Música, dança, teatro, cinema, literatura, exposições, conversas, etc.
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
Concertos de Domingo 2006 Gulbenkian
com a colaboração do Serviço de Música
Átrio da Biblioteca - 12.00 horas
Entrada livre
Domingo, 15 Janeiro
LUIS CUNHA, violino
EURICO ROSADO, piano
JOSÉ VIANA DA MOTTA Romanza / LUIS BARBOSA Romance / PEDRO LOPES NOGUEIRA Prelúdio e Fantasia / LUIS TINOCO Tríptico / CLAUDIO CARNEYRO D’aquém e d’além mar, Op. 20 nº 3 / CÉSAR VIANA Crú / JOLY BRAGA-SANTOS Nocturno
Domingo, 19 Fevereiro
ANA ESTER NEVES, soprano
JOÃO PAULO SANTOS, piano
LOPES GRAÇA Três canções de “As Mãos e os Frutos” / Três Sonetos de Camões / Duas Trovas / Quatro Canções Populares Portuguesas / FRANCIS POULENC Bonne Journée / BENJAMIN BRITTEN Soneto de Michelangelo / MANUEL DE FALLA / Cancion Popular Española / FREDERICO DE FREITAS Chora Videira / JOLY BRAGA SANTOS Canção da Vindima / LUIS DE FREITAS BRANCO / Luizinha
Programa completo Janeiro-Dezembro 2006
quinta-feira, 29 de dezembro de 2005
Maria Guleghina
Orquestra e coro Gulbenkian, Lawrence Foster
Imperdível, por isso esgotado.
5 e 7 de Janeiro de 2006 na Gulbenkian.
Maria Guleghina e Anna Netrebko (Violetta Valery em La Traviata, no festival de Salzburgo - acontecimento do ano) são duas das principais intérpretes da lírica italiana.
"Mandam" as russas, actualmente.
Maria Guleghina, presença habitual na Gulbenkian em Janeiro, não deverá voltar em 2007.
Grandes Heroínas Verdianas III
Maria Guleghina
Giuseppe Verdi
- Ária “In alto mare”
da ópera I Vespri Siciliani - Coro “Va, pensiero”
da ópera Nabucco - Ária “Salgo già”
da ópera Nabucco - Prelúdio, Prólogo e Cavatina “Santo di Patria”
da ópera Attila
(incluindo “Urli rapine” e “Viva il Re”)
- Ária “D’amor sul ali rosee” e “Miserere”
da ópera Il Trovatore
(Marcos Santos, Tenor / Alexey Shakitko, Tenor) - Coro “Patria oppressa”
da ópera Macbeth - Ária “Madre, pietosa Vergine”
da ópera La Forza del Destino - Música de Bailado da ópera Don Carlo
- Ária “Mercé dilette amiche”
da ópera I Vespri Siciliani
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster (maestro)
Maria Guleghina (soprano)
Marcos Santos (tenor)
Alexey Shakitko (tenor)
terça-feira, 27 de dezembro de 2005
Elisabete Matos com a Metropolitana de Lisboa
Verdi, Puccini, Rossini e Mascagni são alguns dos compositores escolhidos para o Concerto de Ano Novo que a Orquestra Metropolitana de Lisboa dirigida pelo maestro Álvaro Cassuto apresenta dia 1 de Janeiro na Aula Magna e dia 4 no Teatro da Trindade, sendo solista Elisabete Matos.
De Verdi será interpretada a abertura da ópera "La forza del destino" e a ária "Pace, pace, mio Dio" da mesma ópera. De Rossini foi escolhida a abertura da ópera "La gazza ladra", e de Pietro Mascagni o "intermezzo" sinfónico de "Cavalleria rusticana".
Elizabete Matos, considerada a mais internacional soprano portuguesa, interpretará, entre outras árias, "Casta diva" da "Norma" de Bellini, "Visi d`arte, vissi d`amore" da "Tosca" de Puccini e "Io son l`umile ancella" de "Adriana Lecouvreur" de Francesco Cilea.
O programa dos concertos de Ano Novo "intercala excertos orquestrais com árias de ópera que foram eternizadas por algumas sopranos lendárias como Maria Callas, Renata Tebaldi ou Kiri Te Kanawa".
Rui Miguel Leitão, musicólogo da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
ROSSINI
– Guilherme Tell (Abertura)
BELLINI
– Ária Casta Diva (Norma)
PUCCINI
– Ária Vissi d'arte (Tosca)
VERDI
– La Forza del destino: Abertura e Ária Pace, pace
MASCAGNI
– Cavalleria Rusticana: Intermezzo e Ária Voi lo sapete, o mamma
BOITO
– Ária L'altra notte in fondo al mare (Mefistofele)
PONCHIELLI
– Dança das Horas (La Gioconda)
CILEA
– Ária Io son l'umile ancella (Adriana Lecouvreur)
quinta-feira, 22 de dezembro de 2005
Mia Couto
[...]
