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domingo, 18 de maio de 2008

Tosca, Giacomo Puccini

Ópera em quatro actos. Libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giocosa.

Direcção musical Lothar Koenigs
Encenação Robert Carsen
Cenografia e figurinos Anthony Ward
Desenho de luz Davy Cunningham

Intérpretes
Tosca
Elisabete Matos | Gweneth-Ann Jeffers
Cavaradossi
Evan Bowers | Emil Ivanov
Scarpia
Vladimir Vaneev | Johannes von Duisburg
Angelotti
Mário Redondo
Sacristão
Luís Rodrigues
Spoletta
Carlos Guilherme
Sciarrone
João Merino
Carcereiro
João Oliveira

Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Coro dos Pequenos Cantores da Academia de Amadores de Música
maestro titular Vítor Paiva

Produção: Vlaamse Oper, Antuérpia

Teatro São Carlos, 15, 17, 19, 21, 23, 28, 30 de Maio e 1, 3, 5, 7 de Junho
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Giacomo Puccini (1858-1924)

Ópera em três actos
Libreto: Giuseppe Giacosa e Luigi Illica, segundo La Tosca de Victorien Sardou.
Estreia absoluta: Roma, Teatro Costanzi, 14 de Janeiro de 1900

Durante a escrita de La Bohème, em 1895, Puccini assiste, em Florença, ao drama em cinco actos La Tosca, de Victorien Sardou - cujas peças arrebatavam então os teatros Europeus -, protagonizado pela afamada Sarah Bernhardt, para a qual fora escrito. Seduzido, há vários anos, por esta obra, o compositor confirma a intenção de lhe dedicar uma ópera, solicitando a Ricordi os direitos sobre a adaptação recentemente feita por Illica. Puccini mantém-se especialmente atento a todos os detalhes que deveriam conferir veracidade ao drama, salientando especialmente as tonalidades de couleur locale. Apesar de uma tumultuosa estreia, a obra obtém um imenso impacto, mantendo a sala completa durante vinte representações. No entanto, a crítica e a intelligentsia musicais, no entanto, dividem-se perante a densidade do melodrama, assinalando a brutalidade da intriga e questionando a ânsia de verdade e dramatismo.

Contundente e controversa, a ópera de Puccini conduz as cenas a violentos cumes de dramatismo e as personagens a clímaxes de paixão e sofrimento, desafiando estereótipos dramatúrgicos. Detenhamo-nos sobre o final do segundo acto: Floria Tosca, enfurecida, acede às investidas do Barão Scarpia, pedindo-lhe que, em troca, liberte imediatamente o seu amante, Mario Cavaradossi. Scarpia regozija-se - Tosca pertence-lhe, finalmente. A tensão dramático-musical encontra um expoente inusitado: a cantora avista uma faca pontiaguda sobre a mesa, e com ela, num gesto impetuoso, trespassa o peito de Scarpia, afirmando: Questo è il bacio di Tosca! Nesse momento, assume a plenitude da sua força, desafia o opressor, persevera na sua morte. Finalmente, aproxima-se do corpo inerte, proclama incisivamente: È morto! Or gli perdono! E avanti a lui tremava tutta Roma!

P.G.R. - TNSC
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Vissi d’arte, vissi d’amore,
non feci mai male ad anima viva!
Con man furtiva
quante miserie conobbi aiutai.
Sempre con fè sincera
la mia preghiera
ai santi tabernacoli salì.
Sempre con fè sincera
diedi fiori agl’altar.
Nell’ora del dolore
perchè, perchè, Signore,
perchè me ne rimuneri così?
Diedi gioielli della Madonna al manto,
e diedi il canto agli astri, al ciel,
che ne ridean più belli.
Nell’ora del dolor
perchè, perchè, Signor,
ah, perchè me ne rimuneri così?

Elisabete Matos e Tosca: 1 | 2 | 3.

Relato:
Grande ópera com estes solistas e orquestra. Elisabete Matos em grande forma.

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