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terça-feira, 21 de fevereiro de 2006
Iolanta, Pyotr Ilitch Tchaikovsky
Promete um bom espectáculo, esta última ópera de Tchaikovsky raramente representada, apesar de versão de concerto, com nomes de vulto como o maestro russo Vladimir Fedoseyev, director artístico e maestro titular da Orquestra Sinfónica Tchaikovsky da Rádio de Moscovo, e pelos solistas soprano Irina Lungu e tenor Piotr Beczala.
Deslumbrante a sensibilidade de Tchaikovsky para uma história aparentemente simples.
T. N. de São Carlos
24 a 27 de Fevereiro de 2006
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Ópera lírica em um acto com quatro cenas, com libreto de Modest I. Tchaikovski baseado na tradução de Zotov de A Filha do Rei René de H. Hertz.
Tempo: século XV.
Local: montanhas no sul de França.
Estreia em Portugal
versão de concerto
Direcção musical Vladimir Fedoseyev
Intérpretes
Iolanta Irina Lungu
Rei René Benno Schollum
Robert Andrey Breus
Vaudémont Piotr Beczala
Ibn-Hakia Pavel Kudinov
Alméric Algirdas Janutas
Martha Laryssa Savchenko
Bertrand Oleg Didenko
Laura Vita Vasilieva
Brigitte Tatiana Lipovenko
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
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Ópera lírica em um acto de Piotr Ilitch Tchaikovski
Libreto: Modeste Tchaikovski segundo A filha do Rei René de Henrik Hertz
Criação: São Petersburgo, Teatro Mariinski, 18 Dezembro 1892
Quando A filha do Rei René, peça do dramaturgo dinamarquês Henrik Hertz, estreia em Moscovo, Piotr Ilitch Tchaikovski aspirava já à sua adaptação à cena lírica. O êxito que obtém, no final do ano de 1890, com a estreia da ópera-tragédia A Dama de Espadas, criada num fulgurante período de quarenta e quatro dias, proporcionar-lhe-á a encomenda, por parte do Teatro Imperial, de uma ópera e um bailado, com o propósito de serem estreados na mesma noite. Em Maio de 1892, ao regressar de uma bem sucedida digressão de concertos nos Estados Unidos da América, o compositor estabelece-se na sua residência nos domínios de Klin, que apresenta então as características ideais para a expansão das suas faculdades criativas. A sua estada nesta região, situada no percurso entre Moscovo e São Petersburgo, revelar-se-á especialmente prolífica. Aqui, o compositor poderá, finalmente, revelar a alma musical da fábula que o fascinava há já alguns anos, recorrendo de novo ao seu irmão, Modeste, para a concepção do libreto que dará origem à sua décima e última incursão no género lírico: Iolanta. A ópera lírica em um acto será criada juntamente com o bailado feérico sob um conto original de E. T. A Hoffmann O Quebra-Nozes, no Teatro Mariinski, São Petersburgo, a 18 Dezembro de 1892. O serão musical será reiterado onze vezes e cada uma das obras só será reposta após a morte do compositor. Iolanta surgirá em primeira instância nos teatros europeus - de Berlim e Viena - sob a direcção de Gustav Mahler.
Iolanta revela uma face do intrincado confronto entre o indivíduo e a sociedade, assunto que Tchaikovski deixa sobressair em muitas das suas obras, como reflexo da sua própria complexidade existencial. O argumento convida-nos a conhecer o universo de uma princesa cega cuja condição lhe fora sempre omitida. O seu pai, o Rei René, que lhe garantira um permanente afastamento da realidade através de uma existência de recolhimento no palácio e da convivência exclusiva com uma côrte que contribuía para lhe preservar a ilusão de que a humanidade era privada de imagens visuais, convocara agora um célebre médico mouro, Ibn-Hakia, que considera possível a recuperação da jovem princesa. No entanto, será a chegada de um forasteiro, o Conde de Vaudémont, que a levará a descobrir a verdade, e o amor que lhe conferirá a vontade e a coragem de se submeter ao tratamento e superar esta circunstância.
PGR - TNSC
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