel, obras que patenteiam o cultivo das formas instrumentais italianas por parte do compositor.
FCG
Tudo muito bom: Andreas, Ottavio, Accademia, e também Handel.
Ottavio Dantone (direcção)
Andreas Scholl (contratenor)
Gulbenkian, 8 de Dezembro de 2007
«Andreas Scholl and Friends»
Georg Friedrich Händel
Vedendo Amor, Cantata para Contralto e baixo contínuo, HWV 175
Sonata em Trio, em Si menor, op.2 nº 1
Nel doce tempo, Cantata para Contralto e baixo contínuo, HWV 135b
Dolce pur d’amor l’affanno, Cantata para Contralto e baixo contínuo, HWV 109
Sonata em Trio, em Fá Maior, op.2 nº 5
Mi palpita il cor, Cantata para Contralto, flauta e baixo contínuo, HWV 132c
A apresentação no Grande Auditório Gulbenkian do contratenor Andreas Scholl, estrela máxima no panorama canoro internacional dos nossos dias, é certamente um dos momentos mais esperados da Temporada. E apesar de já ter pisado este palco várias vezes, Scholl nunca aqui interpretou o repertório que agora nos propõe. A sua intervenção centra-se na produção vocal handeliana escrita entre 1706 e 1710 em Itália.
Na sua juventude, o compositor deteve-se neste país, percorrendo alguns dos seus mais importantes centros musicais (Roma, Florença, Nápoles) ao serviço de poderosos e mecenáticos nobres. Durante esta permanência, Händel pôde não só conhecer as obras dos mais importantes compositores italianos do seu tempo (chegou a relacionar-se com alguns deles), como também assistir aos prodígios técnicos dos mais afamados intérpretes vocais e instrumentais do país. Só depois desta permanência em Itália é que Händel partiria para Inglaterra seguindo o seu patrono, o Duque de Hannover, quando este se tornou rei de Inglaterra, como Jorge I.
Durante o período italiano, Händel escreveu uma série de cantatas, que reflectem todo esse brilhante panorama musical italiano dos inícios do século XVIII - no concerto de dia 8, poderão ouvir-se algumas delas. Para se apreender com toda a justiça a maravilhosa exuberância destas obras é necessário um intérprete vocalmente incandescente, como o é Andreas Scholl.
O cantor vem acompanhado dos seus «companheiros» musicais, os elementos da Accademia Bizantina, que aqui se apresentam sob a direcção de Ottavio Dantone. Apesar de Scholl ter gravado regularmente com alguns dos mais importantes conjuntos instrumentais do mundo, tem mantido com a Accademia Bizantina uma relação artística muito fértil, que se tem traduzido em várias gravações e apresentações. Os trabalhos Arcadia (com obras de Gasparini, Marcello, Pasquini, Corelli) e Arias for Senesino (com obras de Händel, Lotti, Albinoni, Scarlatti e Porpora), obtiveram o maior êxito junto do público e da crítica. O mesmo está a acontecer com o novo trabalho Il duello Amoroso, em que, para além da Accademia Bizantina, também há a referir a colaboração do soprano Hélène Guilmette.
O concerto do Grande Auditório é baseado na recolha efectuada para este último trabalho discográfico, realizado em 2007, propondo-nos, para além das cantatas, a audição de duas Sonatas em Trio, também de Händel, obras que patenteiam o cultivo das formas instrumentais italianas por parte do compositor.
FCG
Tudo muito bom: Andreas, Ottavio, Accademia, e também Handel.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Strauss feminino: Der Rosenkavalier
Orquestra Gulbenkian
Bertrand de Billy (maestro)
sopranos:
Heidi Brunner (Oktavian)
Regina Schorg (Marechala)
Birgid Steinberger (Sophie)
Richard Strauss
Der Rosenkavalier (O Cavaleiro da Rosa), op.59
excertos instrumentais e vocais
Gulbenkian, 7 e 9 de Dezembro de 2007
A riqueza musical de Der Rosenkavalier de Richard Strauss transbordou a sua natureza teatral – a partir do material desta ópera, de facto, o próprio compositor deixou-nos duas conhecidas suites instrumentais. Nos próximos dias 7 e 9 de Dezembro, propõe-se uma selecção de alguns dos mais inebriantes excertos instrumentais desta obra (recordemos que esta ópera é uma suprema e anacrónica homenagem à valsa vienense) com as principais intervenções femininas da mesma. Isto quer dizer que ouviremos os momentos fulcrais desta ópera escrita para vozes femininas: o Monólogo da Marechala, a «Apresentação da rosa» e o Terceto final, entre outros excertos. Richard Strauss, como se sabe, era um apaixonado pela voz feminina – nos finais do século XIX e nos inícios do XX só mesmo Puccini escreveu com tal veemência para a voz de soprano.
Como timoneiro desta aventura musical estará o maestro francês Bertrand de Billy, imerso desde há muito no terreno lírico. Foi em Paris que ele estudou direcção de orquestra, tendo obtido nesta cidade os primeiros postos importantes. Em 1993, começou a trabalhar na Alemanha e a consagrar-se como maestro do grande repertório lírico. A partir de 1995, era já regularmente convidado pelos mais importantes teatros do mundo, tais como Covent Garden, Bastille, La Monnaie, Genebra e Met de Nova-Iorque, entre outros. Bertrand de Billy foi durante alguns anos director musical do Liceo de Barcelona, cargo que exerceu em simultâneo com Director Musical da Orquestra Sinfónica da Rádio Austríaca. A sua carreira tem-lhe permitido colaborar regularmente com alguns dos maiores nomes do canto lírico mundial. Tem várias óperas editadas em DVD, entre as quais uma versão completa da Tetralogia wagneriana.
