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sábado, 10 de maio de 2008

Friedrich Schiller pela Cornucópia

DON CARLOS, Infante de Espanha
de Friedrich Schiller
Recriação poética de Frederico Lourenço
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm D’Assumpção


Distribuição

Duarte Guimarães, José Manuel Mendes, Luís Lucas, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Márcia Breia, Nuno Casanovas, Nuno Lopes, Rita Durão, Rita Loureiro, Sofia Marques e Vítor de Andrade.

A entrar na última semana.

Teatro do Bairro Alto, 10 de Abril a 18 de Maio de 200
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Depois da sua “recriação poética” do Filoctetes de Sófocles, Frederico Lourenço volta a trabalhar para a Cornucópia com um projecto de sua própria iniciativa: a sua versão do Don Carlos, um dos grandes textos do Teatro Romântico Alemão, mais conhecido pela ópera de Verdi que o utilizou como libreto. É um drama histórico exemplar que recria o reinado de Filipe II de Espanha como sociedade despótica e repressora dos valores da liberdade política e individual. O rei casa com Isabel de Valois, amada do jovem príncipe Don Carlos, herdeiro do trono. O amor do príncipe com aquela que se tornou sua madrasta torna-se impossível. Don Carlos e o seu amigo Rodrigo, marquês de Posa, querem impedir a repressão violenta da revolta na Flandres. São perseguidos como rebeldes pela Inquisição, presente em cena na figura todo poderosa do Grande Inquisidor. Rodrigo sacrifica-se por Don Carlos. O Rei vive dolorosamente a contradição entre os valores de Estado e a sua natureza humana. Pressentem-se no texto, datado de 1787, os valores da Revolução Francesa: "liberdade, igualdade, fraternidade". A “recriação poética” de Frederico Lourenço condensa nas dimensões de um intenso espectáculo de câmara a peça monumental de Schiller, quase irrepresentável na íntegra.
Cornucópia
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Texto de Luis Miguel Cintra

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