Klangforum Wien
Olga Neuwirth: spazio elastico
Georg Friedrich Haas: REMIX
Bernhard Lang: Die Sterne des Hungers
Sabine Lutzenberger, soprano
conductor: Sylvain Cambreling
_______
Olga Neuwirth, Georg Friedrich Haas e Bernhard Lang são três faces da música austríaca mais recente. Têm a cidade de Graz como denominador comum dos seus percursos artísticos, mas os seus interesses e estilos são diferentes e reflectem a vitalidade do cenário musical contemporâneo do seu país de origem.
Georg Friedrich Haas dedica-se actualmente de forma exclusiva à composição e é solicitado pelos mais importantes agrupamentos e festivais europeus. Passou pelo IRCAM e por Darmstadt, ao contrário de Berhanrd Lang, cuja experiência formativa foi mais variada, passando pelo jazz e pela filosofia. Olga Neuwirth nasceu em 1968. Estudou em Graz e em San Francisco, e encontra em Tristan Murail e Luigi Nono as suas grandes influências. Tem tido uma notável projecção internacional desde que, em 1998, lhe foram dedicados dois concertos monográficos no Festival de Salzburgo, na série «Nova Geração».
De Haas será escutada a peça intitulada REMIX, dedicada ao agrupamento homónimo portuense. De Lang ouviremos Die Sterne des Hungers, sobre textos de Christine Lavant, obra que contará com a colaboração do soprano Sabine Lutzenberger. Para além destas, apresenta-se ainda Spazio Elastico, de 2005, uma obra relativamente breve e que ilustra bem a frescura e a imaginação sonora de Olga Neuwirth.
O Klangforum Wien, cabeça de cartaz do concerto, é um nome de referência obrigatória no domínio da música contemporânea, apresentando-se em Lisboa sob a batuta de Sylvain Cambreling. O compositor Pedro Amaral terá a seu cargo a apresentação do programa, numa sessão introdutória a este repertório que terá lugar no Auditório 3, uma hora antes do concerto.
FCG
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Muito bom. Aconselho também a ler o texto de Pedro Amaral no programa, o qual se consegue ler acima de algum esoterismo intelectual, para conhecer a música austríaca... Haydn, Schonberg, ... Séc. XXI.
Música, dança, teatro, cinema, literatura, exposições, conversas, etc.
Páginas
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
Dezembro 2007
com início em Dezembro...
Klangforum Wien
Sylvain Cambreling (direcção)
Sabine Lutzenberger (soprano)
Olga Neuwirth
Georg Friedrich Haas
Bernhard Lang
Gulbenkian, dia 1
Nippon Koma
Mostra de Cinema Japonês
Culturgest, dias 3 a 8
Orquestra Gulbenkian
Bertrand de Billy (maestro)
Heidi Brunner (soprano), Regina Schörg (soprano), Miah Persson (soprano)
Richard Strauss: Der Rosenkavalier
Gulbenkian, dias 7 e 9
Andreas Scholl (contratenor)
Accademia Bizantina
Ottavio Dantone (direcção)
«Andreas Scholl and Friends»
Georg Friedrich Händel
Gulbenkian, dia 8
Museus do Século XXI
Conceitos, projectos, edifícios
Culturgest, dias 8 de Dezembro a 3 de Fevereiro
Rigoletto
Giuseppe Verdi
Direcção musical Aleksandr Polianichko
Encenação Emilio Sagi
Cenografia Ricardo Sánchez Cuerda
Figurinos Miguel Crespi
Desenho de luz Eduardo Bravo
Intérpretes: Lado Ataneli, Saimir Pirgu, Chelsey Schill, Ernesto Morillo, Malgorzata Walewska, Mário João Alves, Michael Vier
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Co-produção: Teatro Nacional de São Carlos/ABAO, Bilbau
São Carlos, dias 10 a 21
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster (maestro)
Angelika Kirchschlager (meio-soprano)
Benjamin Britten: Peter Grimes
René Koering: Grand Adagio
Edward Elgar: Sea Pictures
Claude Debussy: La mer
Gulbenkian, dias 13 e 14
W
Uma ópera de José Júlio Lopes
"Paisagens do Teatro Contemporâneo"
Música e Libreto José Júlio Lopes
Dramaturgia Paula Gomes Ribeiro
Apoio dramatúrgico Filomena Molder
Electrónica Carlos Caires
Vídeo Rosa Coutinho Cabral, José Júlio Lopes e Carlos Caires
Figurinos Rita Lopes Alves
OrchestrUtopica
Direcção musical Tapio Tuomela
Interpretação Soprano, tenor e barítono a anunciar
W é uma produção Coisa-Em-Si / Culturgest
Culturgest, dias 13 a 15
Akademie für Alte Musik Berlin
Rias Kammerchor
Hans-Christoph Rademann - direcção
Letizia Scherrer – soprano, Franziska Gottwald – contralto, Maximilian Schmitt – tenor, Roderick Williams – baixo
Johann Sebastian Bach: Oratória de Natal
CCB, dia 14
"Os Portugueses"
As composições originais para a série documental "Portugal, um retrato social", exibida pela RTP, ao vivo e em directo.
Rodrigo Leão e Cinema Ensemble
São Luiz, dias 19 a 29
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Michel Corboz (maestro)
Yukimo Tanimura (soprano), Katalin HalMai (meio-soprano), Patrick Van Goethem (contratenor), Jan Kobow (tenor), Stephan MacLeod (baixo)
Johann Sebastian Bach: Missa em Si menor, BWV 232
Gulbenkian, dias 20 a 22
Al Berto e Fernando Pessoa
Wordsong ao Vivo no CCB
O inovador projecto multimédia Wordsong, constituído pelos músicos Pedro d'Orey (Mler If Dada), Alexandre Cortez (Rádio Macau), Nuno Grácio, Filipe Valentim (Rádio Macau) e alguns artistas convidados, parte da poesia de autores portugueses para a transformar, desconstruir e reconstruir em experiências sonoras de formato melódico-electrónico. A esta linguagem musical inovadora, acresce o excelente trabalho em vídeo da artista plástica Rita Sá. Neste espectáculo, os Wordsong apresentam uma mistura dos seus dois trabalhos, dedicados à poesia de Al Berto (2002) e Fernando Pessoa (2006).