Sétimo sapato - A ideia de que para sermos modernos temos que imitar os outros [...]
quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
Concerto de Natal
Mosteiro dos Jerónimos
Hector Berlioz
L'Enfance du Christ, oratória, op. 25
meio-soprano Enkelejda Shkosa
tenor Stefano Secco
barítono Daniel Borowski
baixo Nicolas Testé
direcção musical Donato Renzetti
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Em co-apresentação com
Mosteiro dos Jerónimos
Rádio e Televisão de Portugal
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
Highlights 2006
- O Barbeiro de Sevilha, Gioachino Rossini
- Iolanta, Piotr Ilitch Tchaikovski
- Santa Susana, Paul Hindemith
- O Dissoluto Absolvido, Azio Corghi
- Lauriane, Augusto Machado
- Das Rheingold(O Ouro do Reno), Richard Wagner
- O Nariz, Dimitri Chostakovitch
F. C. Gulbenkian
- Maria Guleghina - Heroínas Verdianas
- Stephen Kovacevich, piano
- Nikolai Lugansky, piano
- Cecilia Bartoli - Opera Proibita
- Orquestra do Gewandhaus de Leipzig
- Richard Goode, piano
- Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera
- Paixão Segundo São Mateus, BWV 244 - Johann Sebastian Bach
- Mikhail Pletnev, piano
- Salomé - Richard Strauss
- Sequeira Costa, piano
- Piotr Anderszewski, piano
sexta-feira, 16 de dezembro de 2005
Luís Miguel Cintra
Prémio Pessoa 2005
O Júri do Prémio Pessoa afirmou, “Como fundador e principal responsável do Teatro da Cornucópia desde 1973, Luís Miguel Cintra tem construído ao longo de mais de três décadas um percurso exemplar, tanto como actor como nos planos da dramaturgia e da encenação. O seu repertório abrange as principais referências da literatura teatral de todos os tempos, dos clássicos aos contemporâneos, com uma atenção particular ao teatro português, nomeadamente a Gil Vicente”.
“O trabalho da Cornucópia tem marcado uma presença de grande coerência no panorama cénico português, desde o rigor de fixação e/ou tradução dos textos ao aparato crítico dos programas e à pesquisa no âmbito da cenografia e da representação. Distingue-se igualmente pela sua acção formativa, com reflexos em sucessivas gerações de novos valores teatrais. Luís Miguel Cintra tem ainda desenvolvido uma carreira notável no cinema português e europeu, e tido intervenções destacadas como encenador de ópera e como declamador de poesia.”
O júri declarou, ainda, que “ Em 2005, encenou em Lisboa peças de Brecht, Bond e Fassbinder e participou no filme “O Espelho Mágico”, de Manoel de Oliveira, apresentado no Festival de Veneza deste ano. Foi igualmente autor da dramaturgia e encenação do inédito “Comedia sin título”, de Garcia Lorca, que teve a sua estreia mundial no Teatro de la Abadia, em Madrid.”
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Paulus de Mendelssohn
Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Erwin Ortner (maestro)
Juanita Lascaro (soprano)
Elisabeth Graf (contralto)
Markus Schafer (tenor)
Gerald Finley (barítono)
15 e 16 de Dezembro de 2005, Gulbenkian
A oratória Paulus, celebrando o tradicional concerto coral-sinfónico do final de ano da Gulbenkian. Composta em 1836, a oratória Paulus configurou-se na obra de Mendelssohn, juntamente com Elias, paradigma da oratória romântica. Compreendendo uma diversidade de técnicas de composição desenvolvidas em períodos musicais diversos, Paulus enquadra-se no interesse do compositor em recuperar determinados elementos do património musical, conjugando-os com a sua contemporaneidade. Por outro lado, sendo uma obra de concerto (o que representa a progressiva autonomização da música com textos de teor religioso do contexto performativo das igrejas), difundiu-se especialmente em países com uma tradição coral amadora, como a Inglaterra (a tradução para inglês do texto original data do ano da composição da obra), devido à existência de instituições empenhadas na execução de música coral-sinfónica. (...)
FCG.
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A primeira oratória que Mendelssohn escreveu, Paulus op.36, foi encomendada em 1831 pelo director musical do coro Cäcilienverein de Frankfurt, Johann Nikolaus Schelbe. Para o desenvolvimento desta obra, Mendelssohn fez grandes estudos teológicos e históricos e trabalhou juntamente com Julius Schubring e Julius Fürst na elaboração do libreto. Neste renunciou às versificações edificantes dos libretos habituais, apelando apenas ao texto bíblico e alicerçando-se, na sua grande maioria, nos Actos dos Apóstolos, mas também noutros textos do
antigo e novo testamentos.
