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sábado, 10 de outubro de 2009

La Mélancolie des dragons, Philippe Quesne


La Mélancolie des dragons
Um espectáculo de Philippe Quesne / Vivarium Studio
Concepção, encenação e cenografia Philippe Quesne
Com Isabelle Angotti, Zinn Atmane, Rodolphe Auté e Hermès, Sébastien Jacobs, Émilien Tessier, Tristan Varlot, Gaëtan Vourc’h

Produtora Anaïs Rebelle
Produção Vivarium Studio 2008
Co-produção Wiener Festwochen, Hebbel am Ufer, La rose des vents / Festival Next, Nouveau Théâtre CDN de Besançon e Franche-Comté, Ménagerie de Verre, Le Forum – scène conventionnée de Blanc-‑Mesnil, Le Carré des Jalles, Festival Perspectives
Apoio à criação Centre National du Théâtre Apoio Região Île-de-France, Parc de la Villette e Culturesfrance
Vivarium Studio é uma companhia convencionada da DRAC Île-de-France

Culturgest, 8 a 10 de Outubro de 2009

Para cada projecto a escrita começa considerando o título do espectáculo como um campo de pesquisas e experimentações. Hoje, La Mélancolie des dragons: duas palavras associadas que me abrem um campo de possíveis. Dois temas que muito largamente assombraram a história da arte, a literatura e a música. O criador melancólico tornou-se o cliché ocidental e romântico por excelência, como que em estado de spleen face ao mundo que avança, face à dificuldade de o compreender e apreender. Comecei o trabalho pensando nesta frase de Starobinski: “A atitude melancólica não pode entender-se também ela os maiores caras-de-pau, demonstra a extensão das capacidades inventivas e a importância da conquista do inútil nos actores do Vivarium Studio. Todos os gestos e todas as situações se transformam assim num espectáculo sobre a amizade. Porque é preciso acreditar com toda a força neste laço humano solidário, e o território estranho que se desenha aqui é mais do que uma subversão irónica dos nossos hábitos de consumidores culturais. Uma comunidade constitui-se e liga-se reinventando o mundo em conjunto. É verdade que estas invenções não são fulgurantes, é verdade que eles não salvarão o mundo, se calhar nem sequer gravarão um disco nem abrirão o parque de atracções, mas criaram uma coisa ainda mais importante: uma utopia para viverem em conjunto, que têm orgulho em fazer visitar. Aquilo a que eles chamam, piscando em letras de cores que mudam, “Parque Antonin Artaud”. Colagem da crueldade extrema… Antoine de Baecque (Festival de Avignon) como um distanciamento da consciência face ao desencanto do mundo?”
(...)

Interessante e bem disposto.

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