CCB, dia 21
O Rapaz de Bronze
De Nuno Côrte-Real
"Paisagens do Teatro Contemporâneo"
Tradução Pedro Marques
Com José Airosa, Sylvie Rocha e Sofia Correia
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Assistente de cenografia Daniel Fernandes
Apoio vocal Rui Baeta
Operador de som e luz João Cachulo
Encenação e luz Pedro Marques
Assistência de encenação Ricardo Carolo
Uma co-produção A&M / Artistas Unidos / Culturgest
Culturgest, dias 21 e 22
O Bosque, David Mamet
(The Woods)
Encenação: João Lopes
Interpretação: Ricardo Trêpa, Sofia Aparício
Tradução: Berta Neves
Cenógrafo: João Mendes Ribeiro
Luz: João Lourenço, Melim Teixeira
Teatro Aberto, dias 21 de Dezembro de 2007 a 10 de Fevereiro de 2008
Concerto de Natal
Orquestra de Câmara Portuguesa |Voces Caelestes
Alfred Schnittke: Noite Feliz (Stille Nacht) (para violino e Orquestra de cordas) (transcrição de Eckart Schloifer)
Johann Sebastian Bach: Magnificat em Mi bemol Maior, BWV 243a
Ludwig van Beethoven: Sinfonia n.º 5 em Dó menor, Opus 67
CCB, dia 23
_______
Novembro 2007
Klangforum Wien
Sylvain Cambreling (direcção)
Sabine Lutzenberger (soprano)
Olga Neuwirth
Georg Friedrich Haas
Bernhard Lang
Gulbenkian, dia 1
Nippon Koma
Mostra de Cinema Japonês
Culturgest, dias 3 a 8
Orquestra Gulbenkian
Bertrand de Billy (maestro)
Heidi Brunner (soprano), Regina Schörg (soprano), Miah Persson (soprano)
Richard Strauss: Der Rosenkavalier
Gulbenkian, dias 7 e 9
Andreas Scholl (contratenor)
Accademia Bizantina
Ottavio Dantone (direcção)
«Andreas Scholl and Friends»
Georg Friedrich Händel
Gulbenkian, dia 8
Museus do Século XXI
Conceitos, projectos, edifícios
Culturgest, dias 8 de Dezembro a 3 de Fevereiro
Rigoletto
Giuseppe Verdi
Direcção musical Aleksandr Polianichko
Encenação Emilio Sagi
Cenografia Ricardo Sánchez Cuerda
Figurinos Miguel Crespi
Desenho de luz Eduardo Bravo
Intérpretes: Lado Ataneli, Saimir Pirgu, Chelsey Schill, Ernesto Morillo, Malgorzata Walewska, Mário João Alves, Michael Vier
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Co-produção: Teatro Nacional de São Carlos/ABAO, Bilbau
São Carlos, dias 10 a 21
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster (maestro)
Angelika Kirchschlager (meio-soprano)
Benjamin Britten: Peter Grimes
René Koering: Grand Adagio
Edward Elgar: Sea Pictures
Claude Debussy: La mer
Gulbenkian, dias 13 e 14
W
Uma ópera de José Júlio Lopes
"Paisagens do Teatro Contemporâneo"
Música e Libreto José Júlio Lopes
Dramaturgia Paula Gomes Ribeiro
Apoio dramatúrgico Filomena Molder
Electrónica Carlos Caires
Vídeo Rosa Coutinho Cabral, José Júlio Lopes e Carlos Caires
Figurinos Rita Lopes Alves
OrchestrUtopica
Direcção musical Tapio Tuomela
Interpretação Soprano, tenor e barítono a anunciar
W é uma produção Coisa-Em-Si / Culturgest
Culturgest, dias 13 a 15
Akademie für Alte Musik Berlin
Rias Kammerchor
Hans-Christoph Rademann - direcção
Letizia Scherrer – soprano, Franziska Gottwald – contralto, Maximilian Schmitt – tenor, Roderick Williams – baixo
Johann Sebastian Bach: Oratória de Natal
CCB, dia 14
"Os Portugueses"
As composições originais para a série documental "Portugal, um retrato social", exibida pela RTP, ao vivo e em directo.
Rodrigo Leão e Cinema Ensemble
São Luiz, dias 19 a 29
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Michel Corboz (maestro)
Yukimo Tanimura (soprano), Katalin HalMai (meio-soprano), Patrick Van Goethem (contratenor), Jan Kobow (tenor), Stephan MacLeod (baixo)
Johann Sebastian Bach: Missa em Si menor, BWV 232
Gulbenkian, dias 20 a 22
Al Berto e Fernando Pessoa
Wordsong ao Vivo no CCB
O inovador projecto multimédia Wordsong, constituído pelos músicos Pedro d'Orey (Mler If Dada), Alexandre Cortez (Rádio Macau), Nuno Grácio, Filipe Valentim (Rádio Macau) e alguns artistas convidados, parte da poesia de autores portugueses para a transformar, desconstruir e reconstruir em experiências sonoras de formato melódico-electrónico. A esta linguagem musical inovadora, acresce o excelente trabalho em vídeo da artista plástica Rita Sá. Neste espectáculo, os Wordsong apresentam uma mistura dos seus dois trabalhos, dedicados à poesia de Al Berto (2002) e Fernando Pessoa (2006).
