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sábado, 2 de junho de 2007

“Mecenas, Mecenas”

na última edição dos Clássicos na Gulbenkian
3 de Junho 2007

Programa:
I sessão: 14h30 – 16h15, Vanitas de Almeida Faria e Duas Páginas de José Maria Vieira Mendes, e, pelo meio, uma conversa com José Pedro Serra

II sessão: 16h30 – 18h, Levantar a Mesa de Miguel Castro Caldas

III sessão: 21h – 23h, O Sutiã de Jane Russell de Jacinto Lucas Pires e Fala da Criada dos Noailles... de Jorge Silva Melo.


Jorge Silva Melo deixa o convite para festa dos Clássicos na Gulbenkian:

Não, não há banquetes, nem bailes, nem paradas, nem champanhe a rodos, não, não são precisas toilettes nem maquilhagens, nem são precisos louvores, laudas, encomendas, não há cheques nem sequer gorjetas.
São peças de teatro, são teatralizações, actores, actores e palavras. E escritores, essa gente bem vinda ao teatro.
Os tempos cruzam-se, há fantasmas, século XVII e a Corte do Rei Sol, Hollywood, as termas de Esterhazy, o fim do século XVIII, e as trombetas da liberdade a tocarem, mas também pode haver mulheres nuas, amores desencontrados, sutiãs e fala-se de dinheiro, dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Andam uns à procura dele, outros a só querem o amor, o poder, o louvor.
São vários divertimentos uns em honra, outros troçando, saudando, imaginando as sempiternas relações desse casal para sempre dançando, o mecenas e o artista, condenados a suspeitarem um do outro, a amarem-se com ódio e admiração, unidos, desunidos na procura da vitória, vitória sempre contra a morte, pela beleza.
Imaginada beleza, criada beleza, coleccionada, possuída, fechada em cofres. São paródias, divertimentos, brincadeiras, frivolidades.
Sabendo, com Max Ophüls, que a “frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos
”.

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Actualização: grande dia de teatro, muito bom.

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