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domingo, 19 de dezembro de 2010

Out of Context - For Pina, Alain Platel, Les Ballets C de la B

Depois do divertimento comovente de Import Export de Koen Augustijnen em Outubro de 2007. Depois do genial e fabuloso Pitié! de Alain Platel e Fabrizio Cassol, dança e música em Julho de 2009. Chega uma dedicatória, Out of Context - For Pina de Alain Platel.
Teatro Maria Matos, 19 e 20 de Dezembro de 2010

“A dor é verdadeira quando se consegue que outros acreditem nela. Se ninguém além de ti acredita nela, a tua dor é loucura ou histerismo.”
Naomi Wolf

Em Out of Context, Alain Platel regressa ao essencial da dança, partindo da convicção de que o corpo humano é uma ferramenta emotiva, um detentor de memórias, uma matéria-prima para a arte.

Um dos temas que de forma mais proeminente tem sobressaído no meu trabalho em anos mais recentes é o de “corpo em estado de histeria”. Não me refiro à histeria como doença, mas antes como expressão da ultra-sensibilidade em relação à vida. Sempre que as palavras não conseguem exprimir as nossas mais íntimas emoções, o corpo toma conta. A dança deve ter tido esta função ao longo dos tempos: lutar para ser uma tradução física de sentimentos exacerbados. É interessante notar que a palavra coreografia deriva do grego chorea, um termo médico que se refere a uma desordem do sistema nervoso e cujos sintomas são súbitos, incontrolados e histéricos movimentos do corpo. Nos últimos anos tenho optado pela colaboração com bailarinos exímios na arte do movimento, porque eles conseguem transmitir este estranho estado de receptividade num sentido físico. O medo e a falta de à-vontade dos que vêem o corpo neste estado é, por vezes, grande. Mesmo assim, acredito que ao vê-lo, estar próximo é uma experiência positiva. Permite-nos entender que este comportamento específico, tal como outras formas de comportamento estranho, extremo e provocador fazem parte da nossa humanidade. AP



Nothing up their sleeves, and nothing in their pockets. With Out of Context, director Alain Platel aims to return to the fundamentals of dance. Starting from a belief in the human body as emotional tool, as carrier of memories, as raw material for living fine art. While Platel has flirted with the boundaries of opera over the past years, with for example vsprs or pitié!, Out of Context is not a music-driven piece, and also has no set or costumes other than those the dancers can fit in their suitcases. It is however no crisis piece. It is in self-limitation that a master first shows himself. The mastery of the dancers with which Platel embarks on this adventure is indisputable. Each and every one is an impressive figure with whom Platel has travelled far over the years.

Danced and created by:
Elie Tass, Emile Josse, Hyo Seung Ye, Kaori Ito, Mathieu Desseigne Ravel, Mélanie Lomoff, Romeu Runa, Rosalba Torres Guerrero, Ross Mc Cormack

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fujiya & Miyagi 'Sixteen Shades Of Black & Blue'



Fujiya & Miyagi faltaram ao festival do último fim de semana em Lisboa. 1º single de avanço do álbum "Ventriloquizzing" a sair a 25 de Janeiro, "Sixteen Shades Of Black & Blue".

The Tangible, tg STAN

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companhia: tg STAN
Teatro Maria Matos, 8 a 11 de Dezembro de 2010
TOL - Espectáculo sensível ao toque
IP - Carta de amor ao berço da civilização


Teatro e dança, muito especial...

The starting point of the tangible is, on the one hand, the Fertile Crescent * with Palestine as its epicentre, and on the other hand the people who create this performance and their various realities.
(...)
"The next day I accompanied him to the ruin.  There were several epicentres where everything had been reduced to dust, surrounded by tiny fragments.  Except for pipes and wires no recognisable objects remained.  Everything which had been assembled during a lifetime had gone without trace, had lost its name.  An amnesia not of the mind but of the tangible."
(a quote from the book From A to X by John Berger)