CCB, dia 21
O Rapaz de Bronze
De Nuno Côrte-Real
"Paisagens do Teatro Contemporâneo"
Tradução Pedro Marques
Com José Airosa, Sylvie Rocha e Sofia Correia
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Assistente de cenografia Daniel Fernandes
Apoio vocal Rui Baeta
Operador de som e luz João Cachulo
Encenação e luz Pedro Marques
Assistência de encenação Ricardo Carolo
Uma co-produção A&M / Artistas Unidos / Culturgest
Culturgest, dias 21 e 22
O Bosque, David Mamet
(The Woods)
Encenação: João Lopes
Interpretação: Ricardo Trêpa, Sofia Aparício
Tradução: Berta Neves
Cenógrafo: João Mendes Ribeiro
Luz: João Lourenço, Melim Teixeira
Teatro Aberto, dias 21 de Dezembro de 2007 a 10 de Fevereiro de 2008
Concerto de Natal
Orquestra de Câmara Portuguesa |Voces Caelestes
Alfred Schnittke: Noite Feliz (Stille Nacht) (para violino e Orquestra de cordas) (transcrição de Eckart Schloifer)
Johann Sebastian Bach: Magnificat em Mi bemol Maior, BWV 243a
Ludwig van Beethoven: Sinfonia n.º 5 em Dó menor, Opus 67
CCB, dia 23
_______
Novembro 2007
sábado, 24 de novembro de 2007
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Festival Pina Bausch
1 a 12 de Maio de 2008
Nefés (Canadá, Madrid)
Masurka Fogo ("Fala com ela", Pedro Almodovar, Teatro a Mil, Santiago)
Centro Cultural de Belém
e
Café Muller
Teatro São Luiz
... à venda a partir de 1 de Dezembro de 2007
e para esgotar rapidamente...
Pina Bausch – Tanztheater Wuppertal
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Em Algés ...
“O Veraneio da Família Anjos – Diário de Maria Leonor Anjos (1885 – 1887)” é o título do livro, da autoria de Alexandra Carvalho Antunes, cujo lançamento terá lugar no domingo, dia 25 de Novembro, às 16H00, no Palácio Anjos, em Algés, onde está actualmente instalado o CAMB – Centro de Arte Manuel de Brito (Alameda Hermano Patrone).
O Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB), em Algés, será palco de um concerto do duo ELA NÃO É FRANCESA ELE NÃO É ESPANHOL, na última sexta-feira mês, dia 30, às 22H00. Inês Jacques e Eduardo Raon, combinam neste espectáculo voz e harpa, num registo musical que nem sempre é fácil de catalogar. Apesar da origem do seu trabalho estar no jazz, desde cedo que adquiriu uma sonoridade demasiado particular e especifica para se lhe poder colocar esse rótulo.
CMO
O Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB), em Algés, será palco de um concerto do duo ELA NÃO É FRANCESA ELE NÃO É ESPANHOL, na última sexta-feira mês, dia 30, às 22H00. Inês Jacques e Eduardo Raon, combinam neste espectáculo voz e harpa, num registo musical que nem sempre é fácil de catalogar. Apesar da origem do seu trabalho estar no jazz, desde cedo que adquiriu uma sonoridade demasiado particular e especifica para se lhe poder colocar esse rótulo.
CMO
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Le Cirque du Soleil
Delirium
28 Novembro a 2 Dezembro de 2007
Esgotado...
Bom espectáculo multimédia com apontamentos de circo.
28 Novembro a 2 Dezembro de 2007
Esgotado...
Bom espectáculo multimédia com apontamentos de circo.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Orq. Gulbenkian, Lawrence Foster, Yuja Wang
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster (maestro)
Yuja Wang (piano)
(em substituição de Evgenny Kissin)
Piotr Ilitch Tchaikovsky
Suite para Orquestra Nº 4, op.61, Mozartiana
Sergei Prokofiev
Concerto para Piano Nº 3, em Dó Maior, op.26
Piotr Ilitch Tchaikovsky
Concerto para Piano Nº 1, em Si bemol menor, op.23
Repertório fácil de agradar às grandes audiências.
Yuja Wang bem, melhor Prokofiev e menos mal Tchaikovsky, expressiva como todos os pianistas chineses, mas alguma falta de maturidade natural no início de carreira. Apadrinhada por Lawrence Foster, recebeu grande aplauso.
Lawrence Foster (maestro)
Yuja Wang (piano)
(em substituição de Evgenny Kissin)
Piotr Ilitch Tchaikovsky
Suite para Orquestra Nº 4, op.61, Mozartiana
Sergei Prokofiev
Concerto para Piano Nº 3, em Dó Maior, op.26
Piotr Ilitch Tchaikovsky
Concerto para Piano Nº 1, em Si bemol menor, op.23
Repertório fácil de agradar às grandes audiências.
Yuja Wang bem, melhor Prokofiev e menos mal Tchaikovsky, expressiva como todos os pianistas chineses, mas alguma falta de maturidade natural no início de carreira. Apadrinhada por Lawrence Foster, recebeu grande aplauso.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Herbie Hancock com palavras
River: The Joni Letters
1. Court and Spark featuring Norah Jones
2. Edith and the Kingpin featuring Tina Turner
3. Both Sides Now
4. River featuring Corinne Bailey Rae
5. Sweet Bird
6. Tea Leaf Prophecy featuring Joni Mitchell
7. Solitude
8. Amelia featuring Luciana Souza
9. Nefertiti
10. The Jungle Line featuring Leonard Cohen
11. All I Want featuring Sonya Kitchell
12. A Case of You
Muito bom.