Neste concerto poderemos ouvir três cantoras que têm regularmente colaborado com Bertrand de Billy: Heidi Brunner (Oktavian), de naturalidade suíça, foi durante alguns anos membro da Volksoper de Viena e é uma intérprete habitual do repertório de meio-soprano nos principais palcos do mundo. Gravou com Bertrand de Billy as três óperas de Mozart com libreto de Da Ponte (Così fan tutte, Le nozze di Fígaro, Don Giovanni). Com o mesmo maestro lançou ainda um CD com obras de Mozart, Wagner, Haydn e Respighi.
Tal como Brunner, Birgid Steinberger (Sophie) é membro da Volksoper de Viena, pertencendo igualmente à Staatsoper daquela cidade, sendo também convidada frequentemente a actuar nas óperas de Berlim e Munique. Para além da sua intervenção neste domínio, tem-se apresentado como solista de concerto nos mais importantes centros musicais, como Paris, Viena, São Petersburgo, Colónia e Nova Iorque, entre outros.
Quanto à vienense Regina Schoerg (Marechala) tem-se apresentado não só como cantora mozarteana por excelência (e todas as grandes straussianas devem ser supostamente grandes mozarteanas) mas também como intérprete da ópera italiana do século XIX.
FCG
Muito bom: direcção, orquestra e sopranos todas, e em particular Heidi pelo génio e Regina pela exuberância...
A mais sublime poesia em língua alemã em ópera!...
Bertrand de Billy (maestro)
sopranos:
Heidi Brunner (Oktavian)
Regina Schorg (Marechala)
Birgid Steinberger (Sophie)
Richard Strauss
Der Rosenkavalier (O Cavaleiro da Rosa), op.59
excertos instrumentais e vocais
Gulbenkian, 7 e 9 de Dezembro de 2007
A riqueza musical de Der Rosenkavalier de Richard Strauss transbordou a sua natureza teatral – a partir do material desta ópera, de facto, o próprio compositor deixou-nos duas conhecidas suites instrumentais. Nos próximos dias 7 e 9 de Dezembro, propõe-se uma selecção de alguns dos mais inebriantes excertos instrumentais desta obra (recordemos que esta ópera é uma suprema e anacrónica homenagem à valsa vienense) com as principais intervenções femininas da mesma. Isto quer dizer que ouviremos os momentos fulcrais desta ópera escrita para vozes femininas: o Monólogo da Marechala, a «Apresentação da rosa» e o Terceto final, entre outros excertos. Richard Strauss, como se sabe, era um apaixonado pela voz feminina – nos finais do século XIX e nos inícios do XX só mesmo Puccini escreveu com tal veemência para a voz de soprano.
Como timoneiro desta aventura musical estará o maestro francês Bertrand de Billy, imerso desde há muito no terreno lírico. Foi em Paris que ele estudou direcção de orquestra, tendo obtido nesta cidade os primeiros postos importantes. Em 1993, começou a trabalhar na Alemanha e a consagrar-se como maestro do grande repertório lírico. A partir de 1995, era já regularmente convidado pelos mais importantes teatros do mundo, tais como Covent Garden, Bastille, La Monnaie, Genebra e Met de Nova-Iorque, entre outros. Bertrand de Billy foi durante alguns anos director musical do Liceo de Barcelona, cargo que exerceu em simultâneo com Director Musical da Orquestra Sinfónica da Rádio Austríaca. A sua carreira tem-lhe permitido colaborar regularmente com alguns dos maiores nomes do canto lírico mundial. Tem várias óperas editadas em DVD, entre as quais uma versão completa da Tetralogia wagneriana.
Neste concerto poderemos ouvir três cantoras que têm regularmente colaborado com Bertrand de Billy: Heidi Brunner (Oktavian), de naturalidade suíça, foi durante alguns anos membro da Volksoper de Viena e é uma intérprete habitual do repertório de meio-soprano nos principais palcos do mundo. Gravou com Bertrand de Billy as três óperas de Mozart com libreto de Da Ponte (Così fan tutte, Le nozze di Fígaro, Don Giovanni). Com o mesmo maestro lançou ainda um CD com obras de Mozart, Wagner, Haydn e Respighi.
Tal como Brunner, Birgid Steinberger (Sophie) é membro da Volksoper de Viena, pertencendo igualmente à Staatsoper daquela cidade, sendo também convidada frequentemente a actuar nas óperas de Berlim e Munique. Para além da sua intervenção neste domínio, tem-se apresentado como solista de concerto nos mais importantes centros musicais, como Paris, Viena, São Petersburgo, Colónia e Nova Iorque, entre outros.
Quanto à vienense Regina Schoerg (Marechala) tem-se apresentado não só como cantora mozarteana por excelência (e todas as grandes straussianas devem ser supostamente grandes mozarteanas) mas também como intérprete da ópera italiana do século XIX.
FCG
Muito bom: direcção, orquestra e sopranos todas, e em particular Heidi pelo génio e Regina pela exuberância...
A mais sublime poesia em língua alemã em ópera!...
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