O libreto abre com a morte por lapidação de Estêvão, o primeiro mártir cristão, martírio infligido por, entre outros, Saulo de Tarso, que decide dedicar-se à perseguição dos cristãos da Síria. Na estrada para Damasco, dá-se o milagre, o apelo divino do cristianismo. A cegueira em que vivia é materializada fisicamente mediante a perda da visão, sentido recuperado após a conversão, simbolizada na mudança de nome de Saulo para Paulo. Seguem-se relatos das viagens de Paulo, já apóstolo, e de Barnabé; as suas missões entre os judeus e os pagãos que se revoltam contra eles, mormente em Éfeso, cidade de onde parte para Jerusalém para defrontar intensas provas.
terça-feira, 13 de dezembro de 2005
quinta-feira, 8 de dezembro de 2005
Die Entführung aus dem Serail de Mozart
Wolfgang Amadeus Mozart
9 a 17 de Dezembro de 2005
Teatro Nacional D. Maria II
Singspiel em três actos (K. 384). Libreto de Gottlieb Stephanie. Estreia absoluta: Viena, Burgtheater, 1782.
Direcção musical Julia Jones
Encenação Giorgio Strehler
Cenografia e figurinos Luciano Damiani
Reposição da encenação Mattia Testi
Intérpretes
Konstanze, mulher espanhola prometida de Belmonte (soprano) Iride Martinez
Belmonte, nobre espanhol (tenor) Bruce Ford
Blonde, criada inglesa de Konstanze (soprano) Whal Ran Seo
Osmin, curador das propriedades do pasha (baixo) Bjarni Thor Kristinsson
Selim, pasha (discurso falado) Karl-Heinz Macek
Pedrillo, criado de Belmonte (tenor) Mário João Alves
Criado Mudo Marco Merlini
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
maestro titular Giovanni Andreoli
Cenários e figurinos
Teatro alla Scala de Milão
Recriação da fabulosa encenação de Giorgio Strehler.
Boa iniciação à ópera para os mais reticentes.
Tempo: século XVIII.
Konstanze, noiva de Belmonte, foi capturada por piratas juntamente com a sua criada, Blonde, e respectivo noivo, Pedrillo. Foram, de seguida, vendidos como escravos ao Paxá Selim, do qual permanecem reféns no início da ópera.
Durante o cativeiro, e enquanto Selim e Osmin, o guarda do serralho, se inebriam com os encantos da dama espanhola e da sua aia, Belmonte, com a ajuda de Pedrillo, consegue penetrar no magnífico palácio turco. O projecto da evasão desenha-se enquanto a íntegra Konstanze afirma a Selim que prefere morrer a desposá-lo. Após o reencontro e reconciliação dos apaixonados, urge aplicar o plano da fuga. Os dois casais serão, no entanto, surpreendidos por Osmin que, com o seu amo, reclamará justiça. Um inesperado desfecho feliz será desencadeado por um magnânimo gesto do raptor, ordenando a libertação dos prisioneiros, e despertando um coro de louvores à sua clemência.
Reflexo da filosofia humanista do Iluminismo, o perdão surge em diversas instâncias teatrais como a solução desejada para uma circunstância trágica. É a personagem exótica que sublima a sua posição despótica por uma inesperada atitude esclarecida. Die Entführung aus dem Serail, refugiando-se numa turquerie habitada por histórias de paixão e clemência, revela o ímpeto revolucionário do jovem Wolfgang Amadeus Mozart, na primeira ópera que compõe após a cessação do contrato com o arcebispo de Salzburgo, no sentido de se aliar a uma burguesia contestatária, ansiosa por destronar o Antigo Regime.
A felicidade que lhe é proporcionada pela sua nova condição de profissional liberal, intensificada pelo seu recente matrimónio, descobre-se no ensejo apaixonado de liberdade, numa obra em que a restrição dos direitos individuais é desafiada através do enclausuramento dos personagens num local exótico e sedutor, mas estranho às suas convenções culturais.
PGR, TNSC
The Abduction from the Seraglio is an example of the German Singspiel, a form in which all the dialogue is spoken rather than sung. The arias are used to express the emotions of the characters, but they do not further the story.(...)
Enquadramento (mozartproject).