Edith and the Kingpin, Joni Mitchell
domingo, 18 de novembro de 2007
A Noite da Iguana, Tennessee Williams
Teatro Maria Matos, 21 a 25 de Novembro de 2007
Em A Noite da Iguana os universos densos e obscuros de Tennessee Williams parecem potenciados pela própria escolha do local da acção. Algures na escaldante atmosfera tropical mexicana, refugiado num motel barato, um ex-pastor religioso, agora transformado em guia turístico, afundado no álcool, doente física e mentalmente, procura expiar os seus pecados, com vista à purificação que lhe permita voltar ao púlpito. O seu encontro fortuito com uma desenhadora, estabelece um clima erotizado de confidência e troca de experiências, em que o fascínio inicial da diferença rapidamente se transforma em identificação.
A confissão dos segredos mais profundos, da solidão, do desejo de satisfação e do remorso, tornam-nos “almas gémeas”, e por consequência, possibilitam “a viagem” em conjunto a que se propunham, pois só a diferença potencia, só ela é positivamente geradora.
O cepticismo pessimista de Williams lança as suas personagens num profundo desespero à medida que vão mergulhando cada vez mais no âmago de si mesmas. Personagens fortes, controversas, contraditórias, que constituem para o actor um estimulante desafio ao aprofundamento da pesquisa incessante dos meandros da razão e da emoção da mente humana.
tradução Dulce Fernandes
encenação João Paulo Costa
cenografia Paulo Oliveira
figurinos e adereços Ana Teresa Castelo
sonoplastia Luís Aly
desenho de luz José Carlos Gomes
fotografia Hugo Calçada
interpretação António Capelo, Carlos Peixoto, Estrela Novais, Hélio Sequeira, José Pinto, Nídia Fonseca, Pedro Damião, Romi Soares, Sandra Salomé e Silvano Magalhães
operação de luz Nelson Lima
operação de som Valter Alves
produção executiva Pedro Aparício e Glória Cheio
produção ACE/Teatro do Bolhão e Teatro Maria Matos
O Teatro do Bolhão com mais uma boa vinda a Lisboa.
Agradável e sem ser pretensioso.
Em A Noite da Iguana os universos densos e obscuros de Tennessee Williams parecem potenciados pela própria escolha do local da acção. Algures na escaldante atmosfera tropical mexicana, refugiado num motel barato, um ex-pastor religioso, agora transformado em guia turístico, afundado no álcool, doente física e mentalmente, procura expiar os seus pecados, com vista à purificação que lhe permita voltar ao púlpito. O seu encontro fortuito com uma desenhadora, estabelece um clima erotizado de confidência e troca de experiências, em que o fascínio inicial da diferença rapidamente se transforma em identificação.
A confissão dos segredos mais profundos, da solidão, do desejo de satisfação e do remorso, tornam-nos “almas gémeas”, e por consequência, possibilitam “a viagem” em conjunto a que se propunham, pois só a diferença potencia, só ela é positivamente geradora.
O cepticismo pessimista de Williams lança as suas personagens num profundo desespero à medida que vão mergulhando cada vez mais no âmago de si mesmas. Personagens fortes, controversas, contraditórias, que constituem para o actor um estimulante desafio ao aprofundamento da pesquisa incessante dos meandros da razão e da emoção da mente humana.
tradução Dulce Fernandes
encenação João Paulo Costa
cenografia Paulo Oliveira
figurinos e adereços Ana Teresa Castelo
sonoplastia Luís Aly
desenho de luz José Carlos Gomes
fotografia Hugo Calçada
interpretação António Capelo, Carlos Peixoto, Estrela Novais, Hélio Sequeira, José Pinto, Nídia Fonseca, Pedro Damião, Romi Soares, Sandra Salomé e Silvano Magalhães
operação de luz Nelson Lima
operação de som Valter Alves
produção executiva Pedro Aparício e Glória Cheio
produção ACE/Teatro do Bolhão e Teatro Maria Matos
O Teatro do Bolhão com mais uma boa vinda a Lisboa.
Agradável e sem ser pretensioso.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Ciclo Thomas Bernhard
Centro Cultural de Belém
19-11-2007 a 01-12-2007
Da relação do escritor com a música à relação com o teatro, o Ciclo Thomas Bernhard inclui uma exposição, um concerto, conversas sobre a obra do autor austríaco, leituras dramatizadas, um lançamento de dois livros e uma peça de teatro. Haverá ainda o jornal Thomas Bernhard.
O Fazedor de Teatro
Companhia de Teatro de Almada
A companhia de Teatro de Almada repõe a encenação de Joaquim Benite da peça de Thomas Bernhard, O Fazedor de Teatro, numa interpretação que valeu ao actor Morais e Castro, como Bruscon, o Prémio da Crítica em 2004.
Muito bom. Morais e Castro e Thomas Bernhard como nunca tinha visto.
Exposição também interessante centrada nas duas pessoas que marcaram a vida de Thomas Bernhard e um filme com conversas.
19-11-2007 a 01-12-2007
Da relação do escritor com a música à relação com o teatro, o Ciclo Thomas Bernhard inclui uma exposição, um concerto, conversas sobre a obra do autor austríaco, leituras dramatizadas, um lançamento de dois livros e uma peça de teatro. Haverá ainda o jornal Thomas Bernhard.
O Fazedor de Teatro
Companhia de Teatro de Almada
A companhia de Teatro de Almada repõe a encenação de Joaquim Benite da peça de Thomas Bernhard, O Fazedor de Teatro, numa interpretação que valeu ao actor Morais e Castro, como Bruscon, o Prémio da Crítica em 2004.
Muito bom. Morais e Castro e Thomas Bernhard como nunca tinha visto.
Exposição também interessante centrada nas duas pessoas que marcaram a vida de Thomas Bernhard e um filme com conversas.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Verdi: Requiem
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Michel Corboz (maestro)
Michèle Crider (soprano)
Bernarda Fink (meio-soprano)
Vsevolod Grivnov (tenor)
Peter Lika (baixo)
Giuseppe Verdi
Requiem
Gulbenkian
15 e 16 de Novembro de 2007
O Requiem de Verdi tem tido em Lisboa execuções absolutamente inesquecíveis. Por cá passaram, de facto, como intérpretes desta luminosa e apavorada partitura, algumas das mais imponentes vozes da segunda metade do século XX.
