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quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Dançar Hans van Manen
- Companhia Nacional de Bailado

Teatro Camões

Dançar Hans van Manen
10 a 13 de Novembro de 2005

Na reposição de três bailados – Kammerballet, 5 Tangos, Solo, junta-se a coreografia Sarcasm, em estreia em Portugal, para assim se poder apreciar a versatilidade e o talento deste coreógrafo de renome internacional.
Van Manen é mais uma vez a confirmação do eclectismo no repertório da CNB.

A CNB não vai mal, espectáculo agradável e bailarinos vão bem, a fazer esquecer o desastre recente de "Sonho de uma Noite de Verão" e outros há mais tempo.

Kammerballet
Coreografia HANS VAN MANEN
Música: Kara Karayev (1918-) "24 Preludes for Piano", Domenico Scarlatti (1685 - 1757) "Sonata in c-majeur K.159" e "Sonata in b-mineur", John Cage (1912 - 1992) "In a Landscape"
Cenário e Figurinos KESO DEKKER
Desenho de Luz JOOP CABOORT

(...) Um puro van Manen. Uma peça muito sóbria, de um grande rigor geométrico. A fascinante musicalidade do coreógrafo permite alterações no «diapasão emocional», com sublimidade e mestria: apaixonados, dramáticos, sensuais, os solos, os pas de deux traduzem magnificamente as relações homem-mulher, as suas correlações. Van Manen gosta de colocar os dois sexos num pé de igualdade física, técnica e artística. Em busca delas mesmas, as personagens revelam a faceta divertida do coreógrafo. O humor em van Manen está sempre presente. (...)
Céli Barbier
in revista Danse 04

(...) Da construção desta dança de Hans van Manen decorre uma extraordinária conjugação de corpos organizada em duetos que ocupam o palco em linhas cruzadas sobre uma elipse ovalada. O cosimento das diferentes músicas (Kara Karayev, Domenico Scarlatti, John Cage) com o desenho cromático das combinações dos figurinos criam o cenário e o terreno de construção de uma gestualidade absolutamente rigorosa na sua reestruturação sucessiva de motes e motejos. (...)
Cristina Peres
in jornal Expresso 04

(...) Resulta daqui uma obra de elegância extraordinária, de relações entre corpos, ou mais do que isso, da forma como as ideias se organizam em juízos e estes formam raciocínios. (...)
Daniel Tércio
in jornal O Público 04


Sarcasm
(Estreia em Portugal)
Coreografia HANS VAN MANEN
Música SERGEY PROKOFIEV (3 Sarcasm’s Opus 17 , 1912)
Cenário e Figurinos SEGUNDO GEORGE BALANCHINE
Desenho de Luz JAN HOFSATRA

É uma peça audaz e divertida. A música, de Prokofiev, é interpretada por um pianista em palco. A cena envolve um jovem casal que se empenha na tentativa mútua de sedução. Cada um à sua vez se esforça por impressionar positiva e arrebatadamente o adversário, o qual por sua vez se mostra inalterado...


Solo
Coreografia HANS VAN MANEN
Música JOHANN SEBASTIAN BACH
Cenário e Figurinos KESO DEKKER
Desenho de Luz JAN HOFSATRA

(...) É uma obra de exigência técnica elevada desempenhada a uma velocidade de tal forma exigente que, em contradição com o título é dançada por três bailarinos diferentes. (...)
Margarida Lancastre
in jornal Expresso 03

(...) Outra característica comum aos bailados, incluindo Solo, de Hans van Manen é o forte apelo aos sentidos do público marcado por um efeito visual cativante, por uma velocidade de execução virtuosa, pelo ritmo contagiante e por bandas sonoras estimulantes. (...)
M. L.
in jornal Expresso 03

(...) Em palco, três bailarinos dançam, à vez, três solos. Explica van Manen que Solo foi feito porque, “na companhia onde trabalhava na altura, havia três bailarinos. Queria usar os três e queria fazer solos. Primeiro escolhi os bailarinos e depois veio a música.” (...)
Raquel Ribeiro
in jornal O Público 03


Cinco Tangos
Coreografia HANS VAN MANEN
Música ASTOR PIAZOLLA
Cenário e Figurinos KESO DEKKER
Desenho de Luz JAN HOFSATRA

(...) 5 Tangos é fruto da descoberta por van Manen, da música de Piazzolla.(...)
“(...) os intérpretes possuem temperamentos diferentes, o que me agrada muito. É isso que ‘reanima’ a coreografia. Um bailarino com temperamento preenche o papel de uma forma única e torna a coreografia viva”
Margarida Lancastre
in jornal Expresso 03

(...) Cinco Tangos faz apelo ao mais fervilhante sangue latino. Mas é também uma coreografia arquitectada com mestria. A herança do tango é conjugada com o rigor e com as possibilidades técnicas da dança clássica e moderna e, pelo seu lado, o legado clássico é impregnado pela carga emotiva daquele que é o tema mais querido de van Manen: as paixões humanas. (...)
M. L.
in jornal Expresso 03

(...) “No meu ballet, há temas, não histórias: relações que podem ser abruptas, loucas, violentas, carinhosas. Lido sempre com emoções.” (...)
Raquel Ribeiro
in jornal O Público 03

in www.cnb.pt


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