By early summer 1781 Mozart was in Vienna and on his own. He had successfully arranged his dismissal from the service of the archbishop. More significantly, he was beginning to make the painful but necessary break with his father, Leopold. At the age of 25 he was, for the first time in his life, a free agent. (...)
domingo, 4 de dezembro de 2005
Orgia de Pier Paolo Pasolini
[Da trent'anni Pier Paolo Pasolini ci manca]
Teatro Nacional D. Maria II
Dez 2–Dez 18 e Jan 11–Fev 19
Tradução JOSÉ LIMA
Encenação JOÃO GROSSO
Cenografia RUI ALEXANDRE
Figurinos DINO ALVES
Música STEFANO ZORZANELLO
Desenho de luz JOSÉ NUNO LIMA
Interpretação
LUÍSA CRUZ | JOÃO GROSSO | KJERSTI KAASA
No Manifesto do Teatro de Palavra Pasolini apresenta os pressupostos teóricos que explicam e “justificam” a sua obra dramática:
“O teatro de Palavra é um teatro completamente novo. (…) A sua novidade consiste em ser, precisamente, de Palavra: no opor-se, assim, aos dois tipos de teatro típicos da burguesia, o teatro do Palavreado e o teatro do Gesto ou do Berro (...). O teatro de Palavra é popular não porque se dirige directa ou retoricamente à classe trabalhadora, mas porque se dirige indirecta e realisticamente a ela através dos intelectuais burgueses de vanguarda que são o seu único público. O teatro de Palavra não tem nenhum interesse espectacular [tem] um interesse cultural, comum ao autor, aos actores e aos espectadores que, portanto, quando se juntam, cumprem um “ritual cultural”. (...)” [TNDMII] [Manifesto per un nuovo teatro, 1968]
Quest'opera è un'orgia di parole, di passioni, di ricordi che travolgono i due protagonisti, un Uomo e una Donna, che si torturano a vicenda come in un sacrificio rituale fatto di sesso e violenza, iniziato in un giorno di Pasqua. Ma è anche la denuncia dello sradicamento di una società lanciata verso un abbagliante e infido progresso; e sono proprio quelle radici di "un passato felice che ha prodotto persone infelici" a portare verso la fine i due protagonisti, schiacciati dalla memoria di un tempo perduto e sincero. Fino a una conclusione che conduce inesorabilmente verso una prevedibile sconfitta, che però assume genialmente i caratteri di una rivoluzione. La rivoluzione della Diversità, che per Pasolini è l'ultima possibilità per resistere, inutilmente, all'omologazione, alla nuova barbarie che avanza: il mito borghese del consumo, la rimozione di un passato che è impossibile rimuovere. [www.pasolini.net]
Orgia é a crónica das pobres emoções sadomasoquistas de dois cônjuges pequeno-burgueses no calor de uma desoladora Páscoa, da fuga-suicídio de uma esposa-amante-escrava, da devastação do esposo ao encontrar-se com uma pequena prostitutazinha de passagem, do seu extremo delírio fetichista e transsexual até ao seu suicídio por enforcamento. [www.artistasunidos.pt]
quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
Rois et Reine
Arnaud Desplechin
Un film d'Arnaud Desplechin
France, 2004, 150 mn
Avec Emmanuelle Devos, Mathieu Amalric, Hippolyte Girardot, Catherine Deneuve, Maurice Garrel.
Estreia: 1 de Dezembro de 2005.
-- nota de intenções --
É difícil separar a nota de intenções da história deste filme, pois a sua própria estrutura - a de dois filmes justapostos - é precisamente a sua intenção. Como eu só consigo gostar do cinema de género e Nora mergulha nas suas recordações, eu imaginava este filme - o de Nora - um filme fantástico... Quando estávamos a escrever a personagem de Nora, por vezes assustados com o seu lado negro, a sua solidão e a sua dureza, eu pensava em "Marnie", a frígida, na admirável Sharon Stone em "Casino", em Gena Rowlands em "Uma Outra Mulher". Três mulheres aterrorizadas com a ideia de descobrirem o seu verdadeiro rosto.
Quanto a Ismaël, ele era um filme burlesco inteiro sozinho.
Eu e o Roger Bohbot só tínhamos uma palavra de ordem: ser brutais. Longe da melancolia e do humor discreto, queríamos ser brutalmente trágicos e brutalmente cómicos! Espero que tenhamos conseguido emocionar um pouco o espectador.
Arnaud Desplechin
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Le nouveau Desplechin en surprendra plus d'un. Sous les allures d'un retour à ce qui a fait son succès, des histoires générationnelles entre amis, le trait se fait aujourd'hui bien plus virulent. Porté par une mise en scène qui a l'élégance de la sobriété, le regard du cinéaste porte plus loin que jamais. Une histoire universelle. (...)
Deux destins qui se croisent: celui d’Ismaël, interné de force dans un hôpital psychiatrique; celui de Nora, jeune mère veillant au chevet de son père mourant. Deux vies que tout sépare, et entre lesquelles se trouve un enfant, que Nora a eu d’un premier mariage, et que Ismaël a élevé. (...)