A Fundação Gulbenkian, que tem promovido algumas das mais importantes execuções da obra no nosso país, oferece com os presentes concertos uma verdadeira «prenda» aos mais dependentes de vocalidades. Em primeiro lugar, assinalará a estreia no nosso país de uma das mais famosas sopranos da actualidade: Michèle Crider. Esta cantora nascida em Buenos Aires pode ser considerada como a intérprete ideal do repertório de soprano lirico spinto, aquela categoria que surge entre o soprano lírico e o soprano dramático, isto é, capaz de sustentar grandes linhas impregnadas de lirismo, que obrigam a um legato inquebrantável, e ao mesmo tempo preparar-se para, a qualquer altura, descer até às regiões infernais do soprano dramático. Os papeis com que Michèle Crider se tem apresentado em todos os grandes teatros de ópera do mundo desde a época em que a sua carreira se elevou (os inícios dos anos 90) assim o atestam: Amélia, de Un ballo in Maschera, Elvira, de Ernani, Odabella, de Attila, Leonora, de Il Trovatore, Aida, Elisabetta de Don Carlos, Norma, Imogene de Il Pirata, Tosca, Madama Butterfly, La Gioconda ou ainda Santuzza, de Cavalleria Rusticana.
Michèle Crider tem igualmente desenvolvido uma brilhante carreira como concertista sob a direcção de Muti, Barenboim, Mehta, Levine, Santi, von Dohnanyi, Bychkov, Ozawa, Chailly e Davis. De entre várias gravações em que participou, relevem-se as suas interpretações de Amélia, de Un Ballo in Maschera, a Elena e a Margherita de Mefistofele, e a parte de soprano de Requiem de Verdi, esta última gravação sob a direcção de Richard Hickox e com a Orquestra Sinfónica de Londres.
Mas nem só de soprano vive o Requiem, seria caso para afirmar, mas nenhum outro Requiem confere esta importância absoluta ao soprano, confiando-lhe o enorme «Libera Me» final, as páginas onde Verdi verteu todos os seus terrores e onde a carga expressiva, a par com a dificuldade vocal, aumenta exponencialmente.
De qualquer modo, teremos, ao lado de Michèle Crider, um elenco verdadeiramente de luxo. Como executante da parte de contralto, a consagrada Bernarda Fink, meio-soprano que se tem evidenciado nos últimos anos pela plasticidade de uma voz que lhe tem permitido ingressar triunfalmente nos mais variados repertórios e estilos. Esta incomum versatilidade permitiu-lhe gravar e apresentar ao vivo um vasto leque de obras, desde recitais de Lied às grandes Paixões de Bach. Monteverdi, Handel, Bach, Rameau, Hasse, Haydn, Schubert, Dvorak, Brahms, Berlioz, Ravel, Rossini, Bruckner e Schumann são outros dos muitos compositores por cuja obra tem deambulado. Em ópera tem escolhido fundamentalmente o repertório pré-romântico (Haendel, Mozart, Gluck), mas obteve triunfos com a sua interpretação de Tancredi. Neste Requiem colaborará ainda o jovem tenor russo Vsevolov Grivnov, que iniciou há pouco uma carreira que o tem levado desde o Scala de Milão aos estúdios de gravação (assinale-se que gravou O Rouxinol, de Stravinsky, com Natalie Dessay, sob a direcção de James Conlon). Apresentar-se-á também o baixo alemão Peter Lika, cantor igualmente consagrado, que já actuou sob a direcção de Celibidache, Kubelic, Masur, Norrington, Viotti, Gardiner, Cambreling, Janowski e Gielen. Peter Lika domina também um repertório invulgarmente vasto, que se estende de Monteverdi e Bach, até Penderecki e Heinze, passando por Mozart, Haydn, Beethoven, Mendelssohn, Stravinsky, Schönberg. Aqui terá de cantar o «Confutatis maledictis», o trecho mais dogmático e negro de toda esta luminosíssima obra.
O público que tem acompanhado ao longo dos anos a vida musical da Fundação Gulbenkian sabe que Michel Corboz, que será o maestro, saberá como poucos transmitir a luminosidade que impregna todo este Requiem.
FCG
_______
Muito bom. Todos bem, intérpretes, orquestra e direcção, num dos requiem mais celebrados com voz principal para soprano.
Michèle Crider foi bem, sem exagerar.
Corboz com grandes direcção e visão da obra operática.
críticas...
Orquestra Gulbenkian
Michel Corboz (maestro)
Michèle Crider (soprano)
Bernarda Fink (meio-soprano)
Vsevolod Grivnov (tenor)
Peter Lika (baixo)
Giuseppe Verdi
Requiem
Gulbenkian
15 e 16 de Novembro de 2007
O Requiem de Verdi tem tido em Lisboa execuções absolutamente inesquecíveis. Por cá passaram, de facto, como intérpretes desta luminosa e apavorada partitura, algumas das mais imponentes vozes da segunda metade do século XX.
A Fundação Gulbenkian, que tem promovido algumas das mais importantes execuções da obra no nosso país, oferece com os presentes concertos uma verdadeira «prenda» aos mais dependentes de vocalidades. Em primeiro lugar, assinalará a estreia no nosso país de uma das mais famosas sopranos da actualidade: Michèle Crider. Esta cantora nascida em Buenos Aires pode ser considerada como a intérprete ideal do repertório de soprano lirico spinto, aquela categoria que surge entre o soprano lírico e o soprano dramático, isto é, capaz de sustentar grandes linhas impregnadas de lirismo, que obrigam a um legato inquebrantável, e ao mesmo tempo preparar-se para, a qualquer altura, descer até às regiões infernais do soprano dramático. Os papeis com que Michèle Crider se tem apresentado em todos os grandes teatros de ópera do mundo desde a época em que a sua carreira se elevou (os inícios dos anos 90) assim o atestam: Amélia, de Un ballo in Maschera, Elvira, de Ernani, Odabella, de Attila, Leonora, de Il Trovatore, Aida, Elisabetta de Don Carlos, Norma, Imogene de Il Pirata, Tosca, Madama Butterfly, La Gioconda ou ainda Santuzza, de Cavalleria Rusticana.
Michèle Crider tem igualmente desenvolvido uma brilhante carreira como concertista sob a direcção de Muti, Barenboim, Mehta, Levine, Santi, von Dohnanyi, Bychkov, Ozawa, Chailly e Davis. De entre várias gravações em que participou, relevem-se as suas interpretações de Amélia, de Un Ballo in Maschera, a Elena e a Margherita de Mefistofele, e a parte de soprano de Requiem de Verdi, esta última gravação sob a direcção de Richard Hickox e com a Orquestra Sinfónica de Londres.
Mas nem só de soprano vive o Requiem, seria caso para afirmar, mas nenhum outro Requiem confere esta importância absoluta ao soprano, confiando-lhe o enorme «Libera Me» final, as páginas onde Verdi verteu todos os seus terrores e onde a carga expressiva, a par com a dificuldade vocal, aumenta exponencialmente.
De qualquer modo, teremos, ao lado de Michèle Crider, um elenco verdadeiramente de luxo. Como executante da parte de contralto, a consagrada Bernarda Fink, meio-soprano que se tem evidenciado nos últimos anos pela plasticidade de uma voz que lhe tem permitido ingressar triunfalmente nos mais variados repertórios e estilos. Esta incomum versatilidade permitiu-lhe gravar e apresentar ao vivo um vasto leque de obras, desde recitais de Lied às grandes Paixões de Bach. Monteverdi, Handel, Bach, Rameau, Hasse, Haydn, Schubert, Dvorak, Brahms, Berlioz, Ravel, Rossini, Bruckner e Schumann são outros dos muitos compositores por cuja obra tem deambulado. Em ópera tem escolhido fundamentalmente o repertório pré-romântico (Haendel, Mozart, Gluck), mas obteve triunfos com a sua interpretação de Tancredi. Neste Requiem colaborará ainda o jovem tenor russo Vsevolov Grivnov, que iniciou há pouco uma carreira que o tem levado desde o Scala de Milão aos estúdios de gravação (assinale-se que gravou O Rouxinol, de Stravinsky, com Natalie Dessay, sob a direcção de James Conlon). Apresentar-se-á também o baixo alemão Peter Lika, cantor igualmente consagrado, que já actuou sob a direcção de Celibidache, Kubelic, Masur, Norrington, Viotti, Gardiner, Cambreling, Janowski e Gielen. Peter Lika domina também um repertório invulgarmente vasto, que se estende de Monteverdi e Bach, até Penderecki e Heinze, passando por Mozart, Haydn, Beethoven, Mendelssohn, Stravinsky, Schönberg. Aqui terá de cantar o «Confutatis maledictis», o trecho mais dogmático e negro de toda esta luminosíssima obra.
O público que tem acompanhado ao longo dos anos a vida musical da Fundação Gulbenkian sabe que Michel Corboz, que será o maestro, saberá como poucos transmitir a luminosidade que impregna todo este Requiem.
FCG
_______
Muito bom. Todos bem, intérpretes, orquestra e direcção, num dos requiem mais celebrados com voz principal para soprano.
Michèle Crider foi bem, sem exagerar.
Corboz com grandes direcção e visão da obra operática.
críticas...
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
e dançaram para sempre, Clara Andermatt
Nova criação de Clara Andermatt a partir da música La boîte à joujoux de Claude Debussy
direcção e coreografia Clara Andermatt
cenografia e figurinos Joana Vasconcelos
desenho de luz e direcção técnica Carlos Ramos
piano António Rosado
intérpretes Joana Bergano / Marta Cerqueira / Avelino Chantre / David Almeida / Pedro Mendes
Carlota Carreira / Marcelino Sambé (alunos da Escola de Dança do Conservatório Nacional)
Produção Executiva ACCCA - Companhia Clara Andermatt
Encomenda Teatro Nacional de São Carlos | Cenários de dança
Co-produção
Accca - Companhia Clara Andermatt / Teatro Nacional de São Carlos
Com o apoio da Fundação EDP
T. N. São Carlos, dias 9 a 11 de Novembro
"As caixas de brinquedos são, efectivamente, espécies de cidades nas quais os brinquedos vivem como pessoas. Ou talvez as cidades não sejam mais do que caixas de brinquedos nas quais as pessoas vivem como brinquedos."
Interessante.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Orquestra Filarmónica de Los Angeles
Esa-Pekka Salonen (maestro)
LA Phil
blog
Jean Sibelius
Sinfonia Nº 4, em Lá menor, op.63
Steven Stucky
Radical Light *
Jean Sibelius
Sinfonia Nº 7, em Dó Maior, op.105
(*) 1ª Audição em Portugal
Ciclo Gulbenkian de Grandes Orquestras Mundiais
Coliseu dos Recreios, dia 13 de Novembro
Encores também de Sibelius: Finlandia, Valse triste.
Tudo magnífico.
_______
Comemora-se em 2007 o cinquentenário do compositor Jean Sibelius, um nome marcante, embora por vezes injustamente menosprezado, da criação musical do século XX. Identificado fundamentalmente com as paisagens naturais e com a mitologia da Finlândia, Sibelius é ainda um dos grandes nomes de todos os tempos no domínio do repertório orquestral. Algumas das suas obras, nomeadamente as duas que serão escutadas neste concerto, abriram novos caminhos aos compositores que lhe seguiram, sobretudo no que diz respeito à utilização da textura e da sonoridade como elementos estruturantes da composição ou à manipulação da percepção mediante a sobreposição de camadas com diferentes referências do ponto de vista temporal.
Através da execução da integral das sinfonias de Sibelius, o maestro finlandês Esa-Pekka Salonen homenageou este ano o seu compatriota, à frente da Orquestra Filarmónica de Los Angeles, agrupamento do qual foi nomeado director musical em 1992. Lisboa recebe agora uma amostra desta iniciativa, materializada num programa que inclui duas das mais apreciadas sinfonias, a quarta e a sétima, e, ainda, uma peça do compositor americano Steve Stucky, especialmente encomendada para a ocasião.
Salonen encomendou a Stucky, um compositor que tem tido recentemente um notável protagonismo no seu país natal, uma partitura «sibeliana». O resultado foi Radical Light, uma virtuosística peça orquestral que faz par com a Sétima de Sibelius, e cujo interesse, no entanto, vai para além da relação com o seu confessado - e admirado - modelo.
FCG
LA Phil
blog
Jean Sibelius
Sinfonia Nº 4, em Lá menor, op.63
Steven Stucky
Radical Light *
Jean Sibelius
Sinfonia Nº 7, em Dó Maior, op.105
(*) 1ª Audição em Portugal
Ciclo Gulbenkian de Grandes Orquestras Mundiais
Coliseu dos Recreios, dia 13 de Novembro
Encores também de Sibelius: Finlandia, Valse triste.
Tudo magnífico.
_______
Comemora-se em 2007 o cinquentenário do compositor Jean Sibelius, um nome marcante, embora por vezes injustamente menosprezado, da criação musical do século XX. Identificado fundamentalmente com as paisagens naturais e com a mitologia da Finlândia, Sibelius é ainda um dos grandes nomes de todos os tempos no domínio do repertório orquestral. Algumas das suas obras, nomeadamente as duas que serão escutadas neste concerto, abriram novos caminhos aos compositores que lhe seguiram, sobretudo no que diz respeito à utilização da textura e da sonoridade como elementos estruturantes da composição ou à manipulação da percepção mediante a sobreposição de camadas com diferentes referências do ponto de vista temporal.
Através da execução da integral das sinfonias de Sibelius, o maestro finlandês Esa-Pekka Salonen homenageou este ano o seu compatriota, à frente da Orquestra Filarmónica de Los Angeles, agrupamento do qual foi nomeado director musical em 1992. Lisboa recebe agora uma amostra desta iniciativa, materializada num programa que inclui duas das mais apreciadas sinfonias, a quarta e a sétima, e, ainda, uma peça do compositor americano Steve Stucky, especialmente encomendada para a ocasião.
Salonen encomendou a Stucky, um compositor que tem tido recentemente um notável protagonismo no seu país natal, uma partitura «sibeliana». O resultado foi Radical Light, uma virtuosística peça orquestral que faz par com a Sétima de Sibelius, e cujo interesse, no entanto, vai para além da relação com o seu confessado - e admirado - modelo.
FCG
sábado, 3 de novembro de 2007
Hermitage em Lisboa
Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage
De Pedro, o Grande, a Nicolau II
Palácio Nacional da Ajuda
27 de Outubro de 2007 a 17 de Fevereiro de 2008
Exposição razoável/boa, retratos e artes decorativas... convém escolher um momento com poucos visitantes.
De Pedro, o Grande, a Nicolau II
Palácio Nacional da Ajuda
27 de Outubro de 2007 a 17 de Fevereiro de 2008
Exposição razoável/boa, retratos e artes decorativas... convém escolher um momento com poucos visitantes.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Sonata de Outono, Fernanda Lapa e Cucha Carvalheiro
Sonata de Outono de Ingmar Bergman
Teatro São Luiz, 2 a 25 de Novembro de 2007
Texto Ingmar Bergman
Tradução Fernanda Lapa e Jonas Omberg
Encenação Fernanda Lapa e Cucha Carvalheiro
Cenografia e Figurinos António Lagarto
Desenho de Luz Mário Bessa
Selecção Musical Nuno Vieira de Almeida
Elocução Luis Madureira
Assistência de Figurinos Catarina Varatojo
Assistência de Cenografia Pedro Mira
Interpretação Fernanda Lapa, Ana Bustorff, Virgílio Castelo e Marta Lapa
Co-produção: SLTM / Escola de Mulheres-Oficina de Teatro
_______
O instinto maternal é uma mentira ou Sonata de Outono.
Mãe e filha encontram-se depois de sete anos de separação. A mãe, Charlotte, é uma pianista mundialmente famosa, já sexagenária e ainda no auge da sua carreira. Uma mulher capaz de interpretar as mais delicadas composições de Chopin ou Beethoven, mas sempre incompetente ao tentar interpretar a própria filha, Eva.
A Eva nenhuma palavra ou gesto lhe passou despercebida ao longo da sua vida, especialmente se estas palavras e gestos vieram da mãe. Considera-se “filha de uma mãe que nunca fica frustrada, decepcionada ou infeliz”, definição que, mesmo irónica, a marcou para sempre, uma vez que Charlotte lhe impôs doses equivocadas de felicidade e segurança. Casada com Viktor, um pastor protestante passivo e observador, ela vê o marido como um amigo, sendo, como é, incapaz de acreditar no amor. Helena, a irmã mais nova, sofre de uma doença degenerativa, o que afastou sempre de si a mãe.
Neste regresso, Charlotte é obrigada a confrontar-se com o facto de as duas irmãs viverem juntas. Bergman destrói a convenção das relações afectuosas entre mães e filhas. A dor é a personagem central deste huis-clos que nos sufoca pela sua dureza.
Boa peça. Boas interpretações e encenação.
Texto ou comparação com filme difícil.
Sem surpreender, uma boa noite.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Centre Pompidou Novos Media 1965-2003
MNAC - Museu do Chiado
19 Outubro 2007 a 7 Janeiro 2008
Exposição muito interessante e uma boa retrospectiva do vídeo, e de novos media, nas artes. Obras interactivas ainda fascinantes.
Secções
para uma televisão imaginária
pesquisas de identidade
do vídeo à instalação
pós-cinema
Vito Acconci, Samuel Beckett, Dara Birnbaum, Matthieu Laurette, Peter Campus, Stan Douglas, Chris Marker, Valie Export, Bruce Nauman, Jean-Luc Godard, Marcel Odenbach, Douglas Gordon, Tony Oursler, Dan Graham, Nam June Paik, Gary Hill, Pierre Huyghe, Bill Viola, Martial Raysse
Centre Pompidou Novos Media 1965-2003 apresenta a história dos novos media através de trabalhos históricos de alguns dos mais importantes artistas contemporâneos: de Nam June Paik a Pierre Huyghe, de Samuel Beckett a Stan Douglas, de Valie Export a Dan Graham passando por Bruce Nauman, Chris Marker, Bill Viola ou Douglas Gordon, entre outros. Um total de 19 artistas, de quem se apresentam 23 obras, todas elas pertencentes à colecção de Novos Media do Centre Pompidou, em Paris.
O vídeo enquanto medium artístico surgiu no princípio da década de 60, sendo utilizado sobretudo pelos artistas para registar os seus trabalhos performativos. Desenvolvendo-se durante a década seguinte como uma alternativa prática ao filme, o vídeo, tal como a televisão, tornou-se massivamente acessível, passando a ser especialmente apelativo para os artistas que procuram uma audiência alargada para o seu trabalho. Nos anos 80 torna-se cada vez mais comum e o termo new media é cunhado para referir o vídeo enquanto expressão artística. Alguns artistas, que o utilizavam apenas como meio para documentar trabalhos efémeros, começam a explorar este novo terreno, recorrendo a estratégias da emissão televisiva, de forma a realizarem uma crítica à linguagem dos mass media ou experimentando as capacidades técnicas do suporte (circuitos fechados, feedback, fast-forward ou câmara lenta, etc.). Outro sentido da evolução do vídeo enquanto medium ocorre sobretudo ao longo dos anos 90, quando alguns artistas aprofundam a experimentação com a instalação, através do desenvolvimento de mecanismos discursivos, ou do recurso a sistemas narrativos cinemáticos. Nos anos 2000, outras orientações têm vindo a ser perseguidas com pesquisas ao nível da tecnologia, da interactividade, da teatralidade e, sobretudo, do documentário.
Comissariada por Christine Van Assche, curadora do departamento de Novos Media do Centre Pompidou, a exposição é organizada em quatro núcleos conceptuais – Para uma televisão imaginária; Pesquisas de identidade; Do vídeo à instalação; Pós-cinema –, que contribuem para a explanação de um entendimento da história do vídeo nos últimos quarenta anos, que extravasa os parâmetros cronológicos.
MNAC - MC
19 Outubro 2007 a 7 Janeiro 2008
Exposição muito interessante e uma boa retrospectiva do vídeo, e de novos media, nas artes. Obras interactivas ainda fascinantes.
Secções
para uma televisão imaginária
pesquisas de identidade
do vídeo à instalação
pós-cinema
Vito Acconci, Samuel Beckett, Dara Birnbaum, Matthieu Laurette, Peter Campus, Stan Douglas, Chris Marker, Valie Export, Bruce Nauman, Jean-Luc Godard, Marcel Odenbach, Douglas Gordon, Tony Oursler, Dan Graham, Nam June Paik, Gary Hill, Pierre Huyghe, Bill Viola, Martial Raysse
Centre Pompidou Novos Media 1965-2003 apresenta a história dos novos media através de trabalhos históricos de alguns dos mais importantes artistas contemporâneos: de Nam June Paik a Pierre Huyghe, de Samuel Beckett a Stan Douglas, de Valie Export a Dan Graham passando por Bruce Nauman, Chris Marker, Bill Viola ou Douglas Gordon, entre outros. Um total de 19 artistas, de quem se apresentam 23 obras, todas elas pertencentes à colecção de Novos Media do Centre Pompidou, em Paris.
O vídeo enquanto medium artístico surgiu no princípio da década de 60, sendo utilizado sobretudo pelos artistas para registar os seus trabalhos performativos. Desenvolvendo-se durante a década seguinte como uma alternativa prática ao filme, o vídeo, tal como a televisão, tornou-se massivamente acessível, passando a ser especialmente apelativo para os artistas que procuram uma audiência alargada para o seu trabalho. Nos anos 80 torna-se cada vez mais comum e o termo new media é cunhado para referir o vídeo enquanto expressão artística. Alguns artistas, que o utilizavam apenas como meio para documentar trabalhos efémeros, começam a explorar este novo terreno, recorrendo a estratégias da emissão televisiva, de forma a realizarem uma crítica à linguagem dos mass media ou experimentando as capacidades técnicas do suporte (circuitos fechados, feedback, fast-forward ou câmara lenta, etc.). Outro sentido da evolução do vídeo enquanto medium ocorre sobretudo ao longo dos anos 90, quando alguns artistas aprofundam a experimentação com a instalação, através do desenvolvimento de mecanismos discursivos, ou do recurso a sistemas narrativos cinemáticos. Nos anos 2000, outras orientações têm vindo a ser perseguidas com pesquisas ao nível da tecnologia, da interactividade, da teatralidade e, sobretudo, do documentário.
Comissariada por Christine Van Assche, curadora do departamento de Novos Media do Centre Pompidou, a exposição é organizada em quatro núcleos conceptuais – Para uma televisão imaginária; Pesquisas de identidade; Do vídeo à instalação; Pós-cinema –, que contribuem para a explanação de um entendimento da história do vídeo nos últimos quarenta anos, que extravasa os parâmetros cronológicos.
MNAC